EDITORIAL: LHS nas mãos dos manezinhos

Desgastado por dois processos de cassação que correm no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), um deles interrompido quando faltava apenas um voto para sua condenação, o governador Luiz Henrique sofreu uma fragorosa derrota em seu reduto eleitoral no último dia 5. Utilizando maciçamente o horário eleitoral durante todo o primeiro turno, o governador pediu aos joinvilenses que recolocassem o 15, do PMDB, de volta na prefeitura elegendo seu afilhado político Mauro Mariani.

Os eleitores, desta vez, disseram não ao pedido de Luiz Henrique. A candidatura avalizada por ele amargou o quarto lugar no primeiro turno com apenas 12,69% dos votos válidos.

Sem conseguir êxito em Joinville, o governador voltou-se para Florianópolis, onde outro afilhado seu, Dário Berger, tenta a reeleição à prefeitura da Capital contra Esperidião Amin.

Berger se elegeu pelo PSDB, trocou de partido e passou a integrar o grupo político de Luiz Henrique da Silveira. Em contrapartida, o governador abraçou a defesa de Berger quando este teve o seu nome e o de vários assessores seus envolvidos na operação da Polícia Federal conhecida como Moeda Verde.

O resultado eleitoral de Florianópolis passou a ter importância crucial para o futuro político de LHS. Com a derrota em Joinville e os processos de cassação no TSE sendo retomados agora, após a apresentação da defesa do vice Leonel Pavan, cria-se uma situação inusitada: não é Joinville, mas Florianópolis quem vai influenciar o futuro de LHS.

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