Os resultados de uma pesquisa inédita realizada pela Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica de Santa Catarina (SBCP-SC) foram apresentados em recente encontro de médicos desta especialidade, em Florianópolis. Um minucioso questionário de 68 perguntas discursivas, coordenado pelo diretor-tesoureiro da entidade, Zulmar Antonio Accioli de Vasconcellos, foi enviado aos 106 cirurgiões plásticos credenciados. Mesmo tendo o e-mail e o envelope anônimo como opções de resposta, apenas 40 profissionais deram retorno. Ainda assim, as informações coletadas foram suficientes para que se redija, em breve, um protocolo de procedimentos para cada tipo de cirurgia plástica praticada no Estado.
Esta é a primeira consulta técnica feita aos cirurgiões plásticos, em 25 anos de existência da regional catarinense da SBCP. A intenção foi obter um retrato da cirurgia plástica estadual e, a partir daí, elaborar um documento de normas e recomendações. “O Brasil é pobre em pesquisa e os estudos nesta área se baseiam no trabalho dos Estados Unidos”, diz Vasconcellos. Apesar disso, Santa Catarina saiu na frente da pesquisa que a diretoria nacional da entidade está promovendo, por meio do instituto Datafolha, nos seus 60 anos de fundação.
A 1ª Pesquisa sobre a Cirurgia Plástica Catarinense apurou dados sobre o dia-a-dia dos médicos em âmbito clínico e cirúrgico, sua formação, seus anseios, pacientes, métodos, enfim, um levantamento quantitativo e qualitativo do seu trabalho. Conheça alguns deles:
*Enquanto 75% das operações são estéticas, 25% são reparadoras – para correção de deformidades causadas por doenças ou acidentes.
*Em média, os cirurgiões plásticos catarinenses contam treze anos de carreira, sendo o mais novo um e o mais antigo 37.
*São efetivamente conservadores, ou seja, seguem à risca as normas de segurança em cirurgia, 93% deles.
*As cirurgias estéticas mais realizadas no Estado, cerca de duas mil ao ano, pela ordem, são: lipoaspiração, prótese de mama, mama e abdômen, pálpebra, nariz e orelha, face.
*Os procedimentos que os cirurgiões plásticos menos fazem e que gostariam de operar mais são, consecutivamente: face, nariz, prótese de bumbum, orelha e pálpebras.
*Apenas 8,5% das cirurgias necessitaram retoques ou refinamentos, um dos menores índices do País.
*A associação da operação plástica a outra da mesma especialidade, como lipoaspiração e prótese de mama, em uma mesma sessão cirúrgica é praticada por 85,7%. E 67,8% agregam à plástica uma cirurgia de outra natureza, por exemplo, mastectomia seguida da reconstituição da mama.
*As operações ocorrem 41% em clínicas e 59% em hospitais.
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