"Operação Parasita" Uma explicação para o caos na saúde

Postado por: Rogério Giessel

Cinco empresários foram presos na manhã desta quinta-feira, dia 30, em São Paulo, acusados de envolvimento em uma quadrilha que fraudava licitações para a venda de equipamentos e remédios para hospitais públicos do Estado de São Paulo. A ação desviou mais de R$ 100 milhões dos cofres públicos.


Segundo o delegado Luiz Storn, do Departamento de Polícia Judiciária da Capital (Decap), os cinco envolvidos serão indiciados por lavagem de dinheiro, corrupção ativa, falsidade ideológica, sonegação de impostos e formação de quadrilha. Eles tiveram suas contas bancárias bloqueadas pela justiça de São Paulo.

As investigações indicam que a quadrilha arrecadou cerca de R$ 56 milhões em licitações fraudadas junto à secretaria estadual de Saúde de São Paulo. Já nas negociações com as secretarias municipais, Storn diz que ainda não é possível calcular o tamanho do rombo, mas ele deve ultrapassar a casa dos R$ 100 milhões.

O esquema

Segundo o delegado Storn, as empresas entravam em licitações públicas com um acordo para ofertar preços acima do mercado. Funcionários do departamento de licitações das secretarias seriam subornados para desclassificar empresários que não participavam da operação.

A vencedora da disputa, além de fraudar os valores, ainda oferecia material hospital de qualidade duvidosa. As investigações indicam que cateteres foram comprados na China e destinados a hospitais públicos de São Paulo. Até mesmo o soro utilizado em enfermarias seria alvo dos fraudadores.

Saldo da operação

Durante a ação, os policiais cumpriram 22 madados de busca e apreensão. Foram apreendidos R$ 7 milhões em bens dos envolvidos, entre eles carros de luxos e um helicóptero.

De acordo com a assessoria de imprensa do Ministério Público Estadual, entre as instituições envolvidas estão o Hospital das Clínicas, maior centro de saúde pública da América Latina, o Pérola Byngton e o Instituto Dante Pazzanese.

A ação - batizada de Operação Parasitas - é realizada pelo Ministério Público Estadual em conjunto com a Polícia Civil e Secretaria da Fazenda. A operação apresenta o resultado de 12 meses de investigação. Ao todo foram expedidos mais de 20 mandados de busca e apreensão. A operação deve durar até o começo da tarde.

Participam da operação 70 agentes públicos servidores do Ministério Público Estadual, Secretaria da Segurança Pública e Secretaria da Fazenda.

Fonte: IG

Um comentário:

Anônimo disse...

bom comeco