Prefeitura teria garantido aos compradores do terreno que mudança no zoneamento aconteceria ainda este ano
Rogério Giessel - Redação Gazeta de Joinville
A pretensa mudança no zoneamento de algumas áreas em Joinville, através de projeto de lei, aponta para possíveis irregularidades para beneficiar interesses pessoais e financeiros, pelo menos, no que diz respeito aos novos limites para a Zona ZPR2-b, na avenida Santos Dumont. E mais uma vez, quem pode sair perdendo é o cidadão. Na manhã da ultima segunda-feira, dia 3, a Câmara de Vereadores de Joinville realizou uma audiência pública para ouvir os moradores dos bairros afetados. Das quatro propostas de mudanças apresentadas, uma obteve mais atenção.
A alteração do zoneamento ZPR2-b, que inicia no aeroporto e segue pela avenida Santos Dumont, até o cruzamento com a rua Tenente Antônio João. A mudança, se aprovada pelos vereadores, permitirá vários empreendimentos comerciais ao longo da Santos Dumont, inclusive a construção de shoppings, além de inibir as construções residenciais na região.
Pela legislação atual, o zoneamento no entorno da avenida não permite a edificação de shopping centers, porém, mesmo assim os grupos Almeida Junior Shopping Center Ltda e o Joinville Shopping Participações Ltda anunciaram, no mês de junho desse ano, a aquisição de uma área de 75 mil metros quadrados situada às margens da avenida Santos Dumont.
A compra do terreno ocorreu com a garantia de que a mudança do zoneamento aconteceria ainda em 2008. A prefeitura prometeu aos empresários empenho para que a alteração do atual zoneamento seja aprovada na Câmara. Entretanto, parece que não será bem assim.
Shopping disfarçado de centro comercial
A primeira pedra no caminho da prefeitura e dos empreendedores surgiu com a Ação Civil Pública número 038.08.048581-0, impetrada no dia 14 de outubro pela Organização do Voluntariado Para Combate à Corrupção em Santa Catarina Olho Vivo. A ação colocou na posição de réus as empresas Almeida Junior e a Joinville Shopping, além da prefeitura de Joinville e o secretário de Infra-estrutura Urbana, Roberto Winter.
De acordo com a ação, a intenção dos réus é construir um shopping center mascarado sob a legenda de centro comercial. Consta na petição que no dia 13 de junho de 2008 houve um pedido das empresas citadas para a construção de um shopping de 99 mil metros quadrados naquela região, o qual foi indeferido pela prefeitura sob a alegação que a área escolhida para o empreendimento era ZR5, ou seja, a lei não permite shopping nessa área.
Porém, em seguida ao indeferimento, um outro pedido realizado pelas mesmas empresas, mudando apenas o nome para “centro comercial”, foi prontamente deferido. Nesse caso, a Olho Vivo alega que a municipalidade deliberadamente ignorou a legislação de uso e ocupação do solo ao atestar a legalidade do empreendimento. “Neste aspecto está o dolo dos requeridos, a conduta deliberada de agir, contra a lei, para satisfazer interesses individuais em detrimento dos coletivos.”, relata a ação.
Mudanças para atender interesses particulares
O vereador Marco Aurélio Marcucci, depois da audiência se pronunciou. “Eu vou votar contra. Por que eu sempre fiquei com um pé atrás com essas mudanças de zoneamento. Nós ficamos durante um ano discutindo o Plano Diretor da cidade, e agora, a cada semana vem um projeto diferente para mudar zoneamento para atender interesses particulares.” Sobre a possível alteração para simplesmente viabilizar a construções de interesse particular na região, Marcucci foi categórico. “Na questão da construção do shopping, também vou votar contra. Ficou claro na audiência as brigas pessoais.” O vereador ressaltou também a denúncia feita na audiência. “Um advogado do shopping disse que a ONG propôs uma desistência da ação. Diante disso, eu sugeri ao presidente da comissão que encaminhe isso para a polícia e ao Ministério Publico Estadual para investigar.
Improbidade e licença prévia suspeita
Também é denunciada a falta de um estudo de impacto de vizinhança que avalie o adensamento populacional, equipamentos urbanos comunitários, uso e ocupação do solo, valorização imobiliária, geração de tráfego e demanda por transporte público, ventilação e iluminação e paisagem urbana e patrimonial natural e cultural.
