Mais um CEI é interditado pela Vigilância Sanitária em Joinville

Aumenta o número de Centros de Educação Infantil (CEIs) interditados pela Vigilância Sanitária Municipal. As escolas fechadas ficam no bairro Adhemar Garcia e Espinheiros, onde morreu a menina Kelly Krüger, por falhas na estrutura. Segundo a fiscal da Vigilância Lia Abreu, os prédios são precários, com ferrugens e as reformas vão demorar.

Lia também encontrou locais com rachaduras, paredes caindo, infiltrações e fiação elétrica exposta. Ela conta que um pedaço de uma porta já caiu em cima de uma professora. Em março, foram interditadas três salas do CEI do Espinheiros, mas a prefeitura não fez nenhuma obra. Já em maio, Lia optou por interditar totalmente a escola.

Com fechamento do centro do Espinheiros, as crianças foram divididas em várias escolas.

Já no CEI do Adhemar Garcia, ainda não tem local definido para as famílias deixarem as 200 crianças. Segundo a coordenadora do setor de Educação Infantil, Solange Coral, da Secretaria de Educação, algumas crianças ficaram com os familiares, pois os pais acharam melhor. A grande maioria foi colocada em CEIs da região, na Escola Municipal Prefeito Luiz Gomes e no Centro de Atendimento Integral à Criança e Adolescente (CAIC) do bairro.

Lia lembra que após o acidente da menina Kelly, o governo se comprometeu a resolver os problemas do centro infantil. “O atual governo esqueceu do CEI do Espinheiros”, afirma. Ela comenta que a Secretaria de Educação criou uma comissão para fiscalizar os centros, portanto, assumiram a responsabilidade. “Eles têm que cumprir a obrigação deles que é verificar os problemas”, diz.

O morador do bairro Adhemar Garcia, Mario José, tem um filho de dois anos e não tem com quem deixar a criança. Portanto, vai levar o menino para o CEI do Fátima todos os dias, que segundo ele, é muito longe. O pai acha bom que o CEI seja interditado para melhorar a estrutura. Para ele, se for para continuar como estava, é melhor fechar. “Se aconteceu aquela tragédia, no centro do Espinheiros, aqui também pode acontecer”, lembra.

Risco de vida

A Escola Municipal Germano Lenschow, no Rio da Prata, também sofre com falta de manutenção. Ela foi vistoriada em 2006 e deveriam ter sido trocados os pilares de sustentação de um refeitório, tomados pelo cupim. Segundo a fiscal Lia, até agora nada foi feito. Em março ela esteve novamente no colégio, verificou que as irregularidades permaneciam e interditou o local. Já se passaram 90 dias e nada foi feito. “Depois não tem culpado quando morre alguém”, afirma. Ao se referir a morte da menina Kelly, a fiscal diz que “o parquinho deveria estar na mesma situação”.

Além dessa escola, foi interditada parcialmente o colégio municipal Karin Barkemayer, no bairro Vila Nova. A quadra de esporte, duas salas e o auditório foram interditados.

Uma das ferramentas usadas pelos governos, para não arrumarem as escolas, é usar o poder judiciário para desinterditar. Lia confirma que isso aconteceu várias vezes com o Governo do Estado.

Vigilância Sanitária esquecida

Depois de conseguirem carro para os fiscais, agora faltam materiais de expediente para a Vigilância Sanitária e os computadores, que deveriam ser usados para atender a população, não funcionam. Uma impressora também não funciona. O “Boletim de Vistoria”, dado pela prefeitura, não existe mais e os servidores têm que tirar cópia do formulário.

A gerente da Unidade de Vigilância em Saúde, Jeane Vieira, admite que os computadores estão quebrados. Os formulários, segundo ela, já estão na gráfica. “O serviço não parou por causa disso”, completa. Com relação à impressora, Jeane afirma que vai verificar, pois não sabia da informação.

4 comentários:

Mauro Fonseca disse...

Dissem (os politicos, impressa e outros setores de joinville), que em Joinville tem o melhor ensino, alias, com vários premios recebidos em Brasilia e, até fora do pais.
Entretanto, depois desta reportagem, será que devo acreditar?
Vamos para de dizer que esta é a mior cidade do estado, a terceira cidade do sul do pais.
É com trabalho que se conquista os titulos "verdadeiros".
A materia aduz que uma escola no ano de 2006 estava em situação precária e, somente no ano de 2009 um fiscal da vigilancia sanitaria retornou e, interditou.
Que falta de responsabilidade, comprometimento com a sociedade, enfim, se o poder público fosse privado eu diria que estava FALIDO.

Anônimo disse...

Mais uma vez o sr. Mauro Fonseca. Abnegado defensor daqueles radialista que na gestão passada afirmavam que a cidade de Joinville era uma Frankufurt melhorada. Oh senhor! Me chicoteie

MARILIZE disse...

DE NOVO A LIA.
VEM CARLITO SAI TEBALDI, E AS ESCOLAS NÃO RESPEITAM AS CRIANÇAS.
DE NOVO A LIA.
DE NOVO UMA FISCAL QUE TEM QUE DIZER AOS POLITICOS " cuidem das nossas crianças"

Anônimo disse...

É uma pena a senhora Lia não ter mostrado sua "competência" no CEI do Espinheiro. Lá sua "atuante" presença resultou em tragédia