“Os escândalos acontecem e o PMDB fica quietinho”, diz o deputado Reno

“São tantos escândalos, que temos saído de casa com vergonha de pertencer à classe política nacional. Com vergonha de ser um parlamentar . Por outro lado, o que nos conforta é saber que não pertencemos a esta classe de politicos que têm aparecido nas páginas policiais, nas TVs e nas rádios. Mas infelizmente as coisas acontecem nos meios politicos”. Desta forma o deputado Reno Caramori abriu sua manifestação na tribuna do plenário nesta semana, em horário de explicações pessoais.

Em seu pronunciamento, o parlamentar criticou a super valorização do episódio catarinense denominado de novembrada, enalteceu a postura de um jornalista local sobre o mesmo episódio e sobre o regime militar e cobrou uma postura do PMDB, que, segundo avalia, “está quietinho”, mas vem impedindo a instalação de diversas CPIs e a devida investigação sobre irregularidades denunciadas durante o governo do PMDB no Estado de Santa Catarina. O deputado Reno já havia se manifestado em plenário a respeito da ética política, quando da “saraivada” de denúncias contra o presidente do Senado, José Sarney (PMDB), ao qual atribuiu a expressão “bandalheira no Senado”.

“Quando falam em “novembrada”, até me repugna, diz o deputado Reno, que se posiciona contra as agressões registradas durante o confronto na capital entre populares e o general Figueiredo. Foi um episódio pequeno, diz. Para ilustrar sua posição, o deputado cita e elogia o comentário de um jornalista local que, em programa de TV, criticou a novembrada, enalteceu a segurança do cidadão, o progresso nas áreas da ciência e da tecnologia e a construção de estradas durante o período do regime militar.

A maneira como estão sendo realizadas as manifestações públicas de repúdio ao “dinheiro nos bolsos, nas cuecas e também, mais recentemente, nas meias dos políticos”, assim como a postura do PMDB diante destes e de outros fatos semelhantes ocorridos em Santa Catarina são contestadas pelo deputado Reno.

O parlamentar se manifesta pela necessidade de mudanças e critica com veemência a disposição com a qual o governo peemedebista catarinense impediu a criação de CPIs como a da “sapatilha”, leia-se Escola Bolshoi e empresário João Prestes, da “Casan”, apontando a execução de serviços da estatal da água em troca de votos na eleição de 2006, a CPI do “Compex”, no rumoroso caso envolvendo Aldo Hey Neto, assessor do então secretário de Estado da Fazenda, flagrado pela Polícia Federal em sua residência com a importância de R$2 milhões. O Compex foi criado pelo governo do Estado em 2004, para ser o “Programa de Modernização e Desenvolvimento Econômico, Tecnológico e Social de Santa Catarina.

“É impressionante o empenho do PMDB, provocado pelo medo, é claro, para impedir a instalação de CPIs para investigar as denúncias de irregularidades cometidas durante o seu governo” diz o deputado Reno. A última que trancaram, segundo o parlamentar, é a CPI da “inSegurança”, mesmo diante de comprovadas irregularidades como torturas a presos e o flagrante dos “detentos” pegando carona com os carros da Secretaria de Estado da Segurança, para realizarem cobranças do tráfico.

“Teremos eleição no ano que vem, uma oportunidade para mudar tudo isso e esperamos que os eleitores catarinenses não esqueçam o que está acontecendo. Não é verdade que o povo tem memória curta”, conclui o deputado Reno.

Um comentário:

Anônimo disse...

Dep. Reno, sempre houvi dizer que quem manda é o poder econômico, mas poder econômico baseado no TRABALHO, CAPITAL E TECNOLOGIA. Mas o hoje se vê é o mando sendo feito através do dinheiro público. O que acontece em Florianóplis já foi testado em Joinville pelo atual governador e prefeito a época, criou o famoso desenville, colocou um monte de pelego dentro da Prefeitura e quando aconteceu o escândalo da baixa dos impostos sem o devido pagamento, sobrou para quem não tinha nada a ver com os peixes e os culpados indicados por uma determinada associação continuaram impunes em seus cargos. Só o Ministério Público para mandar esta camarrilha para a cadeia. Infelizmente eles são atividade "meio" porque quando chega na faze final eles falam mais absolvidos pois o "poder econômico" (dinheiro público) fala mais alto. É o caso do nosso Governador que foi absolvido no supremo e segundo o vice governador cada voto custou i milhão, é bem verdade que quando ele falou estava bebum.