O Tribunal de Justiça de SC foi palco esta semana de mais um capítulo do obscuro caso em que um pedreiro chamado Oscar do Rosário é acusado pela morte da pequena Gabrielli Eiccholz.
A história começa na manhã de 3 de março de 2007, durante o culto de inauguração de uma igreja adventista em Joinville, quando Gabrielli, de apenas um ano e meio é encontrada agonizando em uma pia batismal.
A menina é levada ao hospital, mas não resiste e, quarenta minutos após dar entrada no pronto-socorro, morre.
Algumas horas depois um estranho capítulo é escrito no IML de Joinville com a autópsia da menina assinada por um médico que nunca havia realizado um laudo cadavérico. A partir deste estranho laudo, policiais saíram declarando que Gabrielli havia sido estuprada e assassinada e que sangue e esperma foram encontrados misturados às fezes da menina.
A repercussão na mídia foi enorme e o governador pediu que “o culpado” fosse encontrado. Aí aparece o pedreiro Oscar. Sem entender o que acontecia, o pedreiro confessou o que a polícia orientou para ele confessar.
Alguns dias depois técnicos do Instituto Geral de Perícia, que analisaram as amostras colhidas no corpo da menina, concluíram que não havia sangue nem esperma. Também as fotos analisadas pelo renomado legista Badan Palhares confirmaram que não houve crime algum na morte da menina.
De nada adiantou. A polícia e a promotoria não voltaram atrás. O julgamento não era do pedreiro, mas da história inventada e que tinha ido longe demais para ser desmascarada.
Oscar foi condenado a 20 anos de prisão. Mas quem se importa?
Na última terça-feira, uma mulher chamada Salete se importou e disse: “Não quero cometer injustiça e manter um inocente por 20 anos preso”. A desembargadora Salete Silva Sommariva, do Tribunal de Justiça, talvez não se convença da injustiça flagrante contra o pedreiro pobre, acusado de um crime que não ocorreu, mas o fato de se importar faz o seu gesto maior que todos até agora.
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Um comentário:
Que Deus ilumine a Desembargadora para que seja feita Justíça.
Com tantas provas não sei como foram prender um rapaz que nada tinha a ver com o caso.
Passar 20 anos preso sem ser culpado?
O que está acontecendo com nossas autoridades?
A Justiça é a maior das caridades.
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