Se não bastassem todas as denúncias de superfaturamento no valor pago do terreno onde será construído o campus Joinville da Universidade Federal de Santa Catarina, que fica na Curva do Arroz na BR, 101, outro problema deve dar muita dor de cabeça aos engenheiros e projetistas da obra. As intensas chuvas que caíram nos últimos dias mostraram uma realidade que muita gente já sabia, mas fazia vistas grossas. Basta chover um pouco que o local fica completamente embaixo da água.
Se o campus já estivesse construído e em plena atividade, certamente as aulas seriam suspensas e por tempo indeterminado. A água formou um grande banhado tomando conta de todo o terreno, que até então, era destinado ao cultivo de arroz.
A direção da universidade garante que o prédio será construído no espaço com topografia mais elevada. “Sabíamos do problema quando ganhamos o terreno. Mas nossa equipe de projetistas e engenheiros já fez um estudo do local. Com isso, vamos fazer a construção na parte mais alta do terreno. Mesmo com as chuvas, esta parte não será atingida pelas cheias”, garante o chefe de gabinete do reitor UFSC, professor José Carlos Cunha Petrus.
Ele complementa dizendo que a área onde as inundações são freqüentes não será utilizada pela instituição. “A principio não pretendemos fazer nada com o espaço onde as inundações acontecem. O projeto da implantação desse campus é para que a médio e longo prazos cresça se desenvolva e passe a ser uma instituição independente”. Para Petrus, um bom aterro deve solucionar o problema.
Embaixo d’água
Outra obra que vai dar muito trabalho, pelo menos diante do atual projeto, será o desvio da linha ferroviária que corta a região sul da cidade. O projeto prevê que o novo traçado deve passar no meio de duas fazendas próximas à Curva do Arroz.
O local por onde o trilho deve passar fica atrás da uma árvore que está totalmente coberta pela água. Segundo um funcionário da fazenda, essa situação ocorre de três a quatro vezes ao ano. “Sempre que chove inunda tudo aqui. O rio Piraí começa a subir e invade toda a propriedade. Estão falando em colocar um trilho de trem aqui, mas so se for trem aquático” destaca.
A versão do Ippuj
De acordo com o Instituto de Pesquisa e Planejamento para o Desenvolvimento Sustentável de Joinville (Ippuj), o projeto do desvio da linha férrea já prevê driblar esses casos de alagamento. “No projeto consta que onde a linha férrea passar, em alguns casos o terreno será aterrado. Na região da UFSC, o trilho dever ficar a 11 metros do atual nível do solo. No terreno ao lado um aterro por onde o trilho vai passar será realizado. Assim o projeto vai poder ser executado”, explica o arquiteto do Ippuj, Vlademir Tavares Constante.
Bairros também ficaram embaixo d’água
A chuva forte e constate dos últimos dias provocou prejuízo não apenas nas áreas rurais. Nos últimos dias o Corpo de Bombeiros Voluntários de Joinville e a Defesa Civil, registraram inúmeros alagamentos na cidade. De acordo com o responsável, Jonatas André Schmalz, as principais áreas alagadas foram Jardim Paraíso, Jativoca e Morro do Meio. Ainda segundo Schmalz, a água começou a baixar ainda no último sábado (18).
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Um comentário:
Se o atual lider das pesquisas a prefeito desta cidade promete "construir" piscinões no centro pra acumular as águas de chuvas e do rio que enchem a parte baixa de um centro que foi contruido em local totalmente errado, e sem pensar no futuro... GARANTIR que no local da UFSC ocorrerá o mesmo é no mínimo desrespeito a capacidade de engenheiros, arquitetos e mestres de obras envolvidos. Com absoluta certeza, a exemplo de tantas obras por ai, aquele terreno pode hospedar muito bem qualquer alvenaria sem problemas, desde que tomadas as ações corretas desde o início do projeto, diferente do que começou em 1851 no centro de Joinville, local erroneamente escolhido, com certeza!
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