A ausência de estudo sobre o impacto ambiental também é discutida. A ONG questiona a licença previa concedida pela Fundema, que considerou viável o projeto. Um laudo técnico foi requisitado a um engenheiro ambiental pela Olho Vivo. Ficou constatado que no local existem três cursos de água, todos com vida aquática, o que no entendimento da ONG, já é suficiente para a justiça vedar qualquer tipo de construção no local.
A Olho Vivo acusa o prefeito Marco Antonio Tebaldi de ato de improbidade administrativa e de se limitar a posturas de gabinete, meros cumprimentos de ordens burocráticas que em nada resultaram de útil ao impedimento da repressão aos infratores do zoneamento, à degradação ambiental e aos padrões urbanísticos.
A organização não governamental pede também a interdição das obras de construção do shopping, o impedimento na emissão de qualquer alvará de construção e a cassação dos existentes até o pronunciamento do Poder Judiciário.
Representante da Almeida Júnior ataca ONG
Durante a audiência, o representante do grupo Almeida Junior, Fernando Paulo Martins, afirmou que foi procurado pela ONG Olho Vivo. Na ocasião, Fernando Martins disse que a entidade sugeriu uma “negociata” para retirar a ação civil pública.
Procurado na última quarta-feira (5), o representante do grupo foi lacônico em suas afirmações. Questionado sobre a grave acusação, Fernando foi econômico nas palavras. “Eu não gostaria que isso tomasse proporções maiores. A ONG nos procurou e reuniões aconteceram sobre a Ação Civil Pública, mas, eu prefiro não comentar para evitar polêmica maior em relação a esse assunto”.
Já o presidente da ONG Olho Vivo, José Avelino Santana, divulgou na terça-feira, dia 4, uma nota de repúdio contra as acusações de Fernando. A nota também relembrou situações ocorridas na Capital “(...) escudados sob a égide da “geração de empregos e desenvolvimento”, argumentos estes que também foram utilizados em Florianópolis para a aprovação de legislação menos restritiva para favorecer unicamente a exploração imobiliária e determinadas empresas, em detrimento da coletividade.
Este caso tornou-se de conhecimento nacional e internacional por ocasião da “Operação Moeda-Verde”, da Polícia Federal.”
O presidente informou que a acusação as declarações de Fernando são graves e estão registradas em vídeo. “Nós solicitamos uma cópia da gravação na Câmara de Vereadores, e iremos ingressar com uma ação contra o grupo por dano moral. Também vamos protocolar uma denúncia no Ministério Público para que ele apresente as provas dessas acusações.”
Greve dos servidores da Prefeitura 2011
Há 13 anos
26 comentários:
Joinville precisa de novos empreendimentos, de novos pontos turísticos, seria o mínimo para nossa região, que só tem 1 Shopping, aliás, que detesto !!!
Sou moradora das proximidades dessa àrea, e todas pessoas que conversei são a FAVOR DA VINDA DESSE SHOPPING !!
Andréia.
Joinville é uma cidade que precisa de atualizações constatantes principalmente se tratando de empregos como nesse caso.
Como moradora de Joinville acho o cúmulo da injustiça com os moradores daqui bloquearem uma obra como essa e, principalmente por partir de uma ONG que vem de fora opinar o que é certo ou errado para nós moradores.
Acho que as autoridades deveria sim aprovar esse empreendimento, afinal não é todo dia e que aparece alguem querendo investir na nossa cidade.
Bom dia...Vejo por esta materia que Joinville sempre vai ser conhecida pelas cidades do Brasil a fora como Cidade dos Caipiras; fico pasma como pessoas que se dizem inteligentes, são contra a vinda de um Shopping Center a nossa Cidade, é como recusar um pote de ouro de presente. Temos a região norte da Cidade descalça de lugares para a população passear se divertir aos finais de semana; Eu, como Cidadã e moradora desta região não sou contra, ao contrario, vejo que nossa região so tem a ganhar com este novo empreendimento; Por falar nisto, o que de bom esta tal de ONG fez de bom e lucrativo pela nossa cidade? fica minha pergunta no ar....
A matéria relativa a alteração de zoneamento, na minha opinião, só veio a prejudicar mais uma vez o crescimento da nossa cidade. Joinville precisa crescer, se desenvolver principalmente na área de lazer e entretenimentos. A população já está cansada de críticas destrutivas que só levam a polêmicas. Está correto a posição do prefeito de querer mudar o zoneamento, tendo em vista, que a Lei de uso do solo é antiga, e atualmente com a adaptação do sistema viário naquele local é possível a construção de um empreendimento de tal porte.
