Justiça considera que houve desvio de dinheiro público na contratação de artistas na inauguração do Centreventos, em 1998
Na inauguração do Centreventos Cau Hansen, em meados de 1998, vários shows foram contratados para abrilhantar aquela que seria a maior obra para o “povo” joinvilense do então prefeito Luiz Henrique da Silveira (PMDB). Na época, até mesmo o presidente da República, Fernando Henrique Cardoso (PSDB), marcou presença no evento. O que muitos não sabem é que por trás da suntuosa festa, segundo o Ministério Público Estadual (MPE), se escondeu uma contratação fraudulenta dos artistas que se apresentaram. Os responsáveis pelo ilícito escoamento do dinheiro público, mais de meio milhão de reais, foram o ex-presidente da Fundação Cultural de Joinville, Edson Busch Machado, e o radialista Osman Lincoln, condenados no último dia 25 de março pelo do juiz da 1º Vara da Fazenda Pública, Renato Roberge.
Na ação ajuizada somente no dia 2 de setembro de 2005, o MPE solicitou a declaração da nulidade do procedimento de inexigibilidade da licitação nº 60/98 e do contrato nº 22/98, que beneficiavam a empresa de Osman Lincoln. Na denúncia, o contrato foi taxado como fraudulento, fruto de improbidade administrativa, ou seja, corrupção. O Ministério Público também solicitou que os cofres públicos fossem ressarcidos do valor de R$ 551.614,00, devidamente corrigidos.
Osman chegou a ter um automóvel indisponibilizado pela Justiça
No decorrer do processo, Osman Lincoln, solicitou a prescrição da ação do MPE, sob o pretexto de que a prestação do “serviço” teria sido anterior a junho de 1998, e que sua empresa, a Osman Lincoln Publicidade e Produções Ltda, era a única especializada nesse tipo de serviço.
Porém, tais argumentos não foram aceitos pela Justiça, que determinou a indisponibilidade de um veículo de Osman Lincoln, o qual, foi liberado ao réu após a sentença. Ainda sobre a defesa de Osman, o juiz faz constar em sua sentença: “Assim agindo, teriam os requeridos, ferido de morte os princípios da moralidade administrativa, legalidade, isonomia e os deveres de honestidade e lealdade às instituições [...]”
Sobre o contrato firmado, longe dos olhos da moralidade pública, o magistrado ressalta: “...a contratação pela Fundação Cultural de Joinville somente poderia ser realizada diretamente com os artistas, ou através de prévia licitação a fim de possibilitar que outras empresas do ramo pudessem participar do certame!”.
Para o juiz, não restou dúvidas que a conduta de Osman e Edson Machado, constituiu ato de corrupção administrativa, e que o princípio da legalidade e da moralidade foi dolosamente violado, e acrescentou a sua sentença. “O dano à moralidade administrativa está sempre presente quando a Administração dispensa indevidamente licitação ou concurso (...) deixando de selecionar os melhores; estará em suma, abrindo mão do dever de buscar os melhores preços e a melhor qualidade de materiais ou concorrentes; estará enfim, ferindo a moralidade administrativa”. Roberge também observou que o patrimônio da empresa de Osman Lincoln se confunde com sua pessoa física e que ela se beneficiou diretamente da indevida contratação.
A pena
Osman Lincoln foi condenado a suspensão dos direitos políticos por 4 anos. Além disso, o radialista também ficará 3 anos proibido de contratar com o poder público ou receber benefícios, incentivos fiscais ou creditícios , direta ou indiretamente, ainda que por intermédio de pessoa jurídica da qual seja sócio majoritário. Já o ressarcimento do valor pago sem licitação, o juiz entendeu que não há provas de dano ao erário.
Ministério Público quer a devolução do dinheiro público
No entanto, na última semana, o promotor da 13ª Promotoria de Joinville, Assis Marciel Kretzer, protocolou recurso contra a sentença do juiz Renato Roberge. “Convém salientar que a orientação jurisprudencial utilizada pelo Juízo para justificar a não condenação à devolução dos valores aplicados (...) não merece guarida, vez que trata (...) de cumprimento de um contrato meramente contaminado por vícios (...)”
