Joinville foi palco de milagre do primeiro santo brasileiro

A professora Maria Beatriz Barbosa Búrigo, de 65 anos, é devota de Frei Galvão desde sempre. A dedicação ao santo brasileiro foi passada pela avó, já falecida, que a educou para a fé.
A convicção no poder milagreiro de Frei Galvão foi retribuída não apenas com graças, mas sim com dois milagres em sua família.

Muito antes do acontecimento destes milagres, a professora pesquisou a história do então beato, e começou a divulgar a trajetória do frei para os alunos e amigos da comunidade.
Alguns anos depois, começaram as visitas ao Mosteiro da Luz, em São Paulo, o templo construído pelo Frei Galvão com suas próprias mãos e que hoje é considerado Patrimônio da Humanidade pela Unesco.

Maria Beatriz soube que o mosteiro iria ganhar uma nova imagem do beato, e ela acabou conseguindo trazer a antiga estátua a Piraí do Sul, já que a cidade havia sido cenário para um de seus milagres e possuía parte das relíquias, mas não tinha nenhuma imagem do beato.

Durante vários anos, a imagem de Frei Galvão chegou a ficar em um local improvisado na Casa da Cultura da cidade onde Maria Beatriz foi secretária por alguns anos. Porém, em uma transição de prefeitos, o pequeno santuário foi desmanchado e a imagem colocada nos fundos.
"Quando eu soube, fui lá e levei o São Galvão para minha casa, pois lá ele ficará no melhor lugar que eu tiver. Por anos deixamos a porta da sala aberta para que as pessoas entrassem para rezar" conta Beatriz.

O fato da canonização do frei chamou a atenção de membros da Igreja Católica, e a estátua com sua imagem foi, com muito entusiasmo, incorporada à tradicional procissão de Nossa Senhora das Brotas, a padroeira da cidade. Esta novidade, passou a atrair milhares de fiéis a Piraí do Sul durante a festa de louvor à santa, em 27 de dezembro.

O pároco local pediu então que dona Beatriz doasse a imagem à igreja, porém ela apenas concordaria, se um santuário digno da imagem do frei fosse erigido. Em 1985 foram concluídas as obras do Santuário de Nossa Senhora das Brotas e dona Beatriz foi chamada pelo padre local para conhecê-lo. Ela gostou do que viu e concordou em doar a imagem.

Na época, sua neta de dois anos e meio chorou muito ao ver a imagem de Frei Galvão deixar a casa da família rumo ao novo local de adoração.

Depois do acidente, o milagre

É o marido de dona Beatriz, seu Walter Búrigo, que conta o incrível fato que aconteceu à sua família em 2004. Em viagem a Santa Catarina, o casal soube da vinda de um frei proveniente do Mosteiro da Luz e que se hospedaria em sua casa, por isso resolveram retornar às pressas a Piraí do Sul.

No caminho, passando por Joinville, uma forte chuva fez com que a pista ficasse cheia de água, e num trecho da rodovia carro sofreu com aquaplanagem na pista e rodou, batendo na mureta de contenção.

Com o impacto, sua neta, Leandra Búrigo, atravessou o vidro do carro e foi arremessada no asfalto a uma enorme distância. Apesar do carro ter sido completamente destruído, os ocupantes sofreram apenas ferimentos leves. Em seguida, veio o mais impressionante: enquanto saíam do carro, ainda atordoados pelo acidente, os familiares notaram a menina, na época com dois anos e meio, caminhando em direção a eles sem nenhuma marca de ferimentos.

Mal podiam acreditar no que estavam vendo, eles abraçaram a menina e, em meio a lágrimas e surpresa, a pequena Leandra os acalmou, explicando que um homem a segurou. A família sem entender o que havia acontecido indagou: "Mas que homem, minha filha?". E com toda a calma do mundo a menina respondeu: "O Galvão, mamãe! Aquele que estava lá em casa. Eu conheço ele!"

O frei, que iria se hospedar em sua casa, no momento do acidente deixara uma nova imagem de Frei Galvão, que há anos vinha prometendo à dona Beatriz. Depois disso, o casal decidiu que finalmente era hora de construir uma tão sonhada capela para Frei Galvão em sua própria casa.

...Outro milagre no Paraná

Por mais uma vez, o poder milagreiro de Frei Galvão se manifestou. A segunda neta de dona Beatriz Búrigo tinha poucas chances de sobreviver a uma fibrose cística fulminante, detectada ainda na gestação. A mãe também corria sérios riscos de morte.

Desta vez, foi a família e comunidade que intercederam a favor desta criança. Depois de diversos diagnósticos positivos, a doença acabou desaparecendo milagrosamente e a mãe se recuperou prontamente.

A vida da família Búrigo desde então nunca mais foi a mesma, o milagre ganhou repercussão nacional. A família participou de diversos programas de televisão em São Paulo para falar sobre o milagre de Frei Galvão.

Depois de alguns meses, foi construída a capelinha para o santo, no quintal da casa da família. Ali os portões estão sempre abertos a qualquer pessoa que queira entrar para rezar. O lugar é frequentado diariamente por diversas pessoas que às vezes chegam a ficar até tarde orando.
A família nunca teve nenhum problema de roubo ou vandalismo e segue incentivando a fé em Frei Galvão. O casal Búrigo também distribui ali as pílulas de Frei Galvão, ao qual frequentemente são atribuídas as curas. As pílulas são abençoadas pelas freiras enclausuradas do recolhimento de Nossa senhora da Divina Providência, do Mosteiro da Luz, de São Paulo.

4 comentários:

Jaime disse...

Só uma retificação sobre essa matéria: Santo não se adora, Santo se venera. Mais cuidado quando escrever principalmente a um veículo de comunicação de tamanha abrangência como este Jornal.

Anônimo disse...

Veículo de tamanha abrangência? Do que você ta falando? Dos sinaleiros? Da entrega gratuita nos bairros?

Luciano disse...

Como Deus estabeleceu.
Exodo 20:4 e 5.
Não farás para ti imagem esculpida, nem figura alguma do que há em cima no céu, nem em baixo na terra, nem nas águas debaixo da terra.Não te encurvarás diante delas, nem as servirás; porque eu, o Senhor teu Deus, sou Deus zeloso, que visito a iniqüidade dos pais nos filhos até a terceira e quarta geração daqueles que me odeiam.

Deus é bem claro que adoração a santos, imagens e estatuas e abobinação a Deus. Devemos adorar apenas o único Deus que ressuscitou dos mortos, Jesus Cristo, o único mediador e Senhor e nossas vidas. Amém.

Anônimo disse...

Como dizia a Xuxa, "eu vi um duende"