Campanha de vacinação contra a gripe termina nesta sexta-feira

Termina nesta sexta-feira, 8 de maio, a Campanha de Vacinação contra a Gripe. As pessoas com 60 anos ou mais que ainda não se imunizaram devem procurar um posto de saúde, das 8 às 17 horas, para receber a dose. A vacina contra a gripe é a principal medida disponível para a prevenção da internação por gripe ou por outras causas respiratórias e suas complicações.

Em Santa Catarina, a meta é vacinar 80% das pessoas nesta faixa etária. O balanço parcial divulgado hoje (5) aponta a imunização de 315.780 idosos, correspondente a 49,85% da população-alvo. De acordo com a Vigilância Epidemiológica da Secretaria de Estado da Saúde, responsável pela coordenação da Campanha, a vacina contra a gripe é a principal forma de prevenir a morbimortalidade por Influenza e suas complicações. “Em idosos, a vacina é 58% efetiva contra a Influenza, doença infecciosa de natureza viral que acomete o trato respiratório e é altamente contagiosa”, explica Luis Antonio Silva, diretor estadual de Vigilância Epidemiológica.

A vacina contra a gripe também é efetiva na prevenção de hospitalizações e pneumonias, e contribui para a redução do risco de hospitalização por doença cardíaca, do risco de doenças cerebrovasculares, do risco de pneumonia e, em até 50%, do risco de mortalidade por todas as causas. Entre os efeitos colaterais da vacina pode ocorrer dor local, eritema (vermelhidão) e endurecimento no local de aplicação nas primeiras 48 horas que se seguem à vacinação. “A vacina contra a gripe é composta por vírus mortos, ou seja, incapazes de se replicar no organismo da pessoa vacinada, portanto não causa a gripe e não provoca nenhum sintoma da gripe”, esclarece Luis Antônio.

A contra-indicação se restringe às pessoas com alergia a ovo. E não são apenas os idosos que se beneficiam desta vacina. Conforme o Centro de Referência de Imunobiológicos Especiais, a vacina contra a Influenza também é indicada para pessoas em qualquer idade nas seguintes condições: com HIV, transplantados e doadores de órgãos sólidos e medula óssea, imunodeficiências congênitas, imunodepressão por câncer ou imunossupressão terapêutica, cardiopatias e pneumopatias crônicas, asplenia anatômica ou funcional, diabetes, fibrose cística, trissomias, nefropatia crônica, síndrome nefrótica, asma, doenças neurológicas incapacitantes e implante de cóclea.

Profissionais da saúde, comunicantes domiciliares de imunodeprimidos e usuários crônicos de ácido acetilsalicílico também devem tomar a vacina anualmente. Desde o dia 25 de abril, data de início da Campanha, mais de mil salas de vacina estão disponíveis em postos de saúde e cada município está adotando estratégias diferenciadas para aumentar esta oferta, através, inclusive, de postos de vacinação volantes.

A partir de 1999, ano em que foi iniciada a Campanha Nacional, tem sido constatada uma redução importante de casos de influenza entre os idosos, principalmente para as regiões Sul, Centro-Oeste e Sudeste. Até 2007, a meta mínima para cobertura vacinal estabelecida pelo Programa Nacional de Imunização (PNI) era de 70% da população alvo.

Em 2008, foi ampliada para 80%. Em números absolutos, 2008 foi o ano em que mais se vacinou idosos no país – foram imunizadas 14 milhões de pessoas, o que correspondeu a 87% de cobertura - sete pontos percentuais acima da meta de 80%. No ano anterior, em 2007, foram 13,8 milhões (86,7%); em 2006, 13,5 milhões (85,72%). Em Santa Catarina, no ano passado, a vacinação contra a gripe atingiu 90,12% de seu público-alvo. O aumento da população de pessoas com 60 anos ou mais pode ser atribuído à melhoria da qualidade de vida dos idosos, que hoje têm maior expectativa de vida. Atualmente, uma das grandes preocupações da saúde pública é o envelhecimento da população.

A melhora da qualidade de vida para quem está dentro dessa faixa etária é um objetivo do Ministério da Saúde, que considera que o bem estar do grupo depende da interação entre condições física e mental, independência financeira, capacidade funcional, suporte familiar e social. A Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que, em duas décadas, o Brasil será o sexto país do mundo em número de idosos. Essa mudança se deve ao processo de envelhecimento rápido da população, o que requer políticas públicas específicas que garantam um envelhecer saudável.

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