EDITORIAL: Insistindo no erro

A diferença de quem erra para quem persiste no erro vai alem da questão de inteligência. Muitas vezes, ao invés de mostrar burrice esta insistência denota claramente uma intenção premeditada de atingir um objetivo obscuro.

Há poucos meses, o jornal Folha de S. Paulo publicou a foto de uma antiga ficha do DOPS da “TERRORISTA/ASSALTANTE DE BANCOS” Dilma Vana Rousseff Linhares com o carimbo “CAPTURADO”. A lista de crimes atribuídos a ela, na ficha, incluí: “planejamento do assassinato do capitão Charles” e “assalto ao quartel da Força Pública”.

A reportagem gerou grande indignação por parte da blogosfera que apontou falsificações primárias na famigerada ficha de Dilma. A própria ministra Dilma contratou especialistas em analisar documentos e o resultado comprovou que a ficha é falsa. Flagrada num erro grosseiro, A Folha de S. Paulo, ao invés de retroceder reconhecendo o erro preferiu adotar o velho e surrado “veja bem, não é bem assim”.

Outra situação curiosa ocorre em Joinville. Em janeiro de 2008 a prefeitura implantou o código florestal, de 1965, alegando que o Ministério Público, estaria cobrando sua aplicação. Chamado a se manifestar, o MP de Joinville, por duas vezes, declarou que o código florestal “não pode ser usado em áreas urbanas”.

Desde janeiro do ano passado a prefeitura sabe que não pode usar o código florestal dentro da cidade, mas ao invés de retroceder e reconhecer o erro, continuou insistindo nele.

Mesmo agora, que o Tribunal de Justiça de SC endossou em 100% o parecer do MP de Joinville, a prefeitura persiste no erro.

Tanto no caso da Folha, quanto da prefeitura de Joinville, não é uma questão de pouca inteligência. Então, o que os move a desafiar a razoabilidade e insistir tanto tempo nos erros?

3 comentários:

Maria Freire Alcântara disse...

O que é obscuro na matéria da Folha de Sao Paulo é que eles não querem que a Dilma se eleja.

A Folha trabalha pela eleição do Jose Serra para presidente.

Agora em Joinville a obscuridade não se revela facilmente.
Quem ganha com isso?
A decisão de continuar aplicando o Código Florestal é ruim para a prefeitura,Câmara de Vereadores e população.

A única exceção é a Fundema que com isso exige um laudo de impacto ambiental e favorece algumas empresas que prestam este serviço.

Gilberto disse...

A informação é incorreta, o Ministério Público tem obrigação de assumir a legalidade em todos os seus atos, portanto deve adotar o Código Florestal em área urbana pois não existe nenhum instrumento jurídico que defina que nestas áreas não deva ser adotado, a não ser para obras de utilidade pública.

Nicodemus de Joinville disse...

O código florestal foi condenado por promotores e juiza de Joinville, procurador de Justiça e desembargadores do TJ/SC.

Estão certos os promotores:
GENIVALDO DA SILVA-do meio ambiente
ASSIS KRETZEL-da moralidade pública

Está certa a juiza
Anna Finke Suszek-que condenou a prefeitura

Está certo o procurador de Justiça
João Fernando Borrelli- que endossou parecer dos promotores

Estão certos os desembargadores
Jaime Ramos -relator
Claudio Barreto Dutra (SC)
Janio de Souza Machado,(SC)
que confirmaram sentença da Juiza que condenou a prefeitura de Joinville por arbitrariedade ao usar o cóidigo florestal