É inconcebível, nos dias atuais, que um empreendedor de grande porte esteja disposto a investir na nossa cidade e tenha que passar por tantos problemas, incomodações e disabores.
Ademais o empreendimento trará para cidade aproximadamente 3.000 mil novos empregos. É muito claro que Joinville só tem a ganhar com a vinda do Shopping.
Infelizmente, vivemos numa cidade repleta de extremismos políticos e vaidades pessoais, que tentam impedir seu desenvolvimento e crescimento.
E ainda, se a Lei permite atualmente a construção de centro comercial, e é obscura e omissa em delimitar a metragem inicial e final, não há que se proibir a construção do shopping, visto que, Shopping Centers são centros comerciais, sendo que, juridicamente e comercialmente, trata-se de coisas idênticas. Nós Joinvillenses não temos culpa se há lacuna e erro material e substancial na Lei.
Com relação a questão ambiental da área é um outro absurdo levantado, no intuito de prejudicar o empreendimento, uma vez que, todo cidadão que em Joinville nasceu e aqui reside, sabe que naquela região passa somente um rio, e que o fundema, é um órgão extremamente rígido e visado pelo MP e jamais aprovaria qualquer projeto que não estivesse estritamente de acordo com a legislação em vigor.
Finalmente, quero deixar registrado que estou estarrecida com a matéria publicada, que mais uma vez, vem gerar polêmicas inúteis.
Em nenhum momento foram apresentados os benefícios que o empreeendimento trará para cidade, bem como, não houve manifestação por parte dos empreendedores do shopping. Por que?
Qual o motivo?
O que posso dizer.....
QUEREMOS SIM O SHOPING !!!
POLÊMICA deveria de ser o nome dessa ONG que vem de fora dar opiniões na nossa cidade.
Sinceramente!! isso é uma vergonha para a nossa cidade, saber que pessoas da nossa terra e até mesmo quem nem daqui pertence estão querendo impedir, que Joinville cresca e gere muitos empregos e turismo. SERÁ QUE É INVEJA? OU FALTA DE VISÃO.
Todos os locais e cidades precisam de investimentos, se olhamos por este prisma, vamos também financiar o "tráfico de drogas" que rende milhões de dolares? - vejo que é necessário reavaliar os prós e os contras. Como a um engenheiro ambiental apresentou um laudo que comprova nascente de água naquela localidade entendo que construção de qualquer obra nesta localidade está comprometida. A nascente que ali existe não é dos joinvilenses e sim um bem da humanidade. Joinville tem outras areas que pode ser adquar para esse shopping sem causar danos ao meio ambiente.
Se a tal construtora tivesse feito um estudo de impacto ambiental e trabalhasse na legalidade, até concordaria em ter shopping, agora, fazer o trabalho por baixo dos panos é uma vergonha.
A construtora deve, primeiro, aprender a trabalhar na legalidade e não achar que o povo e as entidades de proteção ambiental vão cair na lábia de pessoas que defendem os seus próprios interesses e não pensam na coletividade e no dia de amanhã. É mais fácil os políticos caírem na lábia da construtora, o que é uma vergonha.
Se o empresário do empreendimento tem interesse em gerar empregos em Joinville, porque não realizou previamente os estudos necessários para dirimir todas as dúvidas antes de anunciar os investimentos?. Só anunciou os investimentos após uma Ação Civil Pública, que exige da Justiça uma intervenção por falta de uma serie de comprovações fundamentais para a garantia de que a sociedade não venha ser prejudicada. Cadê o estudo de impacto ambiental, cadê o estudo de impacto de viznhança, cadê a lei que autoriza a construção de shopping numa area, onde a própria prefeitura pede a mudança de lei para liberar alvará de lincença para o empreendimento? Isso não muito estranho???? hummm
Polêmica ou absurdo!
li umas das opiniões, onde uma leitora questiona a posição desta ONG. sobre os beneficios que a mesma trouxe para a cidade, em vez disto, tenta embarrerar a geração de empregos na cidade de Joinville? neste termos, aprausos para a leitora anônima, mas o que está em questão, não são os beneficios que a ONG trouxe ou deixou de fazer pela cidade, o que discute é legalidade da construção de um empreendimento numa area que ser tem leis que autoriza o poder publica liberar alvará de construação para Shopping. Sem contar que um estudo assinado por um engenheiro credita que há três cursos d´agua naquela localidade. Ai que está a gravidade, não vamos em nome do poder econômico ou da garação de empregos, destruir o bem maior da humanidade que não nem meu e nem dos meus filhos, mas de todos...! leia art. 225 CF. só isto basta para reflescar o juizo daqueles que em nome do progresso estão destruindo o nosso planeta. não tem uma outra area em Joinville para se construir um shopping de 90 m2 ?
