Apesar do escândalo envolvendo a Fundação de Esportes, Lazer e Eventos de Joinville (Felej) e da denúncia feita pela Gazeta de Joinville, em janeiro deste ano, de que o Atacado Universo recebeu R$ 120 mil da prefeitura, mas sem entregar a mercadoria, o governo de Carlito Merss continua negociando com a empresa, que só neste ano ganhou quatro licitações e um aditivo de contrato. Essa nova administração, que jogava na imprensa todos os erros deixados pela gestão anterior, continua buscando os mesmos fornecedores que o governo tucano.
Em 2009, o Atacado Universo ganhou R$ 479.038,13, ou seja, quase meio milhão de reais para vender mercadorias para a prefeitura. Constam nos itens listados materiais de higiene e limpeza, além de utensílios para cozinha e eletroeletrônicos. Entre os anos de 1997 e 2005, a empresa recebeu do governo municipal mais de R$ 2,3 milhões.
Na terça-feira (21), o Atacado Universo participou de outra licitação para fornecer 12.234 bolas oficiais de basquete, futebol e vôlei, além de outros equipamentos esportivos. A prefeitura espera pagar até R$ 604.771,90 pelo material. Conforme o edital, todo o equipamento comprado será enviado para escolas municipais.
Enquanto a empresa continua fornecendo e recebendo da prefeitura, corre na justiça o processo que quase culminou na prisão dos gerentes do Atacado Universo, Ivo Belli e Gilson Flores, e do ex-presidente da Felej, Jair Raul da Costa, conhecido como Bujica.
Investigação começou em lixeira
Em janeiro deste ano a reportagem da Gazeta investigou um suposto esquema entre a prefeitura, Felej e o Atacado Universo. A Fundação abriu edital para compra de materiais esportivos em julho de 2008. Em novembro, a prefeitura fez um aditivo, alterando alguns itens da compra para que alcançasse o valor de R$ 120 mil. No dia 29 de dezembro, já em recesso por causa de férias coletivas, a prefeitura fez o pagamento à empresa, mesmo sem a entrega do material.
O Atacado Universo fez duas notas fiscais, no valor de R$ 60 mil cada, para faturar o equipamento que deveria, segundo o acordo, ser entregue 30 dias depois do pagamento.
A reportagem encontrou as notas fiscais e outros documentos sobre o edital da Felej jogados numa lixeira em frente à Arena Joinville. Para se livrar do problema, o Atacado Universo tentou entregar o material em janeiro deste ano. Já com a nova administração, a Fundação não aceitou o material, que continua estocado na empresa enquanto o processo não for julgado.
Na época, o promotor Assis Kretzer, do Minsitério Público Estadual, pediu a prisão dos gerentes da empresa, Ivo Belli e Gilson Flores, e o presidente da Felej, Bujica. A Justiça acatou parcialmente o pedido do MPE, decretando que policiais recolhessem computadores da empresa e documentos referentes à licitação 011/2008, que culminou no pagamento irregular feito pela prefeitura.
Ainda no começo deste ano, outros percalços envolveram o Atacado Universo e a Secretaria de Saúde de Joinville. Em janeiro, o comércio ganhou mais uma licitação de material de higiene e limpeza. Conforme um dos gerentes, a secretaria pediu uma quantidade muito grande de produtos e por isso não conseguiram entregar. O resultado do atraso foi a reclamação dos funcionários de postos de saúde, nos dias seguintes, por não terem material de limpeza, toalhas descartáveis e nem papel higiênico.
Os próprios gerentes admitem que foram acusados de participar de editais com "cartas marcadas", ou seja, as vitórias nas licitações são combinadas antes da abertura de concorrência. "Nunca participamos de pregão com ‘carta marcada’", destaca um dos gerentes.
Conforme o advogado de defesa de Ivo e Gilson, falta agora o juiz receber a denúncia do Ministério Público. Não há previsão de audiência para os próximos meses. Enquanto isso, o Atacado Universo continua participando de editais e fornecendo mercadorias para o governo municipal.
Greve dos servidores da Prefeitura 2011
Há 13 anos
9 comentários:
Até quando eles vão continuar roubando e ninguém vai fazer nada?
Eles tem direito de participar das Licitações e ganhar, desde que cumpram com o Contrato.
O seu Carlito mora na mesma rua desta empresinha e não faz nada,ou será que ele esta junto com eles?
Uma pergunta se já foi encaminhado para o ministério público o que pode acontecer com a empresa e com os "reis" do Atacado?
2,5 milhão??
Só existe eles em Jlle??
Muito estranho isso!!!
Se continuam fornecendo para a prefeitura é porque são apenas laranjas, não é? Tem peixe maior neste mar de corrupção.Cuidado com o tombo reis do atacado.
A farra continua....
Existem muitos critérios para participar do pregão, se conseguiram foi porque existe base legal para isso!!!
Eita Tebaldao,,,mandando em tudo ainda,,,na camara,,,na prefeitura,,quando isso vai parar,,atencao ele vai ser candidato a deputado federal hein gente,,,
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