Prefeitura inicia força-tarefa para fechar empresas de mototáxis

A Secretaria de Infra-Estrutura (Seinfra), de Joinville, iniciou na última sexta-feira (03) uma série de fiscalizações para notificar os pontos de tele-entrega sem alvará de funcionamento e fechar os mototáxis de Joinville. A iniciativa é do Ministério Público do estado, a pedido do promotor Genivaldo da Silva. Segundo a gerente de fiscalização da Seinfra, Raquel Kormann, a atividade é ilegal e todos os estabelecimentos serão visitados. No entanto, a Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ) aprovou, no último dia 3, parecer do senador Expedito Júnior (PR-RO) a projeto de lei do Senado que regulamenta a atividade, na noite da última quarta-feira (8) o projeto de lei foi aprovado no plenário do Senado e agora aguarda a sanção do presidente da república.

O dono do Mototáxi Rodoviária, Manoel Gonzaga diz que se fecharem os estabelecimentos, os motociclistas continuarão trabalhando. “Não tem como nos impedir”, afirma. Para ele, essa medida da Seinfra é política. “Se acabarem com os pontos de mototáxi, os pais de família, aproximadamente 400, vão para frente da prefeitura reclamar”, alerta.

“Por que não fiscalizam a Gidion e a Transtusa?”, indaga Manoel. Ele comenta que ninguém ganha uma questão contra as empresas de transporte porque elas mandam na cidade.

Depois da notificação, multas de até R$ 1.800

Os fiscais da prefeitura percorrerão todos os endereços das empresas listadas pelo Ministério Público. A ação deve terminar na próxima semana. Segundo Raquel, os estabelecimentos notificados terão 30 dias para se regularizar. Caso contrário, serão aplicadas multas de até R$ 1.800, podendo culminar em interdição.

O Centro Mototáxi recebeu a visita dos fiscais ainda na sexta-feira. Eles notificaram o estabelecimento, mas não deram nenhum prazo para a regularização. “Os motociclistas vão trabalhar até quando der”, comenta o funcionário Eduardo Cristian de Oliveira. Eles atendem aproximadamente 20 chamadas por dia, e metade são para serviços de mototáxi. A empresa tem 15 funcionários e cada um recebe, em média, o salário de R$ 800.

Já a empresa Mototáxi Rodoviária ainda não foi fiscalizada pela equipe da Seinfra. “Os fiscais passaram aqui na frente, mas não pararam”, comenta o dono, Manoel Gonzaga. O estabelecimento funciona desde 1999 e tem 12 motociclistas. Cada um leva aproximadamente seis pessoas por dia e recebe diariamente entre R$ 30 e R$ 35.

Município desconsidera aprovação no Senado

O Procurador Geral do Município, Naim Andrade Tannus, diz que a fiscalização já é um ato contínuo da Seinfra. Segundo ele, as tele-entregas podem funcionar, mas com o alvará, e os mototáxis não. E reafirmou que as empresas que não se adaptarem serão fechadas. Quando questionado sobre a lei que regulamenta a atividade, Naim não sabe da aprovação no senado.

O proprietário do Mototáxi Rodoviária, Manoel Gonzaga, trabalha juntamente com o filho, esposa e outros funcionários. Ele diz que com o dinheiro, paga INSS e impostos municipais, como IPTU e taxa do lixo. Explica que se estivesse em outro emprego, receberia no máximo R$ 500. “Quem ganha R$ 500 vai conseguir pagar estes impostos?”, questiona.

Rogério Alves Mascaro, 38 anos, também trabalha no Mototáxi Rodoviária. Para ele, é importante a legalização, principalmente por causa do seguro. Pede para que as autoridades estipulem menor valor mensal do seguro para piloto e cliente, algo em torno de R$ 25 por mês. “Teríamos um aumento de 50% nas corridas se tivéssemos segurado, mas não dá para pagar R$ 300, como hoje em dia”, explica.

Joelma Schvitaickyi, 21 anos, trabalha com Manoel e Rogério. Ela diz que a atividade tem o diferencial de ganhar mais do que outras funções e acha normal transportar passageiros no dia-a-dia. Manoel Gonzaga também defende a atividade. “É mais seguro andar de mototáxi do que avião”, brinca.

A Gazeta de Joinville tentou falar com o promotor Genivaldo da Silva, autor da medida, mas ele está de férias.

3 comentários:

CRISTIAN STADELHOFER disse...

“Por que não fiscalizam a Gidion e a Transtusa?”, indaga Manoel. Ele comenta que ninguém ganha uma questão contra as empresas de transporte porque elas mandam na cidade.


E OS PREÇOS ABUSIVOS TANTO DAS EMPRESAS DE ONIBUS , QUANTO AO CARTEL NOS POSTOS DE COMBUSTIVEL!!!

COM O PT NO COMANDO DE JOINVILLE ESTA VIRANDO BAGUNÇA!

QUE VERGONHA CARLITO, SORTE QUE EU NAO VOTEI EM VC!

Anônimo disse...

Eu detesto essa politicalha que tem por aí.
Não vejo nem mais porque ter senadores.
Mas também acho ridiculo essa gente que fica postando que tudo é problema do Lula, do Carlito ou do PT.
Essa briga por causa do serviço de moto-taxi já vem de outros tempos.
Espero que a prefeitura organize a coisa, e acabe com os desqualificados.

Anônimo disse...

Eles nao estao so icomodando moto taxi,coidados dos pobres que estao tendando se estabelcer em um comerci (JOINVILLE) eles nao nos deixa regularizar criam um monte de dificuldades e depois so ficais de comlurbe multando e da prefeitura tb isso é uma loucura...
acho que o povo tem que varrer Joinville