EDITORIAL: O 3° ultimato

O mais novo imbróglio da prefeitura envolve milhares de alunos que frequentam a Univille. Cansado de esperar pelos repasses prometidos, que desde janeiro tem sido solenemente ignorados por Carlito Merss, o reitor Paulo Ivo Koentopp se viu na situação desesperada de dar um ultimato ao prefeito.

Durante a campanha eleitoral, e mesmo depois de eleito, Carlito afirmou que a partir de janeiro de 2009 iria fazer os repasses em dia para a Univille e renegociar os valores atrasados. Não fez nem uma coisa nem outra. Aliás, o prefeito tornou-se mestre em descumprir promessas, mesmo aquelas feitas a seus aliados mais fiéis.

Vale lembrar que logo no inicio de seu governo, o prefeito arbitrariamente aumentou a tarifa de água, fazendo exatamente o contrário do que havia prometido. Foi cobrado pelo deputado Kennedy Nunes, na época seu principal aliado, que deu o primeiro ultimato: "Nós não vamos tolerar quebra de palavra dada aos nossos eleitores". Não adiantou. Poucos dias depois Carlito subiu também a tarifa de ônibus e Kennedy se viu forçado a romper com o petista.

O segundo ultimato veio justamente do seu ex-secretário de Infra-Estrutura, professor Nelson Trigo, que denunciou a farsa das planilhas fornecidas pelas empresas de ônibus. Não adiantou. Carlito validou as planilhas e deu aumento acima da inflação. O secretário Trigo então deixou o cargo para não pactuar com a ilegalidade.

Agora, novamente, um gestor sério, reitor da Univille, vem a público cobrar de Carlito a palavra dada. Para o reitor Paulo Ivo Koentopp, o que está em jogo é a sobrevivência da instituição que representa, e, para defendê-la, não há outra alternativa, senão dar um ultimato, para que a prefeitura volte a cumprir com suas obrigações.

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