Já está valendo a pena pesquisa preço de combustíveis em Joinville

Jacson Almeida
jacson@gazetadejoinville.com.br

Até pouco tempo atrás o consumidor convivia com uma suspeita de cartel envolvendo postos de Joinville. Atualmente, isso não existe mais. A diferença nos preços já pode ser constatada em diversos estabelecimentos da cidade, como ocorre no posto Seballe, onde a gasolina custa R$ 2,48. Já no estabelecimento APA, o mesmo combustível é vendido por R$ 2,23.

A diferença foi confirmada em pesquisa realizada pelo Procon de Joinville, em 13 de abril deste ano, com 95 estabelecimentos. Na rua Rua XV de Novembro, no bairro Vila Nova, nota-se a variação de preços. No Auto Posto Campos, o preço da gasolina custa R$ 2,45, sendo que no Posto Pórtico o combustível custa R$ 2,54.

Alison Braga de Carvalho, funcionário da Soldas Especiais Armênio, diz que abriu uma conta no posto APA, pois o preço é bom. Ele conta que já abasteceu várias vezes no estabelecimento e nunca houve problema no seu veículo. Richard Brian Dias, proprietário do APA, explica que seu posto é bandeira branca, ou seja, como não tem contrato com nenhuma distribuidora, pode comprar de qualquer empresa. “Eu corro atrás de preço”, afirma.

Concorrência não agrada sindicato

O que é bom para uns, às vezes não é bom para outros. O presidente do Sitramico (Sindicato dos Trabalhadores no Comércio de Minérios e Derivados do Petróleo na Região de Joinville), Alceneu Stolfe, chega a considerar a “nova concorrência” desonesta com outros donos de postos. “Está uma bagunça, em cada companhia é um preço”, comenta.

Conforme pesquisa do Procon, consultando preços, o consumidor pode economizar até R$ 10 de cada 50 litros em Joinville. O dono do posto APA conta que ganha clientela com o valor cobrado no seu estabelecimento.

Richard explica que a Agência Nacional do Petróleo (ANP) sempre faz testes com o combustível. Mesmo assim, ele tem o equipamento que comprova na hora, para o consumidor, a qualidade da gasolina. “É só o cliente pedir”, destaca. “Às vezes o cliente paga barato, mas a gasolina não é boa”, opina o presidente do Sitramico.

Quando procurado pela equipe de reportagem, o presidente do Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo do Estado de Santa Catarina, Luiz Antônio Amin, não quis falar sobre o assunto.