Almoxarifado da Secretaria da Saúde é inaugurado
O antigo prédio estava com problemas na estrutura física, que acarretava na perda de materiais, além de ter pouco espaço para armazenar o estoque.
Ipea revê previsão de crescimento do PIB
Justiça Federal manda suspender pagamento de imóvel da Subestação Joinville/Norte
“Certo é que o real valor do imóvel e a existência ou não de supervalorização somente poderão ser reconhecidos após a realização de prova pericial”, afirmou o juiz. “O pedido está sendo acolhido, nesse momento processual, considerando a relevância dos fundamentos no que se refere à diferença entre o valor de aquisição do terreno e aquele atribuído para fins de desapropriação”, observou Fernandes Jr.
O juiz determinou também a expedição de ofício à 1ª Vara da Fazenda Pública da Comarca de Joinville, da Justiça do estado, solicitando a remessa do processo de desapropriação. Em decisão anterior, o juiz havia entendido que a competência para julgar a desapropriação seria do Judiciário estadual. Em recurso do Ministério Público Federal (MPF), autor da ação ao lado do Ministério Público do Estado (MPSC), o Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF4) deliberou que a Justiça Federal (JF) deveria decidir sobre o pedido de suspensão do pagamento. A decisão da JF em Joinville que manteve a contratação do consórcio e a construção da subestação foi mantida pelo TRF4.
UFSC permanece na Curva do Arroz
A decisão sobre a permanência no local foi tomada na última quinta-feira (30), em reunião com o governador Luiz Henrique da Silveira, o prefeito de Joinville, Carlito Merss, e o presidente da Associação Comercial e Industrial de Joinville (ACIJ), Carlos Schneider.
Um dos maiores defensores do terreno às margens da BR 101 é o ex-presidente da Acij, Udo Dohler. Perto do novo campus da UFSC, no terreno da Sinuelo, será construído um posto de gasolina e um centro comercial.
Outras propostas foram descartadas, inclusive a possibilidade de mudança para um terreno que poderia ser doado pela Tupy.
Mais um CEI interditado
Duas unidades de educação foram interditadas só nesta semana em Joinville. Na terça-feira (28), foi uma escola municipal no bairro Iririú e nesta quinta-feira (30), a Vigilância Sanitária fechou o Centro de Educação Infantil (CEI) Padre Carlos, no Centro.
Conforme a fiscal Lia Renata Abreu, em toda a estrutura havia umidade, locais embolorados e tetos de madeira com muito cupim. A direção do centro já havia fechado os banheiros na quarta-feira.
Na segunda, as crianças vão para a Escola Estadual Celso Ramos e o centro deve passar por reformas.
Quase 50% dos médicos municipais estão de férias
giselekrama@gazetadejoinville.com.br
Um relatório enviado à Comissão de Saúde da Câmara de Vereadores apontou que quase 50% dos médicos da Secretaria Municipal de Saúde estavam de férias no mês de julho. A secretaria tem um pouco mais do que 300 clínicos, e destes, 128 estavam de férias. A falta de organização da Rede de Atenção Básica, em deixar estes funcionários afastados, fez com que postos de saúde, como os do Boehmerwald, ficassem sem nenhum médico para atender a população.
O relatório é resultado de um pedido de informação realizado pelo vereador Juarez Pereira (PPS), presidente da comissão também composta por Joaquim Quinzinho (PSDB) e Adilson Mariano (PT).
Fila de espera passa de 3 mil
O questionário contém mais de 70 perguntas, feitas ao Hospital São José e à Secretaria de Saúde. Entre as respostas está uma lista de espera para cirurgias no São José, que inicia em 6 de agosto de 2003 e só termina em 17 de julho de 2008. Ao todo, são quase 3,5 mil pessoas na fila por uma operação.
Contudo, o hospital só mandou a classificação de pacientes até metade do ano passado, mas Juarez vai cobrar os dados do final de 2008 e do começo deste ano. A intenção é saber se a lista continua aumentando com a nova gestão.
As pessoas que estão esperando, principalmente as que têm cirurgia marcada para 2003, serão contatadas pela comissão. O objetivo é saber se conseguiram a operação de outra instituição do SUS (Sistema Único de Saúde) ou se pagaram pelo procedimento.
A Secretaria de Saúde também foi questionada pelo vereador sobre os problemas na Rede de Atenção Básica. Em tese, ela deveria atender 80% da demanda de consultas de Joinville. Mas o que acontece, na realidade, é que esses pacientes procuram os PAs e hospitais para fazerem o atendimento básico.
Materno Infantil está sobrecarregado
A mesma constatação foi feita pelo diretor-executivo do Hospital Infantil, Marcelo Soares. Ele afirma que a entidade atende aproximadamente seis mil crianças, sabendo que os pacientes em estado de urgência e emergências não chegam a 2,5 mil. O restante poderia ser atendido pelos postos de saúde.
A comissão entende que é responsabilidade do poder público atender essas crianças. Mesmo com médicos em férias, é cobrada a colocação de outros profissionais no lugar. A Secretaria de Saúde não pode, conforme os vereadores, deixar a população sem atendimento.
Uma das ações da Comissão de Saúde é montar "ponto" para receber sugestões, e principalmente, críticas em frente ao Hospital São José, a partir do dia 10 de agosto. Em médio prazo, os vereadores também irão se instalar no Hospital Regional Hans Dieter Schmidt, no Hospital Infantil e nos Pronto-Atendimentos.
A intenção dos parlamentares que fazem parte da comissão é construir um relatório completo com informações da Secretaria da Saúde, Hospital São José e usuários. Eles receberam muitas reclamações do mau atendimento nos postos de saúde e hospitais. Serão buscadas as justificativas para o mau trato das pessoas.
Postinhos fechados também estão em pauta
A comissão de saúde também é contra reuniões feitas nos postos de saúde em dia de semana. Mas só poderá ser mudada a situação com um projeto de lei que proíba os médicos de deixarem de atender a população para fazer relatórios.
Juarez questiona ainda que Joinville, uma cidade de 500 mil habitantes, não consegue administrar o único hospital municipal, o São José, mesmo que tenha uma receita de R$ 16 milhões que vão para o "ralo".
O presidente da Câmara de Vereadores, Sandro Silva (PPS), chegou a dizer que o São José era um "buraco negro". "É colocado dinheiro lá, e não se vê melhorias", afirma.
DIÁLOGO COM AS CIDADES VIZINHAS
Para o final do ano está prevista uma audiência pública com os municípios da Região Norte, pois muitos deles encaminham pessoas, que poderiam ser atendidas pela rede básica, para os hospitais de Joinville. Conforme a comissão, a rede de atenção básica também deve funcionar nestes municípios. O objetivo do encontro é dividir a responsabilidade sobre os pacientes de outras cidades.
Atacado Universo continua fornecendo para a prefeitura
Em 2009, o Atacado Universo ganhou R$ 479.038,13, ou seja, quase meio milhão de reais para vender mercadorias para a prefeitura. Constam nos itens listados materiais de higiene e limpeza, além de utensílios para cozinha e eletroeletrônicos. Entre os anos de 1997 e 2005, a empresa recebeu do governo municipal mais de R$ 2,3 milhões.
Na terça-feira (21), o Atacado Universo participou de outra licitação para fornecer 12.234 bolas oficiais de basquete, futebol e vôlei, além de outros equipamentos esportivos. A prefeitura espera pagar até R$ 604.771,90 pelo material. Conforme o edital, todo o equipamento comprado será enviado para escolas municipais.
Enquanto a empresa continua fornecendo e recebendo da prefeitura, corre na justiça o processo que quase culminou na prisão dos gerentes do Atacado Universo, Ivo Belli e Gilson Flores, e do ex-presidente da Felej, Jair Raul da Costa, conhecido como Bujica.
Investigação começou em lixeira
Em janeiro deste ano a reportagem da Gazeta investigou um suposto esquema entre a prefeitura, Felej e o Atacado Universo. A Fundação abriu edital para compra de materiais esportivos em julho de 2008. Em novembro, a prefeitura fez um aditivo, alterando alguns itens da compra para que alcançasse o valor de R$ 120 mil. No dia 29 de dezembro, já em recesso por causa de férias coletivas, a prefeitura fez o pagamento à empresa, mesmo sem a entrega do material.
O Atacado Universo fez duas notas fiscais, no valor de R$ 60 mil cada, para faturar o equipamento que deveria, segundo o acordo, ser entregue 30 dias depois do pagamento.
A reportagem encontrou as notas fiscais e outros documentos sobre o edital da Felej jogados numa lixeira em frente à Arena Joinville. Para se livrar do problema, o Atacado Universo tentou entregar o material em janeiro deste ano. Já com a nova administração, a Fundação não aceitou o material, que continua estocado na empresa enquanto o processo não for julgado.
Na época, o promotor Assis Kretzer, do Minsitério Público Estadual, pediu a prisão dos gerentes da empresa, Ivo Belli e Gilson Flores, e o presidente da Felej, Bujica. A Justiça acatou parcialmente o pedido do MPE, decretando que policiais recolhessem computadores da empresa e documentos referentes à licitação 011/2008, que culminou no pagamento irregular feito pela prefeitura.