Todos sabemos que o trânsito, em função da existência da Univille, já é caótico na região. Existem dados que o Bom Retiro concentra o maior fluxo de carros da Cidade nos horários de pico.
Fala-se em duplicação da Santos Dumont, mas não há nada concreto.
E ninguém se preocupa com os residentes do Bairro, com a população que vai sofrer para chegar e sair de casa, em função do trânsito.
O progresso é importante, mas desde que seja feito de maneira estruturada e responsável.
Existem outras áreas em Joinville em que este Shopping possa vir a ser instalado.
Por que tem que ser na Santos Dumont?
Pode-se verificar claramente que a alteração que está sendo encaminhada, visa permitir a construção de Shopping Center no Bairro Bom Retiro, na Avenida Santos Dumont, pelo empresário Jaimes Almeida Júnior. Diante disso, fica caracterizada a violação dos princípios da pessoalidade, da publicidade e da moralidade administrativa.
Não foram realizados quaisquer estudos de impacto viário, de vizinhança, ambiental e urbanístico para verificar-se se a alteração do zoneamento da Santos Dumont está adequada.
Trazer o crescimento para Joinville sim, mas não à qualquer custo, e para atender interesses específicos de um único grupo econômico.
Precisamos cuidar da nossa Cidade, pois nós vivemos aqui, moramos aqui, e o desenvolvimento dela deve ser sustentável e planejado.
Em nome da geração de empregos, não se pode passar por cima da lei, e de tudo o que justo é reto.
Os fins não justificam os meios.
O histórico do empreendimento que será beneficiado com a alteração da lei de uso e ocupação de solo, diante da negativa da primeira consulta amarela, com subseqüente aprovação do mesmo empreendimento apenas com alteração da nomenclatura para se adaptar à lei atual; diante das entrevistas publicadas pelo prefeito e demais autoridades ao longo de todo o tempo, sugerindo alteração do nome para obtenção da aprovação; diante da ausência de conceituação legislativa municipal do que vem a ser um shopping e um centro comercial; e considerando ainda o posterior encaminhamento de projeto de alteração da lei de uso e ocupação do solo, são situações que juntas caracterizam grave violação frontal ao princípio da impessoalidade.
Esse histórico indica que a intenção é favorecer determinado empreendimento e não a comunidade ou a municipalidade.
É! Pelo visto as referidas empresas já puseram seus capachos pra trabalhar. Progresso, desenvolvimento e milhares de empregos? Tomara que seus filhos um dia ainda saibam diferenciar uma galinha de uma caixa de Knorr. Garanto que essas mesmas pessoas quando veem em algum programa de TV a degradação do meio ambiente, comentam. "Mas que desrespeito com a natureza". Fora hipocritas.
Bem, pelo que notei nos comentários acima, vejo que existe mesmo uma briga política para a não vinda do shopping a nossa Cidade, é lamentável o que certas pessoas tentam fazer com nossa Cidade, o que importa se neste tal terreno se construa um shopping ou um prédio com centenas de pessoas, qual a diferença que existe? Ignorante é aquele que pensa que nunca vai ser construído alguma coisa no mesmo, pense nisto, pois logo veremos o final desta lamentável historia, onde o povo sempre perde, pobres moradores de Joinville temos que ver estampados todos os dias tais reportagens, onde só o grande “late” por interesse próprio, e a população da região?, já foi ouvida sobre esta polemica?, ja perguntaram para mim ou para qualquer morador da região se queremos ou não a vinda deste shopping a nossa região? não é claro que o povão esta fora disto, existe algo muito maior que se esconde por trás de tudo isto; como sempre a população perde, so somos ouvidos nas campanhas políticas, pois precisam dos nosso voto para seus interesses próprios; a cidade perde com isto;.....somos obrigados a ver esta vergonha quase todos os dias estampados no jornal, brigar por causa da vinda de um shopping a nossa cidade? Por causa de um terreno que nem mato tem mais em cima? Tem tantas coisas mais importante que isto por ai. Tem tantas coisas mais importante que isto por ai. Existem crianças morrendo de fone em nossa Cidade, Porque não lutar por grande parte da população do Jardim paraíso que vive com esgoto de céu aberto, Onde esta tal ONG que não vê isto; esta sim seria uma briga que toda a população aplaudiria; Sempre achei que estas tais de ONG faziam algo para melhor nossas vidas; agora vejo que servem apenas para enrolar o meio de campo por interesse de alguns; é lamentável tudo isto; cada dia que passa tenho menos fé nas pessoas, menos fé em organizações que se dizem a favor da população; fica aqui minha indignação sobre esta polemica levantada por motivos fúteis
Não moro nessa região mas estudo nas proximidades. E toda faculdade ficou sabendo da vinda de um Schopping para aquela região, E ACHEI FANTÁSTICO, ASSIM COMO TODOS MEUS COLEGAS.