O promotor quer o ressarcimento dos mais de R$ 500 mil pagos a Osman e pede aos desembargadores do Tribunal de Justiça a revisão da pena “(...) condenados às sanções para eles previstas, inclusive ao ressarcimento aos cofres públicos, em solidariedade, dos danos causados ao erário, no montante de R$ 551.614,00 (quinhentos e cinquenta e um mil, seiscentos e quatorze reais), devidamente corrigido, observada a graduação da responsabilidade de cada devedor.”, diz o recurso.
Seguindo a mesma linha dos radialistas Luiz Veríssimo, Toninho Neves e Beto Gebaili, recentemente Osman Lincoln ficou bem conhecido ao alugar sua voz para a equipe do candidato derrotado nas ultimas eleições, Darci de Matos (DEM). A voz de Osman bradava através de auto falantes de carros de som pagos por Darci, que o candidato Carlito Merss era a favor do aborto. Na verdade, uma manobra rasteira e desesperada de reverter uma situação já consagrada, já que as pesquisas apontavam Carlito Merss como franco favorito a prefeitura de Joinville.
O que diz Osman Lincoln
Osman afirmou que tomou conhecimento da sentença superficialmente através de seu advogado e que está tranqüilo. “Para você ter idéia hoje um show custa R$ 600 mil. Eu trouxe uma dezena de espetáculos. Foram 119 passagens aéreas, hospedagem para todo mundo, alimentação, som e luzes enfim, tudo que envolve um espetáculo. Então eu estou tranqüilo, da minha parte estou completamente sossegado. Para se ter idéia, o show que a prefeitura trouxe no último aniversário da cidade, custou R$ 128 mil, para um cara que não tem notoriedade nenhuma que foi o Frejat”, questionou Osman.
Entenda o caso
Na noite do dia 25 de junho de 1998, na inauguração do Centro Eventos Cau Hansen, se apresentam em Joinville, Orquestra Sinfônica da Petrobrás, Gal Costa, Milton Nascimento e Luiz Melodia.
Já noite do dia 26, foi a vez de Rita Lee, Titans e Paula Toller.
Para assistir aos shows, foi cobrado o valor de R$ 15,00 por noite.
A forma acertada para o pagamento dos R$ 551,614,00, a Osman Lincoln foi a seguinte:
R$ 200.000,00 na data da assinatura do contrato.
R$ 175.807,00 pagos em 22-06-1998
R$ 175.807,00 pagos em 25-06-1998
Em 2005, o Ministério Público Estadual (MPE) toma conhecimento dos procedimentos adotados para a contratação da empresa de Osman, e entende que; “Pactuaram ilegalmente a realização dos shows, objetivando o privilégio de receber a expressiva quantia noticiada pelo apelante”.
Diante disso, o MPE ajuíza uma ação no dia 02 de setembro do mesmo ano.
11 anos após os shows e dos tramites na justiça, o juiz Renato Roberge, da 1ª Vara da Fazenda Pública, julga e condena parcialmente Osman Lincoln e o ex-presidente da Fundação Cultural de Joinville, Edson Machado, liberando a dupla de ressarcir o valor aos cofres públicos.
Na última semana, inconformado com a decisão do magistrado, o promotor da 13ª Promotoria, Assis Marciel Kretzer, recorre da sentença ao Tribunal de Justiça de Santa Catarina.
Juntando-se aos outros
Com a condenação, Osman Lincoln agora se junta a outros radialistas que tiveram suas reputações abaladas ao manterem posturas no mínimo suspeitas. Uma prática condenável do ponto de vista ético. O presidente da Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj), Sérgio Murillo de Andrade, vê a condenação de Osman como um exemplo. “Utilizar os microfones de uma rádio para fazer negócios particulares é inaceitável. Esse tipo de prática não pode servir de referência para a profissão. Isso é escandaloso.”, disse o presidente.
Radialistas a serviço deles mesmos
Gebaili se julgava intocável, poderoso e acima da própria Justiça. Pois o juiz João Marcos Buch, titular da 2ª Vara Criminal da Comarca de Joinville, deixou claro que Antônio Alberto Gouveia Gebaili pouco difere de grande parte da marginalidade que assusta Joinville. Não adiantou contar com os amigos que trocam favores por adulação na mídia e nem os reféns de suas críticas. Gebaili foi condenado a um ano e seis meses de detenção por calúnia.