Ainda no começo deste ano, outros percalços envolveram o Atacado Universo e a Secretaria de Saúde de Joinville. Em janeiro, o comércio ganhou mais uma licitação de material de higiene e limpeza. Conforme um dos gerentes, a secretaria pediu uma quantidade muito grande de produtos e por isso não conseguiram entregar. O resultado do atraso foi a reclamação dos funcionários de postos de saúde, nos dias seguintes, por não terem material de limpeza, toalhas descartáveis e nem papel higiênico.
Os próprios gerentes admitem que foram acusados de participar de editais com "cartas marcadas", ou seja, as vitórias nas licitações são combinadas antes da abertura de concorrência. "Nunca participamos de pregão com ‘carta marcada’", destaca um dos gerentes.
Conforme o advogado de defesa de Ivo e Gilson, falta agora o juiz receber a denúncia do Ministério Público. Não há previsão de audiência para os próximos meses. Enquanto isso, o Atacado Universo continua participando de editais e fornecendo mercadorias para o governo municipal.
Camboriú é a cidade com maior índice de assassinatos de SC
Conforme a ONU, as cidades que passam de dez assassinatos para cada cem mil habitantes são consideradas com “epidemia de violência”. Só no primeiro semestre deste ano, 16 municípios de Santa Catarina ultrapassam o índice.
O ranking de cidades com maior número de homicídios a cada cem mil habitantes do estado é este: Camboriú (74,9), Navegantes, (53,19), Biguaçu (37,42), Itajaí (34,31), Balneário Camboriú (27,56), São José (24,38), Caçador (23,68), Gaspar (19,07), Palhoça (17,96) e Florianópolis (17,64).
Em Santa Catarina, 30% da população, ou seja, quase dois milhões de pessoas, vivem em regiões com altas taxas de assassinatos.
EDITORIAL: Tragédia programada
O Vale do Itajaí foi a região mais atingida pelas chuvas que, de mansinho, foram solapando as encostas dos morros tornando bairros inteiros condenados a conviver com desmoronamentos constantes reduzindo a lama o patrimônio de milhares de catarinenses.
Em Joinville as cheias também causaram enormes prejuízos, principalmente em locais onde os rios e valas estavam com seus cursos assoreados ou estrangulados pela falta de manutenção da prefeitura.
Durante o período eleitoral do ano passado as chuvas que castigaram duramente alguns bairros de Joinville como o Morro do Meio, o Paranaguamirim e o Jardim Paraíso levaram os candidatos a prefeito prometerem ações para que esta tragédia não voltasse a se repetir.
O então candidato, Carlito Merss, apareceu em seu programa eleitoral na TV, de capa de chuva, ao lado da Rua Minas Gerais, principal acesso ao bairro Morro do Meio, garantindo que as enchentes iriam acabar porque a prefeitura daria prioridade às obras para evitá-las.
No entanto, passados sete meses de governo, nenhuma obra nesse sentido, sequer, foi colocada no papel, mesmo sabendo-se por todas as previsões meteorológicas, de que nos próximos meses, por causa do efeito conhecido como El Nino haverá grande possibilidade de chuvas intensas na região de Joinville.
A prefeitura está planejando falhar ou está programando a tragédia. Não se pode admitir que tenhamos, novamente, as tristes imagens dos joinvilenses abandonando suas casas por causa de obras que não foram feitas apesar de prometidas.
Cai em 0,23% número de postos de trabalho em Joinville
Até o setor de serviços tem enxugado as vagas, que na cidade totalizaram 11 cargos fechados. Contrário ao estado, que aumentou a quantidade de empregos formais em 669.
A construção civil deu sinais de que, mesmo com a crise, continua em alta em Joinville, gerando 91 vagas, e em Santa Catarina, 449.
Já o comércio é o que mais criou empregos no mês passado, com aumento de 112 postos de trabalho, seguindo a tendência estadual, que ao todo acumulou 776 novas vagas de trabalho.
Combate a fraudes em licitação
Além da troca de informações e técnicas de investigação, os dois órgãos farão monitoramento massivo dos gastos públicos.
Comissão de Legislação aprova contas da Fundação Cultural
Com a aprovação da Comissão de Legislação da Câmara, as contas irão para o plenário, onde serão discutidas pelos vereadores na próxima segunda-feira, dia 3 de agosto. Para que seja mantido o parecer da comissão, serão necessários 13 votos favoráveis.
O diretor-presidente da Fundação naquela época era Edson Machado e foi chamado para explicar a situação. Ele é acusado de fazer compras em excesso e sem licitação. Edson tenta justificar as irregularidades com a construção do Centreventos Cau Hansen.
O prefeito de Joinville no período de construção do centreventos era Luiz Henrique da Silveira.
Secretaria de Saúde aguarda exames de vítimas da gripe A
As cidades com vítimas fatais são: Tubarão, Concórdia, Capinzal, Blumenau, Florianópolis, São Bento do Sul e Lages.
PM prende ladrões em flagrante
A PM constatou que a tela foi furtada de um condomínio próximo, na rua Helena Degma. As vítimas tiveram que comparecer à delegacia de polícia, onde foram encaminhados os presos, junto com o equipamento e a moto, que seria usada para a fuga.
Assalto na farmácia do Sesi
Na tarde desta terça-feira (28), a Polícia Militar foi chamada depois que três homens assaltaram a Farmácia do SESI, localizada na Rua Ministro Calógeras. Após a fuga dos assaltantes em direção a Rua Procópio Gomes, um deles foi detido por policiais.
A PM obteve informação de outros suspeitos e realizará buscas pela região.
Os bancos de Joinville devem ter guarda-volumes
Se Carlito não vetar, todas as instituições terão o prazo de 180 para se adaptar. No entanto, a idéia inicial é de que tivessem somente 90 dias.
Os bancos públicos foram contra o projeto, pois dependem de licitação para a compra dos guarda-volumes, ou seja, demandam de maior tempo e o processo é mais burocrático.
Prédios maiores devem ter elevador de segurança
A mudança na lei precisa ser avaliada pelo IPPUJ (Instituto de Pesquisa e Planejamento para o Desenvolvimento Sustentável de Joinville) e pela Procuradoria Geral do Município. Se for alterada pelo prefeito, todas as construtoras, mesmo as que quiserem fazer um heliponto, deverão incluir um elevador de segurança no projeto.
Mais 36 caça-níqueis apreendidos em Joinville
Justiça Federal cobra explicações sobre construção da UFSC
A Justiça acatou uma ação movida pelo Ministério Público Federal, que exigia uma estimativa de custos com a adequação do terreno.
O problema da terraplanagem no local é saber quem irá pagar, se o governo municipal ou o estadual. Por isso, tanto Luiz Henrique da Silveira, quanto Carlito Merss apoiavam a mudança para o terreno da Tupy.
Para discutir se a UFSC permanecerá na Curva do Arroz, outra reunião foi marcada para a próxima quinta-feira (30).
Adiada decisão sobre terreno da UFSC
No entanto, empresários como Udo Doehler ainda são contra a mudança no campus da UFSC. Para o ex-presidente da Acij (Associação Comercial e Industrial de Joinville) o terreno da Curva do Arroz é bom e precisa de poucas melhorias, além disto, poderá ser construído um posto de gasolina temático, hotel e centro de eventos para estudantes e professores. O argumento usado pelo empresário é de que poderá gerar empregos para região.
Homens são presos por estelionato
Se passando por policiais, três homens vendiam anúncios para falsos informativos da própria polícia. Em uma residência no bairro Guanabara, foram encontrados 213 recibos de empresas que compraram o anúncio. Os suspeitos foram presos nesta quinta-feira (23) por estelionato.
O dono desta suposta empresa vendedora de anúncio não foi encontrado. Conforme a PM, ele já tem passagem por furto, formação de quadrilha e estelionato.
Países do Mercosul podem produzir vacina da gripe A
O documento assinado pelos países também deve incentivar a produção de vacinas, medicamentos e insumos contra a doença em cada região.
Em Santa Catarina, até o dia 24 de julho, havia 64 pessoas contaminadas pelo vírus da gripe A e outras 256 com caso de suspeita.
Número de mortes nos principais países até 22 de julho:
Argentina 137
Austrália 37
Canadá 50
México 128
EUA 263
Prefeito não quer transparência
O objetivo do novo site é divulgar as atividades do município de um modo que o cidadão possa acompanhar o gasto de dinheiro público, as obras e as atas. “O PT já tem o portal de transparência em quase todos os municípios em que administra”, destaca o vereador.
Carlito alega que faltam condições técnicas para viabilizar o site, principalmente agora que foi quebrado o contrato com a empresa responsável pelo sistema de informática.
Para o próximo ano, Belini vai criar uma emenda para corrigir os pontos vetados pelo prefeito, pois a câmara já tinha concordado com o projeto.
Quando começaram as negociações para o aumento da passagem de ônibus, no início do ano, a Secretaria de Comunicação Social lançou a planilha de gastos das empresas de transporte coletivo, como um marketing de governo. Porém, ninguém que acessava o portal conseguia entender os dados contábeis, somente profissionais da área financeira.
PM prende traficante
Na casa de Vanderlei, foram encontras 47 pedras de crack e seis buchas de cocaína. Segundo a PM, o suspeito confessou que vendia drogas e disse que fazia isto porque estava desempregado.
Sobe para 17 o número de suspeitos da gripe A em Joinville
No entanto, o joinvilense que estava trabalhando em Blumenau, quando foi diagnosticada a doença, já saiu da unidade de terapia intensiva (UTI) e foi para quarto do hospital.
