A comercialização dos remédios genéricos, criada em 1999 pela Lei 9.787, com medicamentos a preços até 35% mais baratos em relação aos dos produtos de marca, permitiu, nesses dez anos, que os brasileiros economizassem R$ 10,9 bilhões na compra de remédios. A estimativa foi divulgada hoje (25) pela Associação Brasileira das Indústrias de Medicamentos Genéricos (Pró-Genéricos).
O presidente da Pró-Genéricos, Odnir Finotti, disse que dos dez medicamentos mais receitados no país, oito são genéricos. “Representam 18,2% do mercado farmacêutico brasileiro”, informou.
Segundo Finotti, a Região Norte é a que menos consome os remédios genéricos por causa da falta de informação adequado sobre o medicamento. “Notamos que quanto mais longe dos grandes centros, menor é o consumo. Creditamos o fato à falta de informação”, afirmou.
Ele revelou ainda que existem genéricos para tratar 90% das doenças que mais acometem os brasileiros e que 89% deles são fabricados por laboratórios nacionais. De acordo com Finotti, os investimentos do setor têm sido crescentes. “A indústria de genéricos investiu, nestes dez anos, R$ 170 milhões. A previsão de investimentos até 2010 é de R$ 354 milhões”, disse.
Para Finotti, um dos desafios para a indústria dos genéricos na próxima década é o de luta pela diminuição da carga tributária. De acordo com o presidente da Pró-Genéricos, a alíquota do ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Prestação de Serviços) sobre os genéricos precisa ser reduzido para que o preço ao consumidor também diminua. “Baixando a alíquota do ICMS , o preço do remédio também cai”, afirmou.
Produção de genéricos cresceu mais de 100% em dez anos
Estimular a oferta no mercado de remédios, melhorar a qualidade, além de reduzir os preços e facilitar o acesso da população aos tratamentos são as determinações da Lei dos Genéricos, criada em fevereiro de 1999.
Os objetivos apontados pelo Ministério da Saúde há exatamente dez anos parecem ter sido concretizados se os registros da indústria de genéricos forem levados em consideração.
A variedade de medicamentos genéricos e a quantidade de empresas farmacêuticas produtoras cresceram mais de 100% em relação ao ano em que começou essa produção, de acordo com a Associação Brasileira das Indústrias de Medicamentos Genéricos (Pró-Genéricos).
Já foram registrados 2,6 mil produtos genérico em farmácias, número que representa 18% do mercado. Doenças respiratórias, como a asma, serão os próximos alvos dos genéricos. Medicamentos para o tratamento da doença com preços mais acessíveis e com a mesma qualidade que os de marca logo estarão no mercado. “Estamos trabalhando com a possibilidade de a Anvisa criar a regulamentação de medicamentos, por exemplo, para asma. As chamadas bombinhas estão sendo criadas, assim como produtos para rinite alérgica, os sprays nasais”, afirma Odnir Finotti, presidente da Pró-Genéricos.
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Um comentário:
Isso é meia verdade.
Lembro perfeitamente durante o início dos genéricos. Nesse período de criação dos genéricos ocorreu imediatamente um surto de aumento geral dos remédios. Foi no governo FHC quando o "sociólogo" estava mantendo uma "falsa" estabilização do real. O preço do genérico passou a ter o mesmo preço do não genérico e o preço do não genérico foi para as núvens. Conclusão: Essa comparação camufla e engana a população, os preços dos remédio continuam elevados tanto para genéricos ou não genéricos.
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