Luiz Veríssimo, radialista que não suporta ser contrariado e sempre mantendo um “aparente” laço com a ética, não resistiu aos agrados oferecidos pelo então deputado federal Paulo Bauer. Na época, Bauer realizou um jantar para alguns integrantes da “imprensa” e sorteou passagens áreas adquiridas com dinheiro público. Luiz Veríssimo tirou a “sorte” grande e pôde viajar até Brasília. Tudo à custa do erário público. O fato, depois de publicado pela Gazeta de Joinville, ganhou repercussão nacional nas páginas da revista Veja. Luiz Veríssimo é assessor especial na Câmara de Vereadores de Joinville, e se arrasta naquela casa há muito tempo, sempre com a conivência de vereadores amigos e que tem guarida garantida em seu programa de rádio.
A afinidade entre Toninho Neves e o ex-secretário de saúde de Joinville, Norival Silva sempre foi notória. Tanto que sua coluna política na internet, abrigava como patrocinador em um intermitente anúncio a empresa Gestão Saúde, de Norival Silva. A empresa que patrocinava o radialista consta como alvo nas investigações do Ministério Público Estadual (MPE) e da polícia, e que também tiveram os computadores apreendidos na Operação Falcatrua, da Polícia Civil. Norival Silva substituiu inúmeras vezes Toninho em seu programa na rádio Colon FM.
Greve dos servidores da Prefeitura 2011
Há 13 anos
17 comentários:
É a quadrilha do baixo clero da mídia. Ainda falta alguns que não foram citados na reportagem acima.
Mais cedo ou mais tarde o bumerangue volta e corta a própria cabeça de quem lançou. É tambem a lei do carma, é inevitável e infalível, sempre que se faz mal aos outros está diretamente fazendo mal a si próprio.
Essas pessoas tentam sempre se abrigar na lei da liberdade de imprensa. Diz o que quer, agem como quer, e saem correndo para se proteger evocando a liberdade de imprensa. O Osman Lincoln não teve nenhum pudor ao difamar o Carlito para tentar reverter a favor do Darcy.
Esses pseudoprofissionais da mídia fazem parte de um grupo que foi derrotado politicamente, e de alguma forma perderam uma teta para mamar. Agora vão partir para o "terrorismo" da informação, tentando convencer o povão de que nesses 100 dias do novo governo, Joinville está um caos.
Não diria que estamos bem, mesmo porque, após um governmo corrupto, numa gestão de mais de 4 anos, com prisões de secretarios, jamais poderíamos estar numa situação confortável. Porém acreditamos que a situação aos poucos vai se reverter.
Eu comprava bilhete do trimania, porém quando o Osman apelou para o crime eleitoral, passei a não comprar mais e ainda faço propaganda para que meus amigos também não comprem .
Esse cara não aquele que promoveu uma comilança de tainhas pescadas no Rio Cachoeira? Inclusive o ex-prefeito foi saborear o delicioso prato de tainha recheada de m... na casa desse radialista. Lembram? Tudo isso foi feito com a anuencia daquele que era secretário do meio ambiente Norival Silva. Norival fez o prefeito comer M... na casa de um radialista. E o fim.
A Gazeta de Joinville está comtendo um grande equívoco ao "misturar as coisas", o que poderá gerar inclusive uma ação de reparação de danos ...
Pois o processo refere ao trabalho do Osman como "Produtor de Shows e Eventos" e não como "JORNALISTA" como coloca essa reportagem ... tomem cuidado ....
E quanto ao Osman "produtor de shows e ventos" posso garantir que está para nascer em Joinville alguém com tamanha seriedade e profissionalismo ...
Se não fosse ele ... Joinville jamais teria assistido Ray Coniff - Orquestra e Coral, Roberto Carlos, Milton Nascimento, Titãs entre outro inúmeros artistas de nível nacional e internacional que aqui estiveram porque este produtor "assumiu sozinho" os riscos de tais eventos ... na maioria das vezes sem qualquer apoio do poder público!!!!
Olha o Osman comentando aíiiii geeeente!
Esse radialista, produtor de shows, vendedor de bingo, ou seja lá o que for, está irado e transtornado.
Nos seus programinhas de TV está querendo induzir aos telespectadores que nossa cidade está um verdadeiro caos. E que esse caos somente começou em primeiro de Janeiro.
Numa de suas críticas, eu achei interessante, dizia ele que esse governo é incompetente porque a calçada do cemitério está em péssimo estado. Até agora o atual governo não fez reforma alguma.
Será que essa calçada ficou assim a partir de primeiro de Janeiro ? No governo Tebaldi a calçada estava "um brico" ?
