A revelação de que contratos, notas fiscais e outros documentos comprovando transações diversas entre a Fundação Municipal de Esportes e fornecedores foram encontradas no lixo, em frente à Arena, denotam que há muito mais a saber nos subterrâneos do governo Tebaldi do que está sendo encontrado pelos novos gestores da administração pública.
E pior ainda que esta revelação foi a explicação dada pelo ex-presidente da fundação, o senhor Jair Raul da Costa, que popularmente é conhecido pela alcunha de "Bujica", que justificou uma compra de R$ 120 mil em bolas e redes que nunca foram entregues, mas pagas, como uma forma de acerto, para pagar dívidas antigas da fundação, deixadas por seu ex-presidente. A emenda ficou pior que o soneto.
Bujica acabou por confessar que a fundação sob sua responsabilidade comprou e pagou pelo que não recebeu. E, não fossem os documentos serem encontrados no lixo e entregues na redação da Gazeta, ficaria o dito pelo não dito e nada viria à tona. Só que não deu certo.
Isso faz lembrar de uma outra história. Há exatamente um ano, no dia 14 de janeiro, o então secretário da Saúde Norival Silva foi preso em sua casa no desenrolar de uma investigação do Ministério Público; investigação esta que começou com uma denúncia de ameaça contra uma fiscal da Vigilância Sanitária.
Nos dois casos operou-se o imponderável. No desvio da Saúde, enquanto se investigava uma ameaça descobriu-se a cobrança de propina para forjar a fila de pagamentos de fornecedores; e agora, descobrem-se no lixo os acertos obscuros e desvios no Esporte. Resta a pergunta: o que mais falta achar?
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