Nos últimos dias, o caso da expulsão da aluna Geysi, seguida de sua reintegração à Universidade Bandeirantes (Uniban), tomou conta do noticiário nacional e internacional.
Uma das posições mais lúcidas e esclarecedoras sobre o episódio ocorrido na Uniban veio através da procuradora de Justiça Luiza Nagib Eluf ao jornal O Estado de S. Paulo. Segundo a representante do Ministério Público “...presenciamos uma situação ultrapassada: culpar a mulher pelas agressões que sofre. É uma forma extremamente machista de avaliar uma situação de violência, na qual a vítima pode ser seu próprio algoz. Há algum tempo havia o pensamento de que a mulher era estuprada por culpa dela, que provocava o homem que a estuprou.”
E a procuradora vai alem “...já vi muita violência contra mulher, mas jamais imaginei que a universidade fosse oficialmente praticar violência contra ela”.
Em todo este episódio salta aos olhos a junção do machismo exacerbado com uma burrice aguda.
Pior ainda que tenha ocorrido dentro de uma universidade que deveria dar exemplo de democracia como casa do saber. A constituição proíbe a discriminação da mulher e prevê que ela tenha os mesmos direitos que os homens.
Não se trata de um caso banal. Vêem-se claramente indicadores de uma situação preocupante onde a intolerância tomou de assalto centenas de jovens, dentro de uma universidade, transformando-os numa turba ensandecida capaz de agredir e tentar estuprar uma colega.
Os professores e dirigentes devem condenar duramente atitudes criminosas como essas protagonizadas pelos alunos da Uniban, para que episódios como esse jamais se repitam em qualquer outra instituição do País.
Greve dos servidores da Prefeitura 2011
Há 13 anos
Nenhum comentário:
Postar um comentário