Parece que esse sujeito está perdendo o juízo, está apelando com práticas mais baixas do aquelas empregadas por ele nas eleições para a prefeitura.
falem o que quisere, mas que roubou roubou, uiaa
A foto que a Gazeta colocou do Osman Lincoln está bem parecida com a vestimenta que era usada pelos irmãos metralhas. Bobagem, deve ser apenas uma forte coincidência. Baixa a bola Sr. Osman. A sua arrogância um dia vai execrar você.
parabens a gazeta por revelar a verdade, este jornal nao tem rabo preso....
Sem noçao Joselito
É isso aí Osman. Mam para os intímos. Dê uma bengalada em sua própria cabeça hipócrita.
Lamentável a maior cidade do Estado ter pessoas reféns da opinião desses radialistas metidos a ladròes.
Um escãndalo esconde o outro. Estamos esperando notícias sobre os envolvidos no caso da Felej na gestão Tebaldi.Já foram presos?Foram tomados os bens?E o Atacado Universo ainda existe?Aposto que enquanto trabalhamos eles devem estar fazendo falcatruas. Vocês de A Gazeta tem obrigação de ir atrás desta "gente".
Moro a 10 anos em joinville e posso dizer com convicçao que aqui em nossa cidade não precisa de pessoas como Gebaile, Veríssimo e Toninho, pois dá para ver em seus comentários no rádio e na tv que sempre estão pendurados no saco de algum político, para que sua "mesadinha" não pare de pingar em suas contas..
Lembram de quando o Gebaili tirou o Ricardo freitas do ar quando ele estava em seu minuto de informativo esportivo? O ricardo Freitas estava em casa por telefone e quando percebeu que o lixo do Gebaili o cortou, saiu de casa, entrou no estúdio aonde o Gebaili estava fazendo seu programa ao vivo e desceu a mão nele!! foi merecido e foi pouco!!
Só pra comentar um detalhe: Frejat não tem notoriedade, Sr. Osman Lincoln? E você ainda se acha entendido de publicidade? Mais um rolinho político de quem não tem NADA de profissional na área. Além de ser um péssimo jornalista, demonstrou com essa matéria também ser um péssimo publicitário. Pelo menos é um BELO DE UM TRAMBIQUEIRO!
Desde quando Gebaili, Veríssimo e Toninho podem ser considerados Jornalistas? Não passam de cabos eleitorais que são PAGOS para falarem bem desse ou daquele candidato. (Leia-se Tebaldi, Darci de Matos, e o resto da quadrilha)
É uma vergonha esse tipo de "jornalismo" político empregado por esse trio. Não posso acreditar que ainda tenha gente que dê credibilidade pra esses aí.
Além de tudo, ainda se expressam mal e me parecem, por diversas vezes, ignorantes sobre os assuntos que insistem em comentar.
Se não entende, não comenta! Assim nos poupam de ouvir TANTAS BESTEIRAS citadas por eles. Pelo amor....
Joinville merece coisa melhor!
OSMAN LINCOLN = Vendedor de trimania, e só.
VERÍSSIMO = Não entende nada de nada. Faz comentários absurdos, sem nexo algum. Totalmente ignorante. Não admite ser contrariado.
GEBAILI = Mete uma de intelectual mas comete DIVERSAS gafes. Se acha o rei da cocada preta, mas é outro sem credibilidade alguma.
TONINHO = Puxa saco, e ponto final. Pelo menos garante seu dinheirinho (público) de Sandro Silva, Darci de Matos, Norival Silva e cia. (assim como os outros)
Estou fora da cidade há alguns anos(10 para ser mais preciso), mas continuo buscando informações da nossa Joinville. É lamentável saber que pessoas como o Sr. Beto Gebaile, e Toninho Neves ainda tenham espaço na Midia, principalmente o Sr. Beto Gebaile, o cara mais ignorante que já ouvi em qualquer rádio do mundo. Um verdadeiro coitado que diz que tem 3 faculdades, formado em direito e tal e foi ser radialista numa rádio numa cidade do interior de Santa Catarina. Esses tipos de pessoas deviam ser proibidas de emitirem qualquer opinião, a respeito de quelquer assunto que fosse. Quanto aos outros citados, eu tenho realmente pena dessas pessoas, pois só numa cidade ainda provinciana como Joiville conseguem alguma coisa. Não são absolutamente nada fora daí.
Postar um comentário