Em crise, Busscar deixa de pagar salários de funcionários

Jacson Almeida
jacson@gazetadejoinville.com.br

Muitos funcionários da Busscar Ônibus permanecem sem pagamento e sem informação sobre o futuro da empresa, que passa por uma crise financeira desde 2002. Apenas 35% dos trabalhadores da produção receberam o salário do mês de março. O Sindicato dos Mecânicos de Joinville alega que a empresa também não pagou a parcela do mês de março dos ex-empregados que optaram pela demissão voluntária, descumprindo o acordo firmado em fevereiro deste ano que era pagar em 18 vezes a rescisão.

O impasse entre empregados e empresa rasteja desde o ano passado e para piorar a situação, o décimo terceiro salário de 2009 não foi pago ainda.

Sindicato tenta pressionar patrões

O Sindicato dos Mecânicos organizou, na quinta (15) uma assembleia geral. O objetivo foi reunir os trabalhadores demitidos e os que ainda trabalham na fábrica para que a Busscar firme um compromisso.

O presidente do sindicato, João Bruggmann, diz que o impasse está longe de terminar e ninguém é informado sobre a real situação da indústria. E a falta de recurso faz com que não haja capital para a empresa produzir. Segundo ele, 90% dos funcionários estão em casa com licença remunerada.

“Os trabalhadores não suportam mais a situação de descaso e falta de informações, além dos atrasos no pagamento dos seus direitos. Precisamos ouvir os trabalhadores para tomar a decisão que eles entenderem melhor e cobrar da empresa uma solução definitiva. Agora chega de projetos e soluções que nunca saem dos gabinetes e do papel”, dispara Bruggmann.

Problema dura 8 anos
O problema financeiro da Busscar começou em 2002, quando a produção despencou 59,6%, segundo dados da Fabus (Associação Nacional dos Fabricantes de Ônibus). Atualmente, a empresa ofertou a demissão voluntária, cujo valor da rescisão seria parcelado em até 18 vezes. Foram mais de 900 trabalhadores, somente em Joinville, que aceitaram a proposta cerca de 25% de toda a fábrica.

A proposta foi para ajudar a empresa e os trabalhadores, que com isso receberiam a rescisão parcelada e poderiam procurar outro emprego. Além disso, os empregados tiveram direito ao seguro-desemprego e a sacar o FGTS (Fundo de Garantia por Tempo de Serviço). No entanto, a parcela da rescisão que venceu no dia 27 de março não foi quitada.

Em 2003 e 2004 o sindicato foi fiador da negociação entre Busscar e BNDES (Banco Nacional do Desenvolvimento) para a liberação do empréstimo de R$ 30 milhões, que deram uma sobrevida à empresa. “Temos crédito para cobrar porque fomos parceiros na manutenção dos empregos na primeira crise e queremos respostas definitivas”, finaliza João Bruggmann.

8 comentários:

Anônimo disse...

Desejaria saber se os altos salários dos pastores evangélicos que faziam parte do quadro de colaboradores da BUSSCAR também estão atrasados.Segundo se comenta, muitos desses pastores além das muitas mordomias, também tinham salários muito gordos,falando-se inclusive algo em torno de R$ 8.000,00 para não fazerem nada.Tem uma pastora (ou seria missionária)que fazia amizades com mulheres de empresários aqui de Joinville prometendo a elas muita prosperidade, uma dessas empresas seria inclusive a própria BUSSCAR.Houve uma época que um grande contigente de "pastores"tinham acesso livre nas dependências de uma determinada empresa.Tudo em nome de Deus.

Anônimo disse...

Só uma retificação, foram pagos 35% de todos os salarios e não só 35% dos salarios.
Que já foram completados 100% na quarta-feira a noite (14/04).

Anônimo disse...

a situacao da busscar nao terminou porque confia muito no homem .so fauta fe.entrega tudo ao senhor jesus que o mais ele fara.

Anônimo disse...

deus vai fechar a boca dos que criticao.quero ver quando a empresa tiver bem esses vao ser os primeiros a pedir emprego.

Anônimo disse...

trabalhei por 10 anos na busscar so dezejo que tudo fique bem.

Anônimo disse...

Por que ninguém comenta que o problema todo começou quando a exceletíssima viúva Nilson decidiu descapitalizar a empresa a fim de ficar com toda ela para sí? Para quem não lembra, o grupo Busscar pertencia a três sócios. O que a Iluminada viúva fez? Limpou o caixa da empresa a fim de indenizar os outros dois sócios e fechar o capital. Deu no que deu.
Tomara que, para o bem de Joinville, a família Nilson seja completamente expurgada desta empresa, e pague pelo mal que faz à comunidade desde 2002.

Anônimo disse...

É triste para nós de Santa Catarina ver uma uma empresa como a Busscar que é ou já foi referência nacional no segmento nesta situação. Com certeza se não fosse a falta de competência para administrar a empresa, em vez de estar para falir, seria lider de mercado no segmento de carrocerias de ônibus. Tomara que pessoas sérias e competentes consigam reeguer a empresa.

XX disse...

Pessoal , votem no site www.busscar.com.br/abaixoassinado para ajudar na conquista do credito de IPI. Obrigado