Na reportagem fala em nascente ???? Agora fica minha pergunta: O que tem abaixo do estacionamento do Maior Shopping no centro da cidade ?? Me lembro que também tinha uma polemica... mas é sempre assim, leva quem $$$$$ mais...
Triste isso !!
O Jornal Gazeta de Joinville gostou do poder. Depois de influenciar o panorama político da cidade (se para o bem ou para o mal o futuro dirá) com sua parcialidade indefensável, agora quer ser dono do desenvolvimento da cidade.
Sou nascido e criado exatamente no entorno da região do futuro Shopping. Me criei soltanto pipa, jogando bola e andando de bicicleta exatamente naquele terreno, pois o topo do morro era a "verdadeira praça da região". Conheço todo o terreno, as regiões de entorno, onde a mata já foi derrubada e onde já se regenerou.
Todo aquele terreno já foi terraplanado para retirada de aterro a mais de 20 anos. O verde que aperece na foto não é mais que uma "capoeira" que surge nos terrenos de "terra vermelha" abandonados. Identificaram 03 cursos d'aguá como? Acharam sim 03 poças resultantes destes 90 dias de chuvas torrenciais. Não são nascentes, pois no topo do morro não há mata para sustentar o ciclo hidríco.
Sobre o transito - se não quisessem transito também deveriam ter proibido a Univille, o Senai Norte e a Udesc de se instalarem. Também deveriam ter proibido a Doehler, a Fábio Perini, a Caribor, a Carymã, a Tici, GPB, a Athletic, o Restaurante do Tillman, o Mercado Santos Dumont, o Bar do Wiggers, o Oficina Bivari, o caldo de cana do tio - não sabem que empresas são estas? Então calem a boca por que não conhecem o bairro.
Deixem Joinville crescer. Deixem o Bom Retiro continuar a tornar-se uma das melhores áreas para se viver em Joinville. Surgirão dificuldades - resolvam: avenidas, viadutos, mais onibus, metrô???. Terá impacto ambiental - proponha uma compensação significativa e não a preservação de 03 poças. Que ampliem a preservação no Morro do Finder. Que financiem o esgoto sanitário do Bairro.
Querer um shopping a qualquer custo não é a atitude mais inteligente por parte de um povo.
Precisamos questionar se o desenvolvimento está sendo realizado dentro da legalidade. Em nome do desenvolvimento e da geração de empregos, passar por cima dos aspectos ambientais e legais é continuar indo na contramão de uma sociedade justa e correta. Todo o empreendimento deve ser bem vindo e bem recebido, mas não desrespeitando a moral, e a legislação...
Enquanto fecharmos os olhos para a forma como o desenvolvimento é trazido, nunca conseguiremos acabar com a desonestidade que existe em nosso meio político.
Nós que votamos, elegemos nossos governantes, devemos deles cobrar que todo o desenvolvimento seja estruturado e responsável. Que o maior interesse que é o da comunidade e da coletividade não venha a ser esquecido e submetido ao interesse de um determinado grupo econômico.
Não podemos aceitar que as coisas sejam feitas ao nosso redor, dentro da ilegalidade, e assistirmos a tudo de maneira passiva.....
Está na hora de acordarmos, e começarmos a exigir ética e moralidade de nossos governantes, a começar pela nossa cidade....
Joinville precisa crescer sim, mas em nome desse crescimento não se pode passar por cima da lei.
Em nome deste crescimento, não se pode alterar o zoneamento de um bairro, só para atender ao empreendimento, sem estudos de impacto de vizinhança, ambiental e viário.....
Não podemos aceitar que as coisas em nossa cidade continuem sendo feitas "nas coxas" por nossos políticos.
Será que nossos vereadores sabem o que estão analisando?
