O movimento reivindicatório das esposas dos praças e soldados da Polícia Militar, fechando quartéis pelo Estado em busca de salários mais dignos às suas famílias, ganhou repercussão nacional e deixou exposta a dimensão de fragilidade do governo de Luiz Henrique.
Reeleito em 2006 com a promessa de tirar do papel a Lei Estadual 254, dispositivo que impõe a diminuição de faixas salariais entre os maiores e menores salários da tropa, o que elevaria os soldos dos praças para acompanhar os aumentos concedidos ao oficialato, o governador desde então vem postergando o cumprimento da palavra, sempre com uma nova desculpa. Agora é por conta da queda da arrecadação em razão das enchentes.
O fato é que os militares de baixa patente, obrigados a dupla jornada de trabalho para garantir o sustento dos seus, mostraram que não estão dispostos a esperar ad eternum e engendraram o movimento que ganhou repercussão nacional com o pedido de socorro ao governo federal por tropas da Força Nacional de Segurança.
O ano que para os catarinenses começou com o governo posto em xeque, à sombra de um processo de cassação no TSE, acaba com um líder moribundo, refém das alianças que lhe engolem o próprio governo, e o indispõem com o partido que lhe deu sustentação política por toda a vida pública.
Enquanto os liderados de Jorge Bornhausen ganham espaço dos "emedebistas", Luiz Henrique se volta contra os praças e soldados que buscam o cumprimento da palavra dada. Para aqueles tudo, para estes sobraram apenas as ameaças de demissão e prisão. E assim acaba mais um ano de governo LHS.
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