Depois do ex-secretário Trigo, manifestantes também pressionam vereadores para que prefeitura tenha controle sobre o transporte coletivo
Se Carlito Merss fechou as portas da prefeitura para os movimentos sociais contrariados com o aumento nas passagens de ônibus, a Câmara de Vereadores tem sido o local de ressonância da revolta da população que promete não sossegar enquanto o prefeito não revogar o aumento de 12,2% nas tarifas do transporte coletivo.
Na noite de quarta-feira (27), mais uma vez os manifestantes promoveram um grande barulho para pressionar os vereadores a assinar um documento exigindo da que a Câmara questione a prefeitura sobre a fiscalização do sistema. Caso os vereadores constatem não existir fiscalização, eles se comprometeriam a revogar o aumento.
“É uma carta que busca responsabilizar os vereadores colocando que é responsabilidade do poder público averiguar e fiscalizar o sistema de transporte da cidade”, disse da tribuna o líder do movimento, Willian Luiz da Conceição.
Ele lembra que há pouco mais de um mês, “o prefeito Carlito Merss e o seu secretário do Planejamento Eduardo Dalbosco se posicionaram e assumiram que a prefeitura hoje não tem condições algumas de fazer estudos técnicos das planilhas”.
“Se a prefeitura não possui ferramentas técnicas para que faça os estudos das planilhas sendo que o ex-secretario de Infraestrutura, Nelson Trigo, aos estudos que ele fez averiguou diversas irregularidades nas planilhas apresentadas pelas empresas. Nós estudantes e trabalhadores estamos aqui nesta casa para pedir de responsabilizar os vereadores”, completou.
Resistência vai continuar
“Os estudantes dessa cidade mostram há mais de 10 dias de forma exemplar sua resistência, sua revolta, contra esse aumento que se mostra mais uma vez, um aumento abusivo”.
“A ideia é encaminhar à mesa essa carta de compromisso”, afirmou o estudante..
Imediatamente após o discurso de Conceição, um barulho ensurdecedor tomou conta do plenário da Câmara. Em coro, os estudantes gritavam: “assina, assina”.
O presidente da Câmara, Sandro Silva, acatou a proposição, mas deixou a responsabilidade pelo recolhimento das assinaturas para o vereador Adilson Mariano (PT). Mariano recuou. Sandro então afirmou que iria encaminhar a proposição para o suporte legislativo da Câmara que fará uma analise mais profunda sobre a questão.
Tão logo Sandro Silva deu por encerrada a sessão, os estudantes retomaram sua exigência: “Assina, assina”, gritavam.
O vereador Adilson Mariano disse que não tinha conhecimento da iniciativa do movimento. “Eles vieram com a proposição, encaminharam à mesa, a mesa acatou e vai passar ao suporte”, afirmou.
Ele justificou não ficar responsável pela coleta das assinaturas porque “a mesa acatou e queria que eu me desgastasse para colher as assinaturas”.
Para o líder do governo na Câmara, Manoel Francisco Bento (PT), se os manifestantes tivessem apresentado a carta antecipadamente à bancada, com certeza ela já estaria assinada.
Mais casos de cobrança indevida nos ônibus
As empresas permissionárias do transporte coletivo Urbano de Joinville (Transtusa e Gidion) e a Passebus, empresa que emite, comercializa e controla a bilhetagem eletrônica, terão apenas um dia para resolver as cobranças indevidas de alguns usuários do sistema de transporte do município. De acordo com o tablóide A Notícia, a Passebus irá devolver R$ 7.341,35 aos passageiros lesados. Até a última segunda-feira, o número de pessoas que tiveram o valor cobrado indevidamente, correspondia a 7.346 passageiros.
Há cerca de 15 dias, surgiram reclamações apontando o erro na cobrança. Quatro dias antes do novo reajuste de 12,2% vigorar, a empresa já estava cobrando R$ 2,30 de alguns usuários, ao invés de R$ 2,05. Porém, um novo erro apareceu no inicio dessa semana. Passageiros que adquiriram passagens com o antigo preço e que teriam o direito de pagar a antiga tarifa até o fim dos créditos em seus cartões, também perceberam a cobrança de seus créditos.
A Passebus informou para a Prefeitura que a situação foi conseqüência da substituição do antigo sistema por outro programa. A mudança deverá ser concluída no fim do próximo mês. A Prefeitura não descartou a punição das empresas.
Greve dos servidores da Prefeitura 2011
Há 13 anos
14 comentários:
Será que os professores estão justificando as faltas desses alunos. Garanto que as notas desses bardeneiros são as piores possiveis. Eu como professor não abonarei falta alguma.
Vai te cata meu irmao,,somos roubados e ninguem pode fazer nada,,ninguem tem o direito de reclmar nao,,,so de pegar como viemos pagando a anos,,,,sai fora meu velho,,,,ainda bem que nao temos um professor como voce,,,
Então parabéns por negar aos seus alunos um direito que é deles: o de se manifestar em prol de um benefício que, querendo você ou não, vai atingir você também.
sr josé afonso sell,aprincipio deveriamos respeita lo como educador que o diz,porem desconfio o que aprendem seus alunos.
ora que temos um belo exemplo nessa manifestação de democracia e luta contra abuso dessas empresas,e omissão dos orgãos incompetentes...
Ao caro SR.José Afonso. Pergunta:
O sebhor anda de ônibus?
Vamos generalizar então, todos os manifestantes são baderneiros e devem ser punidos por exercer seu direito de cidadania. Correto?
Eu penso o contrário.
