O município, com cerca de 24.000 habitantes, está localizada entre os municípios de Castro e Tibagi, na região central do Paraná. O visitante encontrará nesta cidade um cenário bucólico de belezas ímpares.
A colonização da cidade por descendentes dos tropeiros e de ucranianos deixou suas marcas na arquitetura do início do século passado e se mostra nas paisagens rurais tomadas por campos e pelas araucárias; pinheiro símbolo do estado do Paraná.
O município é um grande produtor de papel e papelão, concentrando indústrias madeireiras.
Além disso, as Cooperativas Castrolanda, Batavo, Perdigão e indústrias metal-mecânicas geram emprego e renda ao município.
Em 27 de dezembro, Piraí do Sul realiza a tradicional Tropeada, que leva a imagem de Nossa Senhora das Brotas em procissão. A Tropeada sai da cidade e visita todos os municípios da região, passando por mais de trinta cidades.
O município também tem forte vocação para o turismo geológico e já negocia a implantação de um Geoparque, pertencente a uma cadeia de parques de belezas naturais que será criada para interligar os parques estaduais de Guartelá, em Tibagi e o parque estadual de Vila Velha, em Ponta Grossa, entre outros.
Um Pouco de História: Nascendo do pouso dos tropeiros
O povoamento onde hoje se encontra Piraí do Sul foi iniciado nos primeiros anos do século XVII, em uma gleba de propriedade do padre Lucas Rodrigues França, filho do capitão-governador João Rodrigues França.
A fazenda era de propriedade do padre Lucas e ficava no vale do rio Piraí. O primeiro nome dado ao local foi bairro da Lança e conta a lenda que esse nome foi designado em razão do encontro de uma lança indígena achada pelo caminho.
Como era comum a busca de mantimentos e utensílios de necessidade dos tropeiros, o casal Manoel da Costa Ferreira e Ana Maria Tenória abriram uma venda e ao redor dela com o tempo aumentou-se o número de moradores da povoação. Em meados do século XVIII os moradores sentiam a necessidade de uma capela, onde pudessem praticar o culto religioso e erguê-la sob a invocação de Nossa Senhora de Sant’Ana.
Ana Maria Tenória, com ajuda de seu marido Manoel da Costa Ferreira, tratou de doar o terreno necessário para construir a capela, que foi construída no lugar denominado de Campo Comprido.
Manoel deu ainda, como contribuição para o mesmo fim, trinta novilhas e quatro touros. O contrato estabelecia que a capela fosse construída com o auxílio dos moradores e vizinhos da localidade, ficando a doação sem efeito, na hipótese de não ser construída a igreja.
O fervor e o entusiasmo de Ana Tenória fizeram com que lançasse mão à obra, não esmorecendo e contou com o apoio dos demais moradores, surgindo afinal o templo. O marido de Ana adquiriu a imagem da Padroeira Nossa Senhora Sant’Ana, bem como os parâmetros e alfaia necessários ao culto divino. A morte, porém, veio surpreendê-lo, quando consagrava seus últimos dias à execução da obra. Ana não sobreviveu muito tempo sem o marido. Mortos os protetores e fundadores da capela de Sant’Ana do Piraí, a construção ficou abandonada e em ruínas.
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