O grande Canyon brasileiro


O canyon tem a extensão de 32km e sua altitude varia de 700 a 1.200 metros.

Esta grandiosa formação geológica, situada no município de Tibagi (PR), além de belas cachoeiras e incríveis paisagens, possui mirantes com vista para um enorme desfiladeiro, inscrições rupestres, e trilhas para caminhadas.

O canyon tem a extensão de 32km e sua altitude varia de 700 a 1.200 metros. Seu percurso é desenhado pelo rio Tibagi, cuja bacia hidrográfica abastece mais de um milhão e meio de habitantes.

A região do canyon, uma área de 800 hectares cravada no centro do estado do Paraná, foi transformada em parque estadual em 1992 para que a enorme biodiversidade e recursos hídricos fossem preservados. O local é mantido pelo Instituto Ambiental do Paraná e recebe todos os anos cerca de 20 mil visitantes de diversas partes do país e do mundo.

O economista Sergio Aboud e sua mulher Rosamaria vieram da cidade do Rio de Janeiro especialmente para conhecer o canyon. Os dois chegaram ao parque pontualmente às 9horas do último dia 17 munidos de muita disposição e curiosidade para conhecer o canyon. "Viemos ao Paraná pela segunda vez, e decidimos passar um bom tempo aqui. Não poderíamos dizer que conhecemos bem uma região apenas passando por ela. Temos que vivenciar o lugar", conta Aboud, entusiasmado.

O casal ficou encantado com a beleza e a diversidade do parque Guartelá, que a cada ano tem atraído mais visitantes. Além das várias trilhas para caminhadas, o rafting praticado nos rios Tibagi e Iapó e o rapel de cachoeira são outras atrações.

Desvendando o canyon

O surgimento deste canyon remonta ao período da formação dos continentes do planeta. Segundo alguns pesquisadores, há quase 400 milhões de anos, a região foi coberta por uma geleira e depois se transformou num antigo oceano. Para outros, formação do canyon foi pluvial e não marinha. Cientificamente, a origem continua um mistério, porém no local foram encontrados fósseis de conchas que podem apontar para estas possibilidades.

Ao chegar no parque estadual de Guartelá, o visitante é recebido por um monitor que passa orientações sobre as trilhas em um mapa e exibe um vídeo educacional que ensina como se comportar em uma reserva de preservação ambiental.

Explorando os encantos

Após esta etapa, é hora de encarar a trilha que atravessa a vegetação nativa e se deparar com os chamados "panelões", que são como buracos perfurados ao longo dos milênios pela água das corredeiras em uma grande laje de pedra. Ali o visitante tem a oportunidade de desfrutar de uma hidromassagem natural nos meses mais quentes.

Durante o percurso, várias quedas d’água, corredeiras, formações areníticas e vales profundos vão se revelando. Até que surge o mirante na encosta do penhasco, que fornece a segurança necessária para a contemplação desta maravilha da natureza. A vista é de encher os olhos.

A história do canyon

O canyon de Guartelá foi descoberto em 1525 pelos bandeirantes que vinham de São Paulo quando estes ainda desbravavam a famosa rota dos tropeiros, também conhecida como Rota de Viamão, grande responsável pelo surgimento de cidades desde São Paulo até o Rio Grande do Sul.

Porém, muito antes, outras civilizacões já habitavam o local. Pinturas rupestres encontradas na região datam de milênios atrás e foram deixadas nas encostas do canyon por membros de tribos indígenas que habitavam a região.

No início do século XX, no fundo do canyon, entre os sedimentos do rio Tibagi, foram encontradas pedras de diamante. Ali começa uma verdadeira corrida em busca de fortuna que atraiu milhares de pessoas à regiao. Nesta época, foi introduzido o escafandro (antiga roupa de mergulho) para facilitar a busca pelas pedras preciosas.

Nos anos 50, os diamantes já não eram mais encontrados e o garimpo cessou. Dali em diante, o canyon ficou esquecido por cerca de 30 anos quando outra alternativa altamente lucrativa foi descoberta no local: o turismo.

Um comentário:

Anônimo disse...

UMA GRANDE VALA A CEU ABERTO. QUE VERGONHA. FALTA DE SANEAMENTO BASICO