Obras prometidas não saem do papel e geram engarrafamentos

Cristiano Alves
cristiano@gazetadejoinville.com.br

Basta andar pela cidade para ver que o trânsito de Joinville exige medidas urgentes para minimizar os engarrafamentos. Antes, o que era um problema da área central, como em toda cidade grande, agora se alastra pelos quatro cantos do município gerando transtorno e irritação a motoristas e pedestres.

A realidade dos congestionamentos não está mais resumida a “hora do rush”. Em vários pontos da cidade as filas intermináveis de automóveis se estendem por quase todo o dia. Trechos que normalmente seriam percorridos em cinco ou dez minutos acabam se transformando em viagens de até uma hora.

Não é difícil encontrar pontos críticos. Quem precisa chegar aos campi da Univille e Udesc, por exemplo, tem de estar preparado para travar uma verdadeira batalha com centenas de carros com mesmo destino. Além da via principal, a avenida Santos Dumont, várias ruas paralelas e transversais também acabam ficando congestionadas.

O drama é o mesmo para os motoristas que transitam na rua Ottokar Doerffel, uma das principais vias de entrada da cidade ou pela avenida Procópio Gomes, destino centro-bairro.

Além do congestionamento, as três vias têm outro dado em comum e certamente o principal motivo para os engarrafamentos: todas iniciam em duas pistas e acabam tendo que afunilar no final para encontrar uma pista de mão dupla, ou seja, criando um gargalo.

Compromissos de campanha ficaram na promessa

Mas como resolver o problema e lutar contra uma frota de automóveis que cresce a cada dia na velocidade dos motores pulsantes que movem os veículos?

Nas eleições de 2008, que elegeram o atual prefeito Carlito Merss (PT), duas ideias foram apresentadas pelos candidatos. A primeira, exclusiva e inédita, apresentada pelo engenheiro Rogério Novaes, então candidato pelo PV, era de construir um anel viário, por fora da cidade, ligando os quatro cantos do município. A segunda seria um “eixão” que cortaria Joinville de norte a sul.

No último debate do primeiro turno das eleições, realizado pela RBS TV no dia 3 de outubro, o então candidato Carlito Merss se comprometeu a incorporar o projeto do anel viário, apresentado por Novaes, terminar as obras de duplicação da Marques de Olinda e garantiu dar prioridade ao Eixo Norte-Sul, que, segundo ele, já teria financiamento garantido.

Carlito venceu. Tornou-se prefeito de Joinville e o que era prioridade na campanha acabou sendo jogado e esquecido dentro de uma gaveta.

Depois de quinze meses à frente do governo municipal, nem mesmo uma única licitação relacionada às obras foi feita. O projeto do “eixão” foi jogado fora, por ser, segundo o prefeito, “uma enganação”. No seu lugar foi apresentado um novo projeto, com o carimbo do PT, para a criação do Eixo Norte-Sul.

O projeto da gestão Tebaldi, que já estava sendo implantado, inclusive com financiamento de R$ 60 milhões disponibilizados pelo Ministério das Cidades, foi jogado fora e uma nova obra, que custará R$ 98 milhões, está esperando que os recursos sejam liberados pelo governo federal, sem data para ter a execução iniciada.

Empresários cobram Carlito

Se o eixão ao menos tem um projeto, em pior situação está o anel viário. A obra que, segundo o seu idealizador, o engenheiro Rogério Novaes, é, hoje a melhor alternativa para o trânsito de Joinville, ainda está em fase de debates.

“O anel viário não seria um ponto de partida para um planejamento urbano, mas é a única alternativa para Joinville”, afirma o engenheiro.

Não foram apenas os candidatos que se enfrentaram no segundo turno, em 2008 (o candidato derrotado, Darci de Matos também prometeu incorporar o projeto do anel viário ao seu programa de governo), mas também vários segmentos da sociedade apostam na ideia de Novaes como a solução, não só para o trânsito da cidade como para o seu desenvolvimento.

Um exemplo disso foi a recente reunião entre o prefeito e empresários da Associação Comercial e Industrial de Joinville (Acij), onde Carlito foi intimado pelos presentes quanto à execução da obra.

Duplicações também estão paradas

Quanto aos engarrafamentos da cidade, o engenheiro Rogério Novaes concorda que não dá para ficar esperando pela construção do anel viário, até porque a obra deve demorar no mínimo dez anos para ser concluída.

“Hoje nós temos situações emergenciais que não conflitam com o anel viário. Um exemplo é a duplicação da Santos Dumont, que inclusive está com toda a lateral direita da via disponível”, lembra o engenheiro.

Ainda segundo ele, a obra amenizaria uma série de problemas no trânsito. “Bairros como Aventureiro, Jardim Sofia, Jardim Edilene, além das universidades e o novo shopping que está sendo construído na região seriam beneficiados porque a duplicação melhoraria o fluxo de veículos”, analisa Novaes.

“É decepcionante saber que, passados um ano e três meses de gestão, nenhum projeto foi sequer desenhado em relação ao anel viário”, desabafa Novaes.

4 comentários:

Adilson disse...

Durante a campanha eleitoral de 2008, o então candidato Mauro Mariani apresentava um projeto de duplicação da Ottokar Doerfell - XV de Novembro e a continuação da Almirante Jaceguay até a Anaburgo, além da contrução de um túnel ligando o centro ao Boa Vista como parte da solução do problema do trânsito de Joinville. Infelizmente na atual gestão, nem mesmo as operações tapa-buraco estão ocorrendo. O que vemos na cidade é um abandono do poder público. Basta tentar sair da cidade pela Almirante Jaceguay em direção à BR-101 pra se ver o estado de abandono. São apenas 300 metros de uma rua completamente intransitável. Cadê o secretário daquele bairro? Cadê as obras Carlito? Cadê o dinheiro dos impostos arrecadados? Já passou da hora da promessa, agora é hora de fazer! Poxa, se não sabe por onde começar, peça ajuda para o Novaes, para o Mariani ou para o Keneddy, quem sabe eles te dirão como fazer e por onde começar... 2012 será um marco na história de Joinville, quando o Mauro Mariani for eleito e colocar em prática os projetos que tiveram que ser guardados por quatro anos intermináveis...

Anônimo disse...

Novaes? Pelo amor de Deus. Joinville não merece isso. Ficou sem cargo e agora crítica.

Anônimo disse...

O problema é que elegeram um politico de carreira que só sabe ser deputado federal e mandado pela mulher que é estremamente manipuladora , ninguem esta falando mas a maquina esta sendo inchada com cargos para os amiguinhos que sempre estiveram a seu lado e precisam agora ser pagos, o resto da cidade que se esploda, fico muito triste de saber que nada esta acontecendo...
ACORDA CARLITOOOOOOOOOO...P.....

Anônimo disse...

joinville precisa e de uma MALUF.que roube mais faca