Começam as manifestações contra o aumento do ônibus

Jacson Almeida
jacson@gazetadejoinville.com.br

A manifestação dos estudantes na Univille, às 20h30 desta quinta-feira (15), marca o começo de muitos atos de insatisfação popular contra o possível aumento da passagem do transporte coletivo de Joinville. A elevação da tarifa do ônibus acima da inflação em 2009, autorizada pelo prefeito Carlito Merss (PT), fez com que as entidades comecem a luta para barrar o próximo reajuste, antes mesmo da decisão do Executivo. “Nas entrevistas concedidas pelo prefeito, tudo indica que ele vai dar o aumento”, diz o ativista do Movimento Passe Livre (MPL), André Altmann.

As empresas Gidion e Transtusa entraram com um pedido de reajuste na tarifa, de 15,22%, na terça-feira, dia 30 de março. Um dos argumentos das concessionárias é a queda no número de passageiros, elevação de custos na manutenção e o futuro reajuste dos funcionários. O Executivo analisa o pedido, como fez em 2009, quando concedeu 12% de aumento.

O Diretório Central dos Estudantes (DCE) da Univille, o MPL e o Centro Acadêmico Livre de História Eunaldo Verdi (Calhev) passaram a semana convidando os universitários para o ato em frente ao banco HSBC da universidade. Um dos objetivos dos organizadores da manifestação é ter uma posição dos 40 departamentos dos cursos sobre o aumento no transporte coletivo. Atualmente a universidade possui cerca de 8 mil alunos.

A presidente do DCE, Daniela Alves Machado, diz que manifestações podem ocorrer semanalmente na instituição, embora a proposta seja de mais tarde unir forças com outras entidades e estudantes secundaristas, com toda a população em geral, e fazer manifestações e assembleias no Centro da cidade, como ocorreu nos anos anteriores.

Para o ativista do MPL, André Altmann, os aumentos na passagem do ônibus de Joinville sempre foram acima da inflação, causando a queda dos usuários e a falência do transporte coletivo.

Além do Executivo sofrer com manifestações na rua contra o reajuste da passagem, judicialmente pode responder pelo reajuste. A advogada do Centro de Direitos Humanos de Joinville, Cynthia Pinto da Luz, que também faz parte do Comitê de Luta do Transporte Coletivo, formado por várias entidades, destaca que se houver um “aumento absurdo” o Comitê vai entrar com uma ação civil pública. Em Blumenau um juiz concedeu liminar para barrar o aumento no transporte coletivo da cidade por não concordar com os dados apresentados nas planilhas da empresa de ônibus.

O Comitê ainda prepara uma panfletagem para organizar e dialogar com a população sobre transporte coletivo e espera uma data para uma audiência com o prefeito Carlito Merss.

Um comentário:

Anônimo disse...

Com certeza a passagem vai ficar em 2,50 e pra não piorar as coisas vão deixar a roubalheira da tal passagem embarcada em 2,70. isso pra calar a boca de um povo que nem boca tem pra reclamar em peso sobre esse absurdo que se tornou o Transporte Coletivo de Joinville.