Será que eles tem noção de todos os reflexos que a mudança de zoneamento e a entrada de um shopping na Santos Dumont pode vir a causar?
Ou eles simplesmente vou se render ao capricho de um empreendedor que vem de fora, e que por ter implicado com determinada área, está tentando, a todo o custo, e com muito lobby, aprovar este empreendimento?
Será que nossos vereadores e este empreendedor estão realmente preocupados com o desenvolvimento planejado e estruturado da nossa cidade??
Bem, é o que vamos ver no decorrer das discussões deste projeto de lei.
De acordo com o ritmo de aprovação deste projeto, e com os estudos e análises que virem a ser solicitados, os quais são imprescindíveis para uma adequada tomada de decisão desta magnitude, vamos saber se a preocupação do legislativo é com a cidade e o desenvolvimento dela, ou é com atender à solicitação do empreendedor, a qualquer custo.
Agora fica uma pergunta: Se existe uma Ação Civil Pública em andamento para discutir esta situação do shopping, não se pode dar andamento a aprovação do projeto de lei na câmara....
Com base no quê este projeto de lei continua tramitando para aprovação,se o judiciário vai ter que intervir nesta situação??
Como morador do bairro em que este empreendimento está para ser construído, entendo que deve haver, no mínimo respeito a legislação vigente no Município, estudos de impacto viário, de vizinhança, ambientais, bem como uma profunda avaliação e impactos desta mudança no Plano Diretor, e na Lei de Uso e Ocupação do Solo.
Sem estes estudos, sou contra a instalação deste shopping no meu bairro.
Existem outras áreas em Joinville que já tem zoneamento pronto para recebê-lo.
Qual a diferença entre um país decente e um idecente? No primeiro, os negócios são feitos de acordo com as leis; no segundo, as leis são feitas de acordo com os negócios....
Diante desta situação eu me pergunto: Em que tipo de país, e em que tipo de cidade nós vivemos?
"PAO E CIRCO PARA O POVO".
É incrível como esta frase, dita há muito tempo por um imperador romano vespasiano, está até os dias de hoje tão vívida na nossa civilização...
Estamos mais e mais vivendo num gigantesco circo, onde várias atrações nos são expostas, muitas delas absurdas e bizarras como no coliseu da Roma antiga.
Vivemos o circo de escândalos políticos, e continuamos encantados e sem nenhuma reação ao vermos os gladiadores modernos que se valem do discurso inútil, promessas impossíveis de cumprir, mentiras cada vez mais escandalosas....
Até quando vamos engolir tudo isso?
até quando continuaremos a assistir espetáculos circenses de mau gosto como este que está posto na nossa frente, sem fazermos nada????
E viva o bom e velho circo e a todos os palhaços que continuam fazendo brilhar o riso de nós, pobres eleitores....
E os nossos políticos, tem cada vez mais certeza, que basta dar pão e circo à este povo ignorante....
“Pai perdoa-os eles não sabem o que falam”.....não somos nós que vamos discutir se é possível ou não a vinda deste shopping a nossa cidade, pagamos nossos impostos para que tenhamos técnicos especializados para ver a possibilidade da vinda do mesmo; Entre todas estes comentários, poucos aqui expostos não tem interesse pessoal, alguns estão por dentro de tudo, falam até os mínimos detalhes, coisa que uma pessoa sem interesse pessoal jamais saberia; porque será?
Não posso externar a minha opinião pois não sei qual a exata localização da àrea em questão.
Mais um shopping para a Cidade, com certeza seria muito bom, porem
para que isso aconteça, algumas situações tem que ser analizadas.
Li em um dos comentarios que existem nascentes de agua, o que por si só já seria um impedimento.
Como o homem atual é extremanente materialista, penso que antes de qualquer coisa, terá que ser feito uma avaliação minuciosa para evitar que se cometa mais um crime contra a natureza, em benificio de meia dúzia de pessoas, que (poderão)unicamentese estar em busca de lucro financeiro.
O mais grave é o ANONIMATO dos
comentaristas, que invalida a opinião, visto que não a motivo para ser esconder, parecendo-nos
que os comentários, possam ser dos
próprios interessados e para isso usam nomes fectícios,com a clara
intenção de formar opinião junto
a comunidade.
ANONIMATO É SINONIMO DE COVARDIA.
Lamentavelmente a
Gazeta de Joinville, se dispõe a publicar comentários anônimos.
Evilasio Setti
9974-0700
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