OPKSAOPOPASPOASKPOASKPOA'
Baderneiro é porque você tem um carro para andar por toda a cidade, com seu parco salário, sorrindo por estar sendo explorado pelo preço do petróleo ou cana.
Quem se organiza para defender o sustento de sua familia e das familias ao seu redor deveriam ser chamados de Heróis.
Eu como estudante lutarei seja pelo sacrifício que for.
Eu garanto que a pessoa fisica José Afonso Sell(professor!!!)no seu livre direito de se manifestar, também faria o mesmo ao reclamar o seu direito salarial em plenário junto a um bando de professores bardeneiros com um dos piores salários do país.
Eu como contribuinte pagador de meus impostos não concordo com "professor" algum que venha intimidar a massa estudantil!!!
Você como professor é um belo ditador.
Respondendo ao comenário anterior:
Bem é de admirar que um professor diga algo desse tipo, pois até onde sei o professor deve agir não simplesmente de modo a expor sua matéria, mas buscando formar nesse alunos o pensamento crítico e independente, dando a esse noções de como ser cidadão!
Digo isso porque não cabe a este dizer sobre nossas notas, afinal em meu curso tive sim diversas faltas inclusive devido a manifestação, porém acompanho com colegas de sala e professores os trabalhos propostos, dias de provas e textos necessários para leitura,porque sei dos compromissos que tenho comigo, com meu curso e com meu futuro profissional. Tanto que quase todas as minhas notas estão acima da média, onde apenas uma destas esta em um ponto abaixo da média, mas isto não é devido a manifestação, mas sim dificuldade na matéria, agora independente disto ainda terei 3 bimestres para recuperar e sei que não tirei mais porque devido a pesquisa que desempenho, trabalho e outros mais, só consegui estudar no dia dessa prova. Enfim não quero expor meu boletim, só quero expresar minha indignação com esse comentário, pois se seus estudantes estão com notas baixas, cabe a você verificar se isso é somente devido as faltas, ou então a sua metodologia, ou todos seus alunos sempre tiveram excelentes notas?
Quanto a abono de faltas, não, não estamos sendo abonados, ou pelo menos eu.
Pra finalizar... gostaria de entender qual o conceito que usas para nos definir como "baderneiros", afinal se lutar, exigir e sarificar muitas vezes nossas aulas para lutar por nossos diereitos e por aquilo que acreditamos, exercendo assim nossa cidadania é ser baderneiro, ENTÃO SIM NÓS SOMOS BADERNEIROS!
Mas se tu concordas com o que tem ocorrido na cidade referente a esses aumentos, então meus parabéns e te respeito por isso.
Mas se não concordas, então me desculpe, pois não sabemos apanhar calados!
Se não quer ajudar, então não atrapalhe!
Tava precisando que pessoas fossem as ruas para que a revolta ficasse caracterizada.
Hoje o foco da revolta se confunde entre Carlito e empresas de onibus.........
Marluce M. Ribeiro.
Estudante de licenciatura.
Bem acredito que todos os que estão protestando de forma alguma podem ser chamados de BADERNEIROS. Pois é um direito do cidadão se manifestar principalmente quando o mesmo está sendo coagido. Neste caso financeiramente. Agradeço a meus professores que nos apoiam, pois compreendem a necessidade dos alunos que sofrem com mais esse aumento, ora R$ 4,60 ou 5,40 (caso não consiga comprar antecipado) para ir e voltar da Universidade, escolas, cursos, onde fica a sua postura em relação a educação? A formação de um cidadão crítico. Para o professor José Afonso Sell que nos ofende como Baderneiro é cômodo pois o mesmo deve andar de carro ou possui um bom desconto no vale transporte de professor.
Essa Manifestação que ocorre não somente com estudantes, mas sim com trabalhadores, pais e mães de família e professores é uma luta para nós. A população Joinvillense.
Gostaria de saber qual a metodologia adequada que esse senhor utiliza em sala de aula. Eu participo das manifestações e tenho ótimas notas na universidade, além de desenvolver pesquisa e trabalhar com historiadoras conceituadas no mercado, que hoje apóiam a proposta de que todo cidadão é livre para manifestar seus descontentamentos. Hoje o príncipio básico do ensino na universidade é Ensino, Pesquisa e Extensão. É isso que fazemos a partir do momento que nos consideramos como agente histórico critico/transformador na qual participa ativamente do processo de construção tanto da sociedade quanto de um sistema. Um professor que só pensa em nota, já se legitima com um péssimo professor, pois sabemos que esse método instituido pelo sistema educacional só tem utilidade classificatória capitalista. Acredito que cidadãos que criticam sem conhecer de fato o processo a qual ocorre a critica são muito mais afetados do que os participantes, pois estão a mercê de uma manipulação da mídia, senso comum e eterna ignorância.
sr afonso gostaria de fazer lhe uma pergunta.
porque não te calas?
observo que perdeste um exelente momento para ficar quieto...
É estranho e difícil para mim como acadêmico de História acreditar que existam educadores comprometidos com a manutenção do atual sistema de opressão e exploração seja ele na lógica que predomina no transporte ou na divisão das terras etc.
Mas o que devemos entender é que historicamente todos os direitos sejam dos trabalhadores do setor público ou privado, seja da juventude, das mulheres, dos negros e dos homossexuais não são concessões das elites políticas, sociais e econômicas de nosso país, são os reflexos de uma ardua luta histórica.
E continuaremos na ruas que é nosso lugar.
Willian Luiz da conceição
Estudante de história e militante socialista.
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