Conforme a coordenadora da Vigilância Epidemiológica, Tadiana Moreira, o caso deste paciente foi notificado em outra cidade porque ele não mora em Joinville desde o ano passado e só volta para a cidade uma vez por semana.
Para discutir a situação da influenza e repassar as orientações do Ministério da Saúde, a Secretaria de Saúde vai reunir todos os médicos da cidade na próxima semana.
UFSC pode se instalar em terreno da Tupy
A direção da UFSC virá nesta sexta-feira (24) avaliar as possibilidades de mudanças. Se a doação for confirmada, a economia com o novo local será de aproximadamente R$ 23,6 milhões.
Acidente entre carro e trem causa engarrafamento
Um trem descarrilou após acidente com um veículo Gol no final da tarde desta quarta-feira (23), na região sul de Joinville. A avenida Getúlio Vargas ficou interditada causando engarrafamento até às 21 horas.
Os vagões, que estavam carregados com bobinas de aço, descarrilaram no pátio da Estação Ferroviária.
O ocupante do automóvel, Paulo Hanrique Xavier, 49 anos, sofreu apenas ferimentos leves. A vítima recebeu alta e já está em casa.
Caça-níqueis apreendidos no Costa e Silva e Jardim Paraíso
Polícia prende assaltantes de residências
Toque de recolher: Órgãos de defesa da criança e adolescente são contra medida
O vereador Adilson Mariano (PT) também esteve no encontro e se manteve contra a idéia. “Temos o estatuto da criança e do adolescente (ECA), que não é respeitado”, afirma. Para ele, é cômodo para o estado negar os direitos, como educação, esportes, contidos no ECA e depois culpar os jovens pela violência.
Conforme dados apresentados pelos órgãos de defesa da criança e dos adolescentes, somente 0,68% da violência é gerada por jovens menores de idade. “Não podemos penalizar todos os adolescentes por causa de um número tão baixo” ressalta o petista.
CÂMARA DEVE BARRAR
Se Jucélio criar um projeto de lei, é provável que a Câmara de Vereadores barre. O toque de recolher é contra o direito de ir e vir previsto na Constituição Brasileira. A única maneira de criar a medida em Joinville é se o judiciário tomar a iniciativa, ou seja, se o juiz Junkes lançar uma portaria.
Conforme assessoria de imprensa da Câmara de Vereadores, Jucélio considerou a discussão positiva, mesmo com os convidados se mostrando contrária ao toque de recolher. Segundo o parlamentar, que a intenção não é recriminar os menores de idade, e sim protegê-los.
Prefeitura quer trocar figueiras
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O polêmico corte das 40 figueiras da Avenida Hermann August Lepper, a Beira-Rio, será discutido na Câmara de Vereadores no próximo dia 31, às 19 horas. A prefeitura, através da Fundação Municipal do Meio Ambiente (Fundema), sugere o corte e a substituição das árvores. Já o engenheiro civil Rogério Novaes afirma que deveria existir um controle de poda, pois as raízes crescem de acordo com o tamanho da copa das árvores. “As raízes estão assim devido ao descaso do poder público”, explica.
Segundo o diretor da Fundema, Marcos Schoene, tudo indica que as figueiras são inadequadas para este tipo de solo. Marcos argumenta ainda que, com o tempo, as raízes vão destruir o asfalto. “Está comprometendo o terreno”, afirma. A sugestão é a troca das figueiras por outras árvores que também deem sombra, sejam bonitas e não destruam a estrutura.
Rogério Novaes diz que a substituição das árvores é uma proposta antiga e razoável, entretanto, não existe nenhum ponto negativo na espécie. Para ele, se removerem as figueiras, a avenida perde sua beleza atual e o conforto. O engenheiro explica que cada figueira equivale, em termo de conforto térmico e de estabilização da temperatura, a três condicionadores de ar.
Engenheiro defende substituição das árvores
Novaes defende a substituição programada das figueiras. Ele destaca que se a cada ano substituírem 5% das árvores, daqui duas décadas uma nova vegetação vai existir no local sem as pessoas notarem a diferença. “Mas para isso a prefeitura tem que ter um controle de poda”, argumenta.
A sugestão do Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano de Joinville (Ippuj) é coerente com a da Fundema. Vladimir Constante, diretor executivo do Ippuj, também vai ilustrar algumas sugestões e ouvir o posicionamento da comunidade. Segundo ele, existe um direcionamento técnico para trocar as árvores, pois a figueira é uma espécie que não dá pra ficar no local.
Outro problema apontado por Vladimir é a tubulação de gás. No entanto, Rogério diz que não há nenhuma comprovação de que as árvores estão colocando em risco a rede de gás da SCGás. “E se existir um problema é porque foi imposto pela própria companhia”, afirma. Ele conta ainda que essa rede de gás foi colocada na avenida Juscelino Kubitschek e Getúlio Vargas sem conhecimento do que há embaixo do solo. “Eles fazem furo no chão sem avaliar”, lembra.
Depois de ouvir a comunidade e especialistas, o governo deverá fazer uma análise das sugestões. Ano passado já tinham pedido o corte das árvores, mas uma decisão judicial impediu a derrubada.
Proibido ficar doente na sexta-feira
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Contrariando o plano de governo de Carlito Merss e os objetivos do Ministério da Saúde, de valorizar o atendimento básico e priorizar o Programa Saúde da Família (PSF) nos bairros, a Secretaria de Saúde de Joinville ordenou que todos os postos de saúde deixem de atender às pessoas nas sextas-feiras, à tarde, para fazer reunião com a equipe. Os profissionais usam o tempo para fazer relatórios e avaliar a situação da unidade. Enquanto isso, a população aguarda do lado de fora e volta para casa sem resolver o problema.
Na frente do “postinho” do Jardim Edilene, algumas pessoas que chegavam, observaram as portas fechadas, mas ouviam que os funcionários estavam dentro da unidade conversando. A dona de casa Salete Bastista procurou o PSF do Jardim Edilene na última sexta-feira (17) para buscar remédio. Ela não foi atendida e voltou a pé para a sua residência, a dez quarteirões do posto de saúde, sem o medicamento que precisava.
Robson Leandro passou no posto só para pegar uma receita médica para sua filha deficiente, mas pela terceira vez voltou de mãos vazias. No dia anterior, ele também esteve no PSF, mas não conseguiu o documento. Segundo Robson, tinha muita gente esperando e o médico não queria atender.
Mesmo com as promessas do atual prefeito Carlito Merss de humanizar o Sistema Único de Saúde, de ampliar o horário de atendimento das unidades e de valorizar os profissionais, os médicos do Jardim Edilene estão descontentes com a situação. Segundo um deles, Renato de Lima Pimentel, é necessário ampliar o “postinho” e contratar profissionais para atender a população. Renato também confirmou a informação de que as unidades só fecham por ordem da Secretaria da Saúde.
A equipe de reportagem foi até o “postinho” do Morro do Amaral, que também estava fechado. Nos dois portões de entrada, havia cadeados e nenhuma placa avisando o motivo da unidade não atender à população. No entanto, um cartaz indicava que no dia anterior, quinta-feira à tarde, o posto também não estava aberto por causa da reunião do conselho local de saúde.
Depois de chamar para que alguém viesse atender, uma médica do Morro do Amaral saiu de dentro da unidade. Ela falou que estavam em reunião e que não iriam falar com ninguém.
População não pode ser atendida no Boehmerwald I
A falta de interesse e de informação do governo faz com que a saúde se torne um problema maior em Joinville. A Secretaria da Saúde inaugurou o posto de saúde do Boehmerwald I, que custou com a reforma mais de R$ 60 mil, entretanto, as obras ainda não terminaram. Além de não ter médicos, já que os dois clínicos estão de férias, a sala de vacinação precisa de outra reforma, pois foi construída fora dos padrões exigidos pela Vigilância Sanitária. Enquanto isso, a população terá apenas os serviços de curativos e medição de pressão.
A gerente da Unidade de Vigilância em Saúde, Jeane Vieira, afirma que deu todas as instruções, mas não foram seguidas. A sala deveria ter no mínimo nove metros quadrados, mas com a reforma passou a ter somente seis.
Aproximadamente, 50 pessoas chegam ao posto de saúde diariamente procurando por consultas. Conforme a enfermeira Terezinha Fortes, a população é orientada a procurar o posto do Boehmerwaldt II, a Regional do Floresta ou os Pronto-Atendimentos.
Já no Boehmerwald II, a situação não é muito diferente. Apesar de ter a sala de vacinação em uso, somente um médico residente atende aos mais de 50 pacientes que chegam ao posto diariamente. Mais dois clínicos deveriam estar trabalhando na unidade, porém um deles está de férias e outro passou a última semana sem comparecer porque está de atestado.
As duas enfermeiras e quatro técnicas de enfermagem é que ficam responsáveis por ajudar as pessoas que chegam para fazer consultas médicas e mais outras que buscam serviços de menor porte, como curativo e medição de pressão. No entanto, o Boehmerwald II tem na equipe um dentista e um técnico de higiene bucal, serviços não oferecidos pela unidade I.
A gerente da Unidade de Atenção Básica, Marlene Oliveira, alega não saber da situação, principalmente da falta de médico nos postos do Boehmerwald.
Mau funcionamento dos postos de saúde lota hospitais
Além da caótica situação do São José, em que pessoas são atendidas em macas nos corredores, o Hospital Infantil Jesser Amarante também tem recebido reclamações pela falta de médicos e demora em conseguir uma consulta. O diretor executivo Ademar Marcelo Soares, diz que 85% das crianças que chegam ao Pronto-Socorro poderiam ser atendidas nos postos de saúde.
As pessoas não procuram a rede básica - por falta de médicos, como no posto do Boehmerwald ou pela demora no atendimento, como no Morro do Meio e Jardim Edilene, que estavam fechados – e vão diretamente para os hospitais. Só no mês passado, o Hospital Infantil atendeu 6.333 crianças, porém a maioria delas deveria passar por consultas nos postos de saúde, ambulatórios ou Pronto-Atendimentos.
“Não deixaremos de receber nenhuma criança, mas os casos de urgência e emergência são os que têm prioridade no hospital”, afirma Ademar. Já as crianças com problemas “mais leves”, terão de aguardar.
O hospital irá implantar a classificação de risco, em que colocarão para o topo da lista as crianças com necessidade de atendimento mais urgente. Os casos que não são de urgência e emergências vão esperar.
O Ademar lembra ainda que muitas famílias procuram o hospital por não confiarem nos médicos da rede básica de saúde, ou seja, dos postinhos.
Mais um CEI interditado pela Vigilância
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A Vigilância Sanitária de Joinville interditou mais um Centro de Educação Infantil (CEI) na sexta-feira (17). Desta vez, foi o CEI Vice-prefeito Ivan Rodrigues, no bairro Iririú. Em um dia de trabalho, a fiscal Lia Abreu vistoriou dois centros e mostrou a situação precária de uma estrutura.
No bairro Aventureiro, primeira escola visitada, o prédio é antigo, mas não há muitos problemas, apenas falhas na pintura e um fio de energia elétrica exposto no teto. A responsável pelo local alegou que já estava providenciando a manutenção.
O mesmo não ocorre no CEI do bairro Iririú. O local de banho de sol dos bebês foi interditado, pois tem rachaduras nos muros, podendo fazer com que a estrutura venha a cair.
Além disso, há bolores nas paredes do berçário e na sala de troca e banho das crianças, devido às infiltrações. Segundo Lia, este problema pode causar doenças como bronquite e rinite. Outra falha é o piso térmico do maternal que está danificado e tem que ser substituído.
A intimação ficou com a coordenação da escola que entregará para a Secretaria de Educação, que tem um tempo para arrumar os locais com problemas.
Neste ano, uma comissão da Secretaria da Educação verificou todos os CEIs da cidade e enviaram um relatório para a prefeitura. Este trabalho mostra os problemas das estruturas. Conforme a assessoria de imprensa da Educação, existe uma demanda reprimida de obras devido à falta de manutenção dos anos anteriores, mas as reformas emergenciais estarão concluídas até o final deste ano.
Estação de tratamento da Águas de Joinville causa transtorno
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Moradores do bairro Jarivatuba reclamam do mau cheiro da Estação de Tratamento de Esgoto (ETE) da Companhia Águas de Joinville. O Coordenador I da Área de Controle do Sistema de Esgotamento Sanitário da Amae (Agência Reguladora de Joinville), Joerg Kaulich, admite que o sistema emite odores. Conforme ele, a estação é muito antiga, construída em 1987.
Uma das questões levantadas pelos moradores é a desvalorização dos terrenos e residências da região. “Muitos querem vender, mas não conseguem”, afirma Jesir Cadori Mendes, que vive no local há 18 anos.
Mesmo sendo o que de melhor havia na época, o desconforto já se arrastava quando a Casan era responsável. “Desde que a Casan implantou a estação já se sabia do problema”, alega o coordenador da Amae.
Esse sistema de tratamento faz com que todo o esgoto fique concentrado em lagos, sendo feita a digestão dos elementos orgânicos através de enzimas e luz de sol. Após passar por esses processos, a água sai no Rio Velho. Para o presidente da Amae, Antonio Valdir Riva, essa água que sai não dá para beber, mas não afeta o rio.
RIO ERA LIMPO
Já os moradores da região afirmam que antigamente o rio era limpo, porém ficou poluído devido à quantidade de dejetos. Riva alega que já existia poluição no local.
A Companhia Águas de Joinville fez um acordo com uma universidade de Minas Gerais para obter outras enzimas que melhorassem os odores. Esses novos elementos diminuem o cheiro, mas não eliminam totalmente.
Moradores da região fizeram abaixo-assinado contra estação
Os moradores do Jarivatuba já fizeram um abaixo-assinado contra a estação, mas de nada adiantou. A moradora Jesir lembra que em 1987 prometeram que o local seria uma área de lazer. Conforme ela, a população deveria ser indenizada. “Há dias que não dá para suportar o mal cheiro”, diz.
Joerg afirma que deve ser feito investimento no esgoto de Joinville. Para ele, com o PIB que a cidade tem, o número de coleta e tratamento de esgoto deveria ser maior do que 14%. Riva explica que teriam que ser gastos R$ 350 milhões para deixar Joinville com 100% de esgoto. “Tratar esgoto é mais caro que captar água”, afirma.
Para resolver o problema da região do Jarivatuba, o presidente da Amae adianta que, em curto prazo, poderia se fazer uma cobertura e canalizar o gás emitido e depois queimá-lo. “Já possuímos verba para isso”, afirma. E para médio prazo, precisaria ser construída outra estação parecida com o sistema que estão construindo no bairro Jardim Paraíso. Questionado sobre a quantia de verba que a Companhia Águas de Joinville tem em caixa, Riva explica que o dinheiro que a CAJ possui é para obras atrasadas.
Segundo a assessoria de imprensa da Águas de Joinville, até final de 2010 a companhia quer acabar com esse problema da Estação do Jarivatuba. Uma comissão de técnicos da companhia, junto com vereadores da cidade, visitou na semana passada estações de tratamento de esgoto que foram construídas perto da população e não causaram desconforto.
EDITORIAL: Postos de saúde fechados
Com esta decisão, a população é mais uma vez estigmatizada pela falta de compromisso e de bom-senso dos administradores públicos.
Numa cidade em que já faltam leitos e predomina a precariedade nos hospitais públicos, não seria mais coerente aumentar o horário de atendimento para que os pacientes recebam atenção médica nos postos e deixem de procurar os pronto-atendimentos e hospitais, em que os custos de manutenção para o poder público são maiores ?
A questão do horário dos servidores públicos é polêmica e foi muito debatida na campanha eleitoral do ano passado. A prefeitura alega que o horário dos servidores, das 8h às 14h sem pausa para almoço, faz com que sejam economizados dois vales-transportes, por dia, por funcionário. Essa medida estrangula todo o atendimento e, para agravar a situação, muitos destes servidores ainda saem para almoçar logo após às 12h, só voltando próximo do fim do expediente, ou seja, trabalham efetivamente quatro ou cinco horas diárias.
O que se espera da atual administração municipal é que seja sensível as necessidades dos joinvilenses.
Não se pode admitir que os postos de saúde deixem de prestar atendimentos nas sextas-feiras à tarde por questões burocráticas e muito menos que para economizar dois vales transportes todo o atendimento da prefeitura continue estrangulado.
Prefeitura teria pago para tirar Gebaili do ar
Parte da polêmica deve-se ao fato de Gebaili ter denunciado o envolvimento direto da prefeitura e da cúpula do PT na sua saída da TV, tendo também afirmado que a emissora estaria “recebendo” para tirá-lo do ar.
Esta denuncia é muito grave já que, se confirmada, mostraria uma escalada da nova administração municipal no sentido de tentar controlar os meios de comunicação.
Não se trata de defender um radialista que tem, inclusive, merecido desta Gazeta duras críticas pela sua forma parcial de fazer rádio e televisão. O que se questiona é a legitimidade da prefeitura em usar recursos públicos para tentar calar seus críticos.
Carlito, que tem apenas 22% de aprovação popular segundo a pesquisa UNIVALI, quer reverter esse recorde negativo na avaliação de seu governo tentando manipular a imprensa.
No entanto, a desaprovação popular do prefeito é resultado da percepção dos joinvilenses de que Carlito está descumprindo seus compromissos de campanha.
Fica claro, nesta mesma pesquisa, que a maioria dos joinvilenses considera a gestão Carlito pior que a de seu antecessor Marco Tebaldi, apesar da imprensa, principalmente aquela agraciada com farta publicidade oficial, não repercutir o que possa ser negativo ao atual prefeito.
Num Estado Democrático a imprensa tem papel fundamental na fiscalização dos poderes ao apontar eventuais desvios. Nenhuma sociedade realmente democrática pode aceitar que seus governantes usem o poder que lhes é “outorgado” pelo povo, através do voto, para amordaçar a imprensa.
Se, é condenável que radialistas usem os microfones para achacarem seus desafetos, é também repudiável que políticos usem recursos públicos para calarem a imprensa que os criticam. Nesse sentido cabe lembrar a citação do filósofo Voltaire: “Posso não concordar com nenhuma das palavras que você diz, mas defenderei até a morte o direito de você dizê-las.”
Presidente da Câmara também pediu demissão de jornalista
Em abril deste ano, o jornalista Leonel Camasão, escreveu no jornal Notícias do Dia matéria com dados que estavam incorretos sobre a lei complementar que previa um aumento de cargos comissionados na Câmara de Vereadores de Joinville. Apesar de reconhecer que errou na interpretação da documentação encaminhada pelo assessor de imprensa do vereador Manoel Francisco Bento (PT), o jornalista foi dramaticamente desligado do veículo de comunicação. Ficou clara, neste episódio, a interferência direta do vereador Sandro Silva (PPS), presidente da Câmara, para que o jornalista fosse demitido. Sandro deu o seu recado: “Não iremos tolerar isso, de jornalistas”.
PROGRAMAÇÃO DE QUINTA
O CARA DA DANÇA DOS FAMOSOS
Ele se chama Sylvio Lemgruber e volta e meia é citado pelo Faustão como “O Cara” responsável pela direção de coreógrafos e artistas que competem no quadro A Dança dos Famosos, no programa do Faustão da Globo. Convidado pelo terceiro ano consecutivo para dar aulas abertas no Festival, Silvio conversa por mais de uma hora com a gente e abre o verbo sobre as emoções e contradições do maior festival de dança do mundo.
HOLOFOTE
Sylvio Lemgruber confessa que a projeção que sua carreira conquistou com o quadro A Dança dos Famosos só serve para que ele seja o holofote que ilumina as pessoas e as leva ao caminho da dança. “Quem dança é mais feliz”, declara Sylvio.
EMOÇÕES
Sobre as aulas abertas que dá no Festival, ele se desmancha em emoção e diz que sente vontade de chorar quando vê as pessoas acompanhando seus passos. “Aqui todo dia é o melhor momento da minha vida”, revela o professor e coreógrafo.
CONTRADIÇÕES
Sylvio abre o verbo para chamar a atenção do que chama de “pseudos diretores” que exigem e cobram exacerbadamente que bailarinas de seis anos de idade atuem como se fossem bailarinas profissionais. “Me sinto entristecido quando vejo uma cena assim”, desabafa Lemgruber.
ERROU NO DISCURSO
RESULTADO DO TESTE DE DNA
Salve Carlinhos
Elas e a Dança de Rua
Ferveção
UFSC pode ir para zona Sul de Joinville
Os diretores querem um terreno de fácil adaptação e sem problemas burocráticos, que possam atrasar as obras, pois o campus de Joinville deve ser entregue até o final de 2010. O local atual, localizado na Curva do Arroz, tem área própria para construção de somente 30%. Os outros 70% ficam alagados com as chuvas.
Há um projeto para fazer terraplanagem no terreno, usando terra do próprio local, mesmo assim, o custo ainda é muito alto. Conforme a direção da UFSC, o dinheiro do Governo Federal é somente para a construção do campus.
Além disto, o Ministério Público entrou com processo para questionar os recursos, estimados em R$ 12,5 milhões, para deixar o terreno apto à construção.
Motociclista morre no Aventureiro
Já os jovens, que estavam de bicicleta, sofreram ferimentos leves e foram levados para o Hospital Regional.
PM apreende mais 13 caça-níqueis
Editorial: Quem é pior
Parte da polêmica deve-se ao fato de Gebaili ter denunciado o envolvimento direto do prefeito na sua saída da TV, tendo também afirmado que a emissora de TV iria “receber” da prefeitura para tirá-lo do ar.Esta denuncia é muito grave por que, se confirmada, mostraria uma escalada da nova administração municipal no sentido de tentar controlar os meios de comunicação.
Não se trata de defender um radialista que tem, inclusive, merecido desta Gazeta duras críticas pela sua forma parcial de fazer rádio e televisão. O que se questiona é a legitimidade da prefeitura em usar recursos públicos para tentar calar seus críticos.
É legitimo que Carlito, que tem apenas 22% de aprovação popular segundo a pesquisa Univali, tente a todo custo reverter este recorde negativo de avaliação.
No entanto, seria mais honesto se parasse de mentir para os joinvilenses e cumprisse seus compromissos de campanha ao invés de trilhar o caminho ilegítimo de usar recursos públicos para tentar manipular a impressa.
Quem é pior para a democracia: um radialista que usa o microfone para achacar seus desafetos ou um político que mente para uma cidade inteira e tenta calar a imprensa que o critica?
Como disse o filósofo Voltaire: “Posso não concordar com nenhuma das palavras que você diz, mas defenderei até a morte o direito de você dizê-las.”
Mau funcionamento dos postos de saúde lota hospitais
As pessoas não procuram a rede básica - por falta de médicos, como no posto do Boehmerwald, ou pela demora no atendimento, como no Morro do Meio e Jardim Edilene, que estavam fechados – e vão diretamente para os hospitais. Só no mês passado, o Hospital Infantil atendeu 6.333 crianças, sendo que a maioria delas deveria passar por consultas nos postos de saúde, ambulatórios ou Pronto-Atendimentos.
Postos de saúde fecham nas sextas-feiras
Mesmo com as promessas do atual prefeito Carlito Merss de humanizar o Sistema Único de Saúde, de ampliar o horário de atendimento das unidades e de valorizar os profissionais, os médicos do Jardim Edilene estão descontentes com a situação. Segundo um deles, Renato de Lima Pimentel, é necessário ampliar o “postinho” e contratar mai profissionais para atender a população. Renato também confirmou a informação de que as unidades só fecham por ordem da Secretaria da Saúde.
A equipe de reportagem foi até o “postinho” do Morro do Amaral, que também estava fechado. Nos dois portões de entrada, havia cadeados e nenhuma placa avisando o motivo da unidade não atender a população. No entanto, um cartaz indicava que no dia anterior, quinta-feira à tarde, o posto também não estava aberto por causa da reunião do conselho local de saúde.
PM apreende caça-níqueis
Posto de combustível é arrombado no Costa e Silva
Homem é assassinado no bairro Floresta
Douglas levou dois tiros no pescoço e um tiro nas nádegas. Já a mulher foi encaminhada ao Hospital São José, com ferimento leve. Ela diz não conhecer a vítima e recebeu uma bala perdida.
Mulher morre após atropelamento
Uma mulher morreu após ser atropelada na noite deste sábado, na rua Álvaro Maia, no bairro Ulysses Guimarães. O condutor do veículo foi agredido pelos populares por não prestar socorro às vítimas.
Célia Cassiano Tobias, 32 anos, voltava de bicicleta com a filha da igreja quando foram atingidas por um Fiat Uno. Depois da colisão, o veículo percorreu cerca de
Agentes comunitários querem equiparação salarial
O salário recebido pelas agentes comunitárias é repassado pelo Governo Federal e a prefeitura só contribui com o INSS. Os agentes não têm direitos básicos, como auxílio-maternidade. “Temos os mesmo deveres do servidor público, mas não os direitos”, comenta a agente comunitária do Jarivatuba, Vanessa da Cunha, que faz parte da comissão organizada pelos agentes para lutar por melhorias no trabalho.
Mais um benefício solicitado é de que os agentes comunitários sejam efetivados pela prefeitura, e sem passar por concurso público. “Nós já fizemos prova para entrar e passamos por um processo seletivo”, explica Vanessa da Cunha.
Conforme a Gestão de Pessoas, se a prefeitura quiser efetivar as agentes, primeiro terá que criar o cargo e depois fazer um concurso público. Nas cidades de Campinas (SP) e Jaraguá do Sul (SC), os agentes foram incluídos no quadro de servidores efetivos e somente os trabalhadores contratados a partir da criação do projeto passaram por concurso.
Uma das bandeiras da comissão dos agentes comunitários é de que a função seja considerada insalubre, com isso, os trabalhadores possam ganhar um acréscimo de aproximadamente 20%.
A prefeitura fez um laudo técnico para apontar as atividades insalubres dos servidores públicos. A atividade de agente comunitário não estava na lista. No entanto, a vereadora Dalila Leal (PSL) entrou no dia 29 de junho com um projeto para incluir a insalubridade na função de agente comunitário. “Eu já acompanho as solicitações dos agentes e sei que lutam por isso há mais de três anos”, explica.
No cenário federal, já existe um projeto PLS 477/2007, do senador Expedito Junior, que inclui insalubridade para as agentes comunitárias de todo o país, mas ainda precisa de aprovação no senado. Conforme Expedito, as agentes atuam no ambiente externo das comunidades, no ambiente natural, com o manuseio e contato permanente com produtos químicos e outros agentes nocivos à saúde, e no ambiente familiar, em contato permanente com endemias ou doenças contagiosas.
Dalila vai marcar uma reunião com o secretário da Saúde, Tarcísio Crócomo, para próxima semana. Segundo a vereadora, na audiência pública realizada na última terça-feira (14), em que as servidoras apresentaram as reivindicações, ele não manifestou a posição da Secretaria da Saúde em relação ao problema. “Ele ficou bem quietinho”, ironiza.
Segundo a assessoria de imprensa da Secretaria de Saúde, Tarcísio Crócomo não quer falar sobre a situação das agentes comunitárias.
Faltam pediatras no Hospital Infantil e PAs
Elson afirma que não deixaria a filha com febre esperar até que todas as 40 crianças fossem atendidas pelo pediatra. “Depois de tanta gente, não tem como o médico dar atenção à doença”, diz. Conforme ele, o Hospital Infantil só tem estrutura, mas não tem profissionais para cuidar das crianças.
Uma das recepcionistas pediu que o empresário levasse a filha a um Pronto-Atendimento. Ele foi até o PA Norte, mas também não tinha nenhum pediatra, enquanto aproximadamente 20 crianças esperavam na fila para consulta. Elson teve que levar a filha para uma clínica particular.
A assessoria do Hospital Infantil explica que somente os pacientes em estado de urgência e emergência são atendidos e que os casos mais leves são encaminhados ao PAs. Conforme a assessoria, o que houve com Elson é um procedimento normal.
No entanto, o gerente da Unidade de Assistência Ambulatorial e Hospitalar da Secretaria de Saúde, diz que o pediatra chega somente às 19h e que o acúmulo de crianças é porque o médico não atende à tarde. Conforme o gerente, os PAs deveriam ter 48 pediatras, mas só tem 20. “Não conseguimos contratar ninguém”, admite.
Hamilton afirma que os médicos estão fazendo horas a mais para atender a demanda. “Eles vão ter que morar dentro dos PAs para aliviar os atendimentos”, diz.
PM apreende 39 pedras de crack
Depois de abordarem um adolescente que saía do local, a PM chegou na residência do suspeito Tiago Valentin Méier, 25 anos. Ele foi preso flagrante e levado à Central de Polícia.
PM prende homem acusado de receptação
Jean disse para a polícia que comprou o automóvel por R$ 4 mil e não sabe o nome do vendedor. Ao revistar o veículo, também foram encontradas três chaves michas, usadas para ligar o carro.
PM prende mais máquinas caça-níqueis
Numa galeria, ao lado do antigo Fórum, foram apreendidos nove máquinas, às 14h33. Já no bairro Santo Antônio, na rua Adolpho Lenke, 70, outros nove caça-níqueis foram encontrados, às 16h25.
Perto do Fórum, um apostador estava numa das máquinas quando a PM chegou. Já no bairro Santo Antônio, apesar dos equipamentos estarem ligados, não havia ninguém e o dono da residência assumiu a responsabilidade.
Deixando piorar
Segundo informações da Agência Municipal de Águas e Esgotos (AMAE), Joinville tem hoje apenas 9 % da cidade atendida efetivamente por rede de esgoto. É isso mesmo. A maior cidade do estado tem menos de 10% de seus dejetos tratados pela rede de esgoto. E ainda, segundo a AMAE, a Cia Águas de Joinville tem em caixa R$ 52 milhões, ou seja, quase dez milhões a mais do que tinha em janeiro, quando assumiu o novo prefeito.
O que todos perguntam é: "com um dos piores saneamentos do país, e tendo esta fortuna em caixa, por que o prefeito não está fazendo nada?"
A resposta é fácil de deduzir, mas difícil de aceitar. Seguindo a risca um dos mais conhecidos ensinamentos da política de Maquiavel, Carlito está fazendo as "maldades" no início de seu governo, para depois, aos poucos, realizar as "bondades". Não é sem motivo que nesses seis primeiros meses de governo, tivemos quebras de promessas importantes e a sociedade foi penalizada com o aumento da tarifa da água e também da passagem de ônibus .
Ao paralisar obras essenciais, como a rede de esgoto, a administração municipal propositadamente deixa piorar o sistema, mesmo com muito dinheiro em caixa disponível para isso.
Em 2010, ano eleitoral, a prefeitura deverá iniciar obras que sejam reconhecidas como de grande necessidade pela população. Aí então as "bondades" vão aparecer, num cenário já deteriorado pela inoperância de um governo que joga dados com a população.
Se apenas 9% de residências joinvilenses tem rede de esgoto e a Cia Águas de Joinville tem milhões de reais sobrando no seu caixa, quando começaremos a resolver esta chaga?
Dois mortos e denúncias de maus tratos no presídio
especial para a Gazeta de Joinville
Detentos perderam a vida no Presídio Regional de Joinville no mês de junho, mas a causa da morte ainda não foi informada. Uma carta enviada à imprensa denuncia o comportamento de policias e agentes da estrutura. O Centro de Direitos Humanos de Joinville prepara uma representação ao Ministério Público e ao Departamento de Administração Prisional (DEAP) para apurarem a situação. "É necessário que haja uma investigação sobre essas duas mortes", alega a advogada do CDH, Cynthia Maria Pinto da Luz.
No dia 22 de junho, Tiago Batista, 19 anos, faleceu no cárcere. Uma semana depois, dia 30, Gilmar dos Santos, 25 anos, morreu depois de ser levado para o hospital. Segundo a denúncia, Gilmar foi medicado pelos próprios presos, que ficam em regime semi-aberto. Os autores da denúncia alegam ainda que o detento foi espancado por policiais militares.
O gerente do presídio, Jonas Cavanhol, diz que o preso não foi medicado na prisão e não tem conhecimento da agressão feita por policiais. "Não tem lógica um espancamento, pois Gilmar nunca desacatou", defende. Para ele, a causa da morte pode ser tuberculose. A advogada Cynthia explica que com a superlotação, a doença pode se espalhar e virar um surto.
Segundo ela, não existe um tratamento médico dentro do presídio e os doentes são atendidos pelos próprios presidiários. O CDH espera o laudo do Instituto Geral de Perícia (IGP).
Redução de 1,2 bilhão no orçamento afeta investimentos no sistema carcerário
O corte de 1,2 bilhão no orçamento de 2009 do Ministério da Justiça (MJ) poderá piorar a situação da segurança pública em Joinville, principalmente no Presídio Regional, que funciona com poucos investimentos. Abriga aproximadamente 715 pessoas, em um local construído para comportar 315. Mesmo com a inauguração da nova ala, em abril, as 176 novas vagas não resolveram os problemas da superlotação.
Para a advogada do Centro de Direitos Humanos de Joinville, Cynthia Maria Pinto da Luz, o Governo Federal e Estadual não cumprem a Lei de Execução Penal, 7.210/84. "A lei assegura dignidade ao preso, possibilitando educação e reintegração", explica a advogada. Segundo ela, o governo se omite para não destinar os recursos necessários.
O gerente do Presídio, Jonas Cavanhol, também confirmou que a falta de investimento dificulta o trabalho na prisão. "Não existe um projeto de segurança dentro do presídio", afirma. O prédio foi construído em 1988 e as ampliações foram feitas sem planejamento. Com relação às reformas, Cynthia critica a falta de cuidado com as obras. "Cada um (gerente), que chega, vira arquiteto e constrói coisas de sua cabeça", ironiza.
Sete pessoas vivem num lugar projetado para três
Acertos de drogas são algumas das leis criadas pelos presos. Entre eles está o sinal de respeito ao abaixar a cabeça quando uma família visita outros detentos. Os mais velhos são os mais respeitados e têm regalias dentro do cárcere.
A superlotação também influencia diretamente no dia a dia dos prisioneiros, principalmente quando sete pessoas vivem num lugar projetado para três. Enquanto uns dormem, outros procuram um lugar ao chão, ou dividem o mesmo colchonete.
Os presos condenados ocupam o mesmo espaço com os provisórios, enquanto esperam uma vaga na penitenciária. Somente os encarcerados por estupro e atentado violento ao pudor ficam em celas separadas, evitando punição dos próprios detentos.
Com as mulheres também há o respeito conforme o tempo de prisão e crime cometido. As grávidas e as mães vivem num ambiente separado até que as crianças completem aproximadamente seis meses de idade.
Além de viver em um espaço mais amplo, se comparado à ala masculina, as detentas também têm acesso à educação básica. Elas normalmente passam o tempo produzindo artesanato. Tanto o trabalho como o estudo reduzem a pena das condenadas.
Segundo uma das agentes prisionais, as mulheres são mais calmas e brigam menos, se comparadas aos homens. Elas são mais individualistas, portanto, não há tentativas de fuga em massa. Já os homens agem coletivamente fazendo com que mais presos escapem.
A alimentação da ala feminina, da ala masculina e dos agentes prisionais é feita pelos próprios presos. Já a comida de fora, passa por uma revista.
Fugas
A maior fuga de 2008 aconteceu em novembro, aonde 39 presos escaparam. Segundo Jonas, quase todos já foram capturados e quatro foram mortos. Já em 2009, houve três tentativas de evasão. "Os presos só não saem porque não querem", diz a advogada Cynthia.
Para evitar novas fugas, os agentes prisionais fazem revistas e chamadas diárias nos presos. São encontrados: drogas, celulares e ferramentas. Conforme um dos agentes prisionais, muitos dos detentos são pedreiros, que aliado ao mau estado do presídio, facilita as tentativas.
Pedaços de serras são utilizados para cortar as grades. Tanto as ferramentas, como os celulares e as drogas são trazidos pelas esposas dos detentos, nos dias de visitas, que são semanais e divididas por blocos (prédios). Para Jonas, o problema seria resolvido se houvesse um aparelho de Raio X, pois a maioria das mulheres trazem mercadorias nas partes íntimas.
Penitenciária terá regime semi-aberto
Depois de serem julgados, os condenados são transferidos para a Penitenciária Industrial de Joinville. Apesar de ter administração do governo do estado, a maioria dos funcionários é de empresas terceirizadas. Neste sistema carcerário, cada preso custa ao estado mais de R$ 2,2 mil por mês. Além das 366 vagas atuais, existe um projeto para a abertura de 186 vagas no regime semi-aberto.
Com o objetivo de evitar reincidência nos crimes, o diretor da penitenciária, Richard Harrison Chagas dos Santos, destacou que há várias iniciativas para a socialização dos condenados. Os presos têm acesso à educação, saúde e trabalho. Todas as atividades reduzem a pena. No trabalho, o preso pode receber 75% de um salário mínimo e os outros 25% são enviados para o Fundo Penitenciário. As atividades são realizadas em parceria com empresas como Ciser e Busscar.
A educação também é um dos motes do sistema penitenciário. Além de oferecer o ensino básico, são disponibilizados cursos profissionalizantes. Hoje, 115 alunos estão em sala de aula. Há presos que usam o regime semi-aberto para fazer cursos profissionalizantes e superiores. No ano passado, 27 detentos se inscreveram no vestibular.
Segundo Richard, a educação e o trabalho ajudaram a diminuir o índice de reincidência, que aproximadamente está em 7%, abaixo da média nacional. E quando questionado sobre a superlotação, o diretor afirma ter menos presos do que a capacidade da estrutura.
Reincidência de detentos chega a 60%
"Só se ressocializam pessoas que já foram socializadas, porém os presos não tiveram uma estrutura mínima para o convívio social", afirma o gerente do presídio Jonas Cavanhol. E ainda destaca que 60% dos detentos são reincidentes. Os crimes mais comuns são tráfico de drogas e pequenos furtos.
Não existem iniciativas para reintegrar o preso à sociedade porque faltam recurso e espaço físico para viabilizar os projetos. Algumas ações voluntárias são desenvolvidas pela igreja católica e pelo Centro de Direitos Humanos (CDH). Segundo a advogada Cynthia, as verbas que vêm do governo são apenas para reparos. "O dinheiro necessário não é enviado por causa da corrupção ou por aplicação inadequada", complementa.
Umas das iniciativas do CDH é a construção da Casa do Egresso. Após o término da pena, o preso que não tem para onde ir tem a possibilidade de morar na casa e fazer um curso profissionalizante, até encontrar um emprego e conseguir se manter. Conforme Cynthia, o projeto foi enviado ao ex-prefeito Marco Tebaldi em 2008, mas foi vetado.
O presídio oferece o serviço psicológico de assistente social, mas não há médicos e nem dentistas. Quando ocorre alguma emergência os detentos são levados ao posto de saúde mais próximo.
Gebaili está fora do Canal 11
O diretor geral da TV Brasil Esperança, José Carlos Francelino, explica que o contrato do programa encerrou e não foi renovado. Já o radialista Gebaili, "carro chefe" do programa, afirma que o problema não é audiência e sim motivos políticos. "Tenho certeza que o pessoal do PT prometeu algo para o José", afirma.
O que se especula entre os profissionais da mídia é que os motivos do encerramento do programa seriam melhorar a qualidade dos conteúdos apresentados e afastar a possibilidade de processos contra o veículo de comunicação.
Gebaili, com o jeito irreverente, é figura reconhecida na comunidade joinvilense como um dos mais talentosos comunicadores do rádio e da televisão.
Agora, o Encontro com a Imprensa continua apenas na TV da Cidade, televisão por assinatura. Nos próximos dias, o público poderá acompanhar Gebaili diariamente no canal fechado, pois, segundo ele, há um projeto para fazer um programa jornalístico diariamente.
NOVO PROGRAMA
Para substituir o Encontro com a Imprensa, José adianta que está fazendo um acordo com três jornalistas conhecidos na cidade para outro programa de opinião política. Ele conta que trouxe Sheila Cardozo, do Rio Grande do Sul, para coordenar o jornalismo da emissora. "Queremos deixar a Brasil Esperança mais popular", explica.
O diretor da TV Brasil Esperança lembra que a partir dos próximos dias, haverá várias estréias. O "Batom com Pimenta", com a radialista Roberta Mendes, começou na semana passada e discute assuntos políticos no estado. Outro programa de entretenimento que entra no ar é o Café da Manhã, um bate-papo sobre o que ocorre no mundo.
Fora da TV aberta
O apresentador Gebaili admite que perde audiência saindo da emissora aberta, mas acredita que é melhor. Conforme ele, a TV da Cidade tem 18 mil assinantes, portanto, muitas pessoas podem acompanhar seu trabalho.
Gebaili já passou por rádios como a antiga Floresta Negra. Além de continuar apresentando o Encontro com a Imprensa, no canal fechado, ele tem um programa de rádio.
O radialista diz estar feliz com o novo horário na Rádio Colon FM, às 18 horas. Para ele, é o melhor horário da rádio joinvilense. Quando questionado sobre a perda do apoio da Tigre, o radialista garante que não perdeu o patrocínio da empresa.
Câmara discute toque de recolher
Gisele krama
giselekrama@gazetadejoinville.com.br
Uma audiência pública ocorre na próxima sexta-feira (17), na Câmara de Vereadores de Joinville, para debater a ideia do vereador Jucélio Girardi (PMDB) de criar o toque de recolher para menores de idade. A iniciativa prevê que os adolescentes apanhados sozinhos, depois das 23h, sejam levados pela Polícia Militar à delegacia. Segundo o vereador Adilson Mariano (PT), a medida é inconstitucional e fere o direito de ir e vir dos jovens.
Foram convidados para o encontro o promotor da Vara da Infância e Adolescência, Celso Ballista Junior, o juiz Sérgio Luiz Junkes, o presidente da OAB de Joinville Edelos Frühstück, o delegado regional Dirceu Silveira, o comandante do 8º Batalhão da PM, Edivar Bedin, e conselheiros tutelares.
Segundo Girardi, a iniciativa de criar o toque de recolher surgiu de uma reportagem sobre a portaria baixada pelo juiz da infância e da juventude de Fernandópolis (SP), Evandro Pelarim. O vereador pensou até em fazer um projeto de lei semelhante, mas temeu que o Ministério Público não aceitasse a ideia.
Adilson Mariano também vai participar do encontro, mas já adiantou que é contra o toque de recolher. Para ele, o poder público não pode negar um direito constitucional de ir e vir. "Sou contra a ditadura", destaca. O petista diz que a iniciativa de Jucélio só vai atacar as conseqüências do problema e não investigar as causas.
O Centro de Direitos Humanos de Joinville também se manifestou contra o toque de recolher, na tribuna aberta da Câmara de Vereadores, na última semana. O Conselho de Criança e Adolescentes e outros órgãos, que defendem os menores de idade, não aceitam a proposta.
Mariano questiona ainda a situação dos estudantes que saem 22h30 da escola e não conseguem chegar em casa até às 23h. "Temos que garantir os direitos, não tirá-los", completa. O vereador comenta que o poder público deve garantir os direitos desses jovens, como lazer e educação.
Jucélio Girardi sabe da inconstitucionalidade, mas está convicto de que o juiz Sérgio Junkes irá criar a portaria. Ele explica que não é uma proibição, mas que os menores de idade só poderão sair, depois das 23h, acompanhados dos pais. "Os adolescentes que estiverem sozinhos serão levados para a delegacia", ressalta.
A Polícia Militar é mais uma entidade que se posicionou contra o toque de recolher. Caberá aos PMs abordar os adolescentes e retirá-los das ruas.
Para o vereador do PMDB, os pais têm que estar conscientes de que os menores não podem sair sozinhos à noite. "Dizem que o ECA (Estatuto da Criança e do Adolescente) está fazendo este trabalho de conscientização, mas os jovens estão por aí", diz.
Projeto semelhante não foi aprovado pela Câmara
O ex-vereador Marco Aurélio Marcucci tentou implantar um projeto de lei para não permitir que bares ficassem abertos depois das 23h. Um dos argumentos usado pelos vereadores, para rejeitar o projeto, é de que a medida iria discriminar alguns bairros, como Jardim Paraíso, já que o projeto abrangeria somente locais específicos.
Quando era delegado regional, Marcucci também baixou a portaria 003/2004 em que os bares não poderiam ficar abertos depois das 23h, no Jardim Paraíso, principalmente porque havia muitos homicídios na região. Segundo o ex-delegado, a iniciativa deu muita confusão e gerou manifestações.
Dados envolvendo menores mostram outra realidade
A maioria dos casos de violência sofrida e causada por menores de idade ocorre entre às 8h e 20h. Conforme dados do Centro Integrado de Emergência (Ciemer), da Polícia Militar, entre janeiro e junho de 2009, aproximadamente 1833 adolescentes se envolveram em atos violentos. Deste número, somente 834 aconteceram à noite, depois das 20h.
Desde janeiro de 2008, 5.366 menores de idade foram causadores ou vítima de violência, sendo que mais de três mil casos foram detectados em pleno dia, derrubando a hipótese de Jucélio Girardi de que os jovens estavam em risco à noite.
Joinville chega ao 27º Festival de Dança
giselekrama@gazetadejoinville.com.br
O 27º Festival de Dança de Joinville inicia hoje, cheio de expectativas. Atualmente, um dos maiores festivais de dança do mundo é organizado por um instituto. Ely Diniz, presidente da entidade que organiza o Festival de Dança de Joinville, conversou com a reportagem da Gazeta e comentou algumas das novidades da edição deste ano.
A previsão é de que cinco mil pessoas ligadas à dança compareçam ao evento. Só para os cursos e seminários, é estimado que 1,5 mil pessoas venham até Joinville. Já o público em geral é de 250 mil pessoas, nas 11 noites de apresentações.
Os ingressos para a mostra competitiva de Dança de Rua e Noite dos Campeões já estão esgotados. O orçamento para fazer os 15 eventos do Festival é de R$ 4 milhões.
Ely admite que houve mudanças no público de Joinville, pois as noites mais procuradas são de Dança de Rua, e não as convencionais como balé. Na edição passada, o Instituto introduziu as novas modalidades: solo, duos e trios de dança de rua.
O conselho do Festival de Dança tem comentado sobre a possibilidade de um grupo de dança de rua fazer a abertura do evento. O que pesa ainda no conceito dos conselheiros é a falta de uma grande companhia nesta modalidade.
Segundo o presidente do instituto, o evento está acompanhando o gosto do restante do Brasil. As noites populares, principalmente, têm público só da região norte de Santa Catarina.
Joinville precisa de investimentos em dança.
“Falta muito a fazer pela dança na cidade”, diz o presidente. Ele explica que o Bolshoi começou uma iniciativa para ajudar os grupos menores, cedendo salas para ensaios.
Ely reclama da falta de estruturas e de possibilidades para apresentações de dança fora do festival. “É preciso fazer a cidade ir aos palcos, para isto tem que se fazer uma preparação de plateia”, destaca. Para ele, se Joinville quiser se intitular a cidade da dança terá que fazer investimentos.
Conforme o presidente do Instituto Festival de Dança, falta um teatro adequado. Para ele, o Centreventos Cau Hansen é grande demais e com custo elevado, já o Juarez Machado é pequeno. “As pessoas da área cultural de Joinville sabem disto”, ressalta.
Além de dizer que há grandes nomes que não vem para a cidade por falta de estrutura, Ely pede uma atitude dos órgãos públicos para melhorar a situação da dança em Joinville.
Programação
15 de julho: Noite de abertura.
16 de julho: Balé Clássico de Repertório e Dança Contemporânea.
17 de julho: Dança Contemporânea e Dança de Rua, com apresentação especial de Douglas Ramalho, melhor bailarino de 2008.
18 de julho: Balé Clássico, com apresentação Especial de Érika Rosendo, melhor bailarina de 2008, e Danças Populares.
19 de julho: Balé Clássico de Repertório e Jazz.
20 de julho: Noite de Gala.
21 de julho: Balé Clássico e Danças Populares.
22 de julho: Balé Clássico de Repertório e Jazz.
23 de julho: Sapateado e Balé Clássico de Repertório, com apresentação especial de Luiza Marques, revelação de 2008.
24 de julho: Dança Contemporânea e Dança de Rua.
25 de julho: Noite dos Campeões.
Agentes da saúde pedem melhorias
Segundo o vereador Joaquim Quinzinho (PSDB), os trabalhadores alegam que a prefeitura não está cumprindo o estatuto do servidor, como o aumento da carga de trabalho e indefinição no quadro de atribuições. Eles reclamam ainda de agressões verbais por parte da população, que é encaminhada dos hospitais para os postos de saúde erroneamente.
A má informação passada à população também prejudica a situação. Os vereadores da comissão irão fiscalizar as unidades de saúde do município.
O secretário municipal da Saúde, Tarcisio Crócomo, foi convidado para a reunião, mas não irá comparecer. Conforme a assessoria de imprensa, ele prefere não se posicionar sobre o caso. Um representante da Secretaria vai à reunião.
O presidente do Conselho Municipal da Saúde, o setor de recursos humanos da prefeitura e o Sindicato dos Servidores Municipais de Joinville também vão comparecer.
PM apreende 34 caça-níqueis em um dia
Através de uma denúncia anônima, policiais foram até a Rua das Codornas, no bairro Costa e Silva, e apreenderam seis máquinas. No Centro, mais dois caça níqueis foram recolhidos.
A maior quantidade de equipamentos confiscados foi na rua Salgado Filho, no bairro Saguaçu, onde 26 máquinas estavam funcionando, não havendo nenhum apostador no momento.
Traficantes são presos no Iririú
A polícia apreendeu ainda R$ 634, um CD Player para carros e quatro aparelhos celulares. O material foi entregue à Delegacia de Polícia.
Vivendo à margem da miséria
jacson@gazetadejoinville.com.br
Inúmeras famílias de Joinville estão sem condições dignas de moradia e, na maioria dos casos, em ocupações como a do Ulysses Guimarães, onde vivem mais de 155 adultos e 133 crianças em vulnerabilidade social. Além disso, a falta de saneamento traz diversas doenças. Muitas destas pessoas nasceram na cidade e só foram para as ocupações depois de ficarem desempregadas, outras são migrantes e vieram em busca de emprego.
Pessoas como Marisete da Silva, 29 anos, que mora em uma ocupação no bairro Jardim Paraíso. Há 14 anos ela espera na fila da Secretaria da Habitação por uma casa. Ela divide a pequena moradia com mais seis familiares mas não sabe por quanto tempo vai poder ficar nesta situação. Marisete lembra que a prefeitura irá tirar todas as famílias que estão em situação irregulares. Segundo ela, já pediu ajuda à Secretaria de Assistência Social, mas não recebeu nenhum auxílio.
A realidade de Marisete não é muito diferente a de Marisa Nunes da Costa, que também mora na ocupação do Jardim Paraíso. Marisa não tem marido e sustenta três filhos com um salário de R$ 465. Ela chegou a pedir o bolsa-família, mas a Secretaria de Assistência Social negou. “Dizem que meu salário é alto”, lamenta. A moradora está na ocupação há quase dois anos.
Já Ademar Jurandir de Souza chegou a ter uma casa em Pirabeiraba, mas após um incêndio, teve que se mudar. Ele mora numa ocupação e divide a residência de quatro cômodos com oito pessoas. Ademar pretende sair do local, mas agora está desempregado.
A falta de uma política de habitação, a especulação imobiliária e a crise econômica agravam os problemas de moradia e aumentam as ocupações em lugares de risco.
Assistência Social
O gerente do setor de Proteção Básica da Assistência Social, Francisco João de Paula, diz que o objetivo da gerência é trabalhar com famílias em vulnerabilidade social. Para essas pessoas, são feitos cadastros em programas sociais, como bolsa-família. Em casos de emergência, são cedidas cestas básicas e vale-transporte. “Para ganhar os benefícios, elas devem ir à Secretaria de Assistência Social”, explica.
Além disso, Francisco diz que as famílias têm de participar de atividades sócio-educativas. “Temos que evitar que elas entrem em conflito devido às condições”, afirma. Quem precisa de ajuda devem procurar à Secretaria, na rua Procópio Gomes, 749, ou ir até um Centro de Referência da Assistência Social (CRAS), no bairro.
A vergonhosa realidade do Juquiá
No programa Contraponto, da TV Brasil Esperança, dia 19 de abril, o prefeito Carlito Merss chegou a dizer que somente 20% das famílias da ocupação do Juquiá, no Ulysses Guimarães, precisavam mesmo de moradia. Segundo ele, o restante era oportunista e queria vender casas.
Já o censo feito pelo Partido Socialismo e Liberdade (PSOL) de Joinville, mostra o contrário. Aproximadamente, 18,42 % das famílias do Juquiá não possuem renda alguma, 26,3% ganham menos que um salário mínimo e 6,57% ganham R$ 465.
O mesmo censo aponta que 100% da população que mora na ocupação não possui acesso às redes de água, de esgoto ou de coleta de lixo. São feitos “gatos” ou “rabichos” para ter água e energia elétrica. Das 76 moradias, 48 não possuem banheiros. Os moradores tomam banho na casa de vizinho ou de caneca. Quase 50 casas têm menos do que 20 metros quadrados.
Guilherme de Oliveira, morador do Juquiá, tem duas filhas pequenas. A casa que construiu estava pronta para morar, quando derrubaram. “A prefeitura alegou que foi feita para vender”, comenta. Segundo ele, para evitar nova ocupação, a polícia foi no local. “Vieram como se fosse prender bandido ou assassino”, lamenta.
O presidente do PSOL de Joinville, Willian Luiz da Conceição, afirma que é dever do estado dar moradia. Ele diz que foi uma vitória as famílias terem ficado no Juquiá, pois poderiam ser despejadas. Segundo ele, houve uma reunião com o secretário de Habitação, onde foi dito que iriam fazer 700 casas até o final de ano.
Histórias parecidas
Marcelo Oliveira, pai de três filhos, também foi morar na ocupação depois de ficar desempregado. “Não estaríamos colocando nossos filhos aqui se tivéssemos dinheiro”, afirma.
O morador Alexandre Silva Santos morava de aluguel no bairro Fátima, mas ficou desempregado e teve que sair do imóvel. Juntamente com a esposa, que nasceu em Joinville, vive com seus dois filhos. A mulher de Alexandre pediu o bolsa-família, mas a Assistência Social não deu porque ela é menor de idade.
Segundo Alexandre, quando a prefeitura foi derrubar uma casa, a polícia ameaçou bater se não saíssem do local. “A polícia falou que era para tirar as crianças porque iriam se machucar”, conta.
Nas rua do Juquiá, os buracos