Vereadores entopem comissões com projetos de lei bizarros

Da redação
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Para mostrar serviço neste primeiro semestre de 2009, vereadores de Joinville têm criado diversos projetos de lei que são estranhos e inúteis à cidade. A Gazeta de Joinville elencou os dez projetos mais bizarros e quais vereadores foram autores das leis mais estranhas neste ano.

Jucélio Girardi (PMDB) criou três projetos de lei fora do comum. O primeiro institui que os motociclistas usem a faixa exclusiva para ônibus. A segunda lei quer que a companhia que limpa as ruas de Joinville troque as vassouras de piaçava por outras mais ecológicas.

Seguindo esta ideia, Belini Meurer (PT) usou recursos da Câmara de Vereadores e foi até São Bento do Sul, em 20 de julho, para conhecer o processo de fabricação dos produtos recicláveis da empresa Condor. A justificativa dele é que estas informações irão ajudar no parecer da Comissão de Urbanismo, Obras, Serviços Públicos e Meio Ambiente, a respeito do projeto da troca das vassouras de piaçava.

Ainda na defesa do meio ambiente, o peemedebista Jucélio quer substituir todos os uniformes das escolas municipais. Conforme ele, os estudantes deverão usar roupas mais ecológicas.
O líder da bancada petista também quis mostrar trabalho neste retorno à Câmara e criou dois projetos inusitados. O primeiro projeto de Manoel Bento institui Políticas Municipais para Plantas Medicinais e Fitoterápicos. Já o segundo, inclui a Festa das Tradições Nordestinas no calendário de festas de Joinville, devendo ser realizada na segunda semana de fevereiro.
Ainda no assunto festas, Alodir Cristo (DEM) quer tornar a tradicional Festa das Flores, realizada há 72 anos, como evento oficial de Joinville.

Outro peemedebista que quis ousar no projeto é Osmari Fritz. Ele tem a intenção de bloquear no âmbito municipal as ligações de telemarketing. A lei está parada na Comissão de Legislação, Justiça e Redação.

Três tucanos também criaram pérolas no legislativo neste ano. Joaquim Quinzinho tem um projeto que torna obrigatória a distribuição de uma cartilha informativa, no caso de morte de paciente. Já Maurício Peixer quer criar o Dia do Ecumenismo em Joinville.

No entanto, o projeto de Lauro Kalfels gerou mais repercussão. Ele determina que os cinemas da cidade, incluindo salas alternativas, numerem suas cadeiras. Assim, quando alguém for comprar o ingresso já escolhe onde quer sentar.

Presidente Sandro Silva também tem projetos polêmicos

Mesmo fora do ranking feito pela Gazeta, o projeto de lei do presidente da Câmara, Sandro Silva (PPS), que torna obrigatória a instalação de telefones públicos para deficientes auditivos, não é convencional.

O equipamento funciona como uma espécie de sistema de mensagem instantânea, onde uma telefonista serve de intermediadora entre o surdo e a outra pessoa que está conversando com ele. Cada telefone custa aproximadamente R$ 2 mil.

CUSTOS PARA A COMUNIDADE

Para criar projetos como estes, os 19 vereadores de Joinville recebem, desde janeiro deste ano, R$ 8,7 mil por mês. Aproximadamente 18 vezes a mais do que um cidadão normal, que ganha R$ 465 para trabalhar 44 horas semanais.

Além do salário acima da média, os parlamentares recebem R$ 3 mil por mês para gastarem com telefones, material de escritório e viagens. Também podem contratar diversos assessores, totalizando R$ 16 mil de salários.

E a partir deste ano, cada parlamentar recebeu um carro novo, com direito a rodar entre 100 e 150 km por dia, sem custo algum. Mas se usar mais do que o estipulado em combustível não há problema. Conforme o setor de Patrimônio da Câmara, o vereador não é punido se extrapolar este limite.

Enquanto isso, o joinvilense que recebe R$ 465 por mês só tem direito ao vale-transporte, do qual é descontado 6% do salário, ou seja, R$ 27,9. Além do mais, ainda contribui com o INSS, tirando mais 8% do salário, R$ 37,20. Assim, o trabalhador, que tem direito ao salário mínimo, recebe em dinheiro quase R$ 400.

9 comentários:

Paulo Roberto disse...

Saibam senhores que é muito difícil criar alguns projetos de benefício claro à comunidade, pois muitas reinvidicações não chegam até os nobres vereadores. Aí a criatividade vai longe.

Agora querer chamar de bizarro um projeto como o do vereador Quinzinho, sobre a cartilha para a família se orienta no momento da morte de seu parente, é muito pertinente.

Já tive que correr atrás destes serviços e realmente é um momento muito delicado e complicado. Se o cidadão não tem carro então, a tarefa torna-se muito mais complicada, as vezes deixando o velório ocorrer em tempo muito menor, pela demora burocrática para acerto das contas e liberação do corpo.

Sobre o projeto do vereador Lauro, de numerar as poltronas do cinema, me digam qual a bizarrice? Prefiro esperar por 2 horas e sentar numa boa poltrona do que pagar e acabar ficando com torcicolo por pegar um lugar ruim, ou até ficar longe de amigos e pessoas que estão lhe acompanhando. Altamente pertinente o projeto também.

Só uma pergunta. Onde estão os projetos da Zilnete Nunes, irmã do nobre deputado Keneddy Nunes? Talvez esteja ainda transcrevendo em forma de partitura, pois canta mais do que trabalha.

Silvia disse...

Além de projetos absurdos temos que ler matérias com termos absurdos, caro redartor, antes de publicar um texto, tenha o cuidado de reler o mesmo, e verificar se os termos utilizados estão corretos. Não existem SURDOS, e sim deficientes auditivos. e o projeto do Sr. Vereador Sandro Silva, seria sim de grande valia para essas pessoas, bastaria apenas fazer alguns ajustes, como por exemplos locais estratégicos para instalação. Se posto em prática o projeto iria facilitar bastantes estas pessoas.

Anônimo disse...

Então é só marcar em quem NÃO VOTAR MAIS:

Jucélio Girardi
Osmari Fritz
Belini Meurer
Manoel Bento
Alodir Cristo
Joaquim Quinzinho
Maurício Peixer
Lauro Kalfels
Sandro Silva

Eita!

Anônimo disse...

Só esqueceram da tal vereadora evangélica. Se não me engano, ela queria, ou quer, isentar as igreja do IPTU. Isso ao olhos da sociedade também é bizarro. Ou não?

Anônimo disse...

É aquela vereadora que não sabe o que está fazendo lá na CVJ... que só sabe cantar mamãe, mamãe, mamãe... ta loco, toda perdida. É uma VERGONHA!

Anônimo disse...

Hummmmmmmmmmmmmmmmmmmm, e a vereadora cantora nada né !!!
Kkkkkkkkk vcs pensam que me enganam !!Mamãe mamãe mamãe.......

Anônimo disse...

A os que opinam diferente, por que entao no apresentam os seus projetos para serem tratados no legislativo? Por acaso, vcs sao mudos ou analfabetos? So criticam aki, mais na hora de fazer propostas ou exercer a cidadania nao se encontram. Onde estao? Sao apenas habitantes e nao cidadaos de Joinville.

Isaque Limas disse...

CAro anonimo, as igrejas sejam evangelicas ou não são isentas de iptu e agua...a anos

Dejamir Denis disse...

O Projeto de Lei do Vereador Sandro Silva e uma réplica do projeto apresentado pelo ex vereador Cardozinho em 2005(fonte site da camara). A vereadora Tania Eberhardt apresentou a moção 313/2006 solicitando o cumprimento da lei federal 10.098 de 19/12/2000 e dos Decretos 4.769 de 27/06/2003, art. 10 e Decreto 5.296 de 03/12/2004, art. 49.
Isto é, a Lei já existe,e tem conforme a mesma se fazer cumprir.
O Decreto 4.769 de 27 de junho de 2003 diz assim no art.10:A Concessionária do Serviço Telefônico Fixo Comutado na modalidade Local deverá assegurar que, nas localidades onde o serviço estiver disponível, pelo menos de 2% dos telefones de uso público sejam adaptados para uso por deficientes auditivos e da fala e para os que utilizam cadeira de rodas, mediante solicitação dos interessados, observados os critérios estabelecidos na regulamentação, inclusive quanto à sua localização e destina.Para saber mais acesse a pagina: http://www.diariodosurdo.com.br/noticiantiga/noticia151.htm

Os vereadores devem se preocupar em pesquisar muito antes de protocolar seus Projetos de Lei.
E não apenas copiar de outros.

Olha gastando 16 mil Reais cada vereador com seus assessores por mes, fora os encargos e beneficios do nosso dinheiro, a qualificação dos projetos tem de ser muito melhor.

Isto, que é Projeto do Presidente da casa Legislativa, que tem uma verba maior e deveria dar o exemplo.
Assim vemos na mão de quem entregamos nosso futuro.

Uma sugestão aos nobres vereadores(funcionários do povo),revisar o código de postura da cidade, a lei orgânica e todas as leis existentes em nossa cidade.