O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) completa nesta sexta-feira (7) três anos de atuação em Santa Catarina, primeiro Estado do Brasil a oferecer cobertura à 100% da população. Neste período, o Samu já realizou mais de 650 mil atendimentos em todo o Estado. O serviço atendeu casos de grande repercussão, como o acidente rodoviário na BR-282, em Descanso, o incêndio no Supermercado Rosa, em Florianópolis, e explosões em minas de Criciúma e Lauro Müller.
"Situações como essas exigem empenho, atenção e resolutividade dos profissionais, que trabalham contra o tempo e se superam para socorrer as vítimas", explica a coordenadora estadual do Serviço, Cristina Pires. Por conta disso, o Samu, a Polícia Militar e o Corpo de Bombeiros estão implantando em todo o Estado as Centrais Integradas para o Atendimento das Urgências. “Elas vão otimizar os custos, evitando a duplicidade no envio de recursos, agilizando a comunicação e unindo forças", diz a coordenadora.
Ao todo, Santa Catarina conta com 92 veículos em atividade, um helicóptero, em parceria com a Polícia Rodoviária Federal, e 537 profissionais para o atendimento da população. As ambulâncias que apresentam algum defeito mecânico ou estão em manutenção são substituídas pelas que fazem parte da reserva técnica, composta por 14 veículos.
Os casos mais comuns de atendimenot do Samu são os clínicos, nos quais os pacientes recebem os primeiros atendimentos no próprio veículo, que dispõe de UTI, a caminho do hospital. Para receber o atendimento do Serviço, é preciso acionar o serviço pelo telefone 192. Depois de um interrogatório especializado, um médico regulador define se a situação descrita é realmente urgente e se há necessidade do deslocamento de uma Unidade Móvel. Com esse sistema de triagem, as equipes são capazes de classificar as urgências e determinar o melhor destino para o paciente.
Em caso de trauma leve e moderado, por exemplo, muitas vezes é acionada uma Unidade de Suporte Básico de Vida ou solicitado apoio ao Corpo de Bombeiros. Nos casos mais graves, uma UTI Móvel é enviada ao local, para que um médico efetue as ações invasivas ou de terapêutica médica. O envio de uma ambulância é justificado em casos de acidente de trânsito, ataques do coração, convulsões, desmaios prolongados, envenenamentos e intoxicações. A Central não está autorizada a enviar viaturas para retirada de gesso, doação de sangue e realização de exames.
As Centrais Reguladoras ficam em Lages, Joinville, Florianópolis, Chapecó, Criciúma, Blumenau, Joaçaba e Balneário Camboriú. A implantação do serviço foi resultado de negociações estabelecidas com o Ministério da Saúde, a Secretaria de Estado da Saúde e o Conselho de Secretários Municipais de Saúde. O Controle Social do Samu é feito de forma ativa e altamente representativa, através dos Comitês Gestores Regionais, que têm entre seus representantes servidores da Saúde, policiais, bombeiros, diretores de hospitais e representantes da sociedade civil.
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