EDITORIAL: Estelionato eleitoral

O eleitor joinvilense deu um recado claro quando elegeu Carlito Merss seu prefeito com mais de 62% dos votos: o povo que foi às urnas votou clamando por mudanças, afirmando expressamente que não aceitava mais o que estava aí. E quem votou em Sandro Daumiro da Silva, que fez campanha reclamando da falta de atenção do poder público com a comunidade do bairro Paranaguamirim, também optou por mudanças, acreditando que estava elegendo um representante preparado, autêntico e independente.

Mas Sandro não hesitou em jogar no lixo seu discurso de campanha ao ser seduzido com a oferta da presidência da Câmara por parte da oposição à nova administração municipal.

Concretizou-se o que disse o deputado federal Mauro Mariani (PMDB): "Sandro era o elo mais fraco da corrente". E ao que parece, o ex-PFL Sandro Silva só mudou para o PPS para aumentar suas chances na disputa eleitoral. Nenhuma convicção política ou ideológica, só aquele comportamento retrógrado, desmedido e oportunista, que todos achavam derrotado pelo sufrágio com a eleição de Carlito.

O ex-PFL Sandro Silva, patrocinado por Raimundo Colombo, Tebaldi, José Carlos Vieira e Darci de Matos, não tinha dentro de si os mesmos sonhos da população que pedia mudanças e, na primeira oportunidade, mostrou que o seu lado fisiológico é mais forte.

Inebriado pela bajulação, moeda falsa que só circula onde impera a vaidade humana, Sandro, que passou o primeiro turno defendendo um projeto de mudança ao lado de Mariani e no segundo turno foi para a televisão defender a renovação de Carlito, mostrou quem realmente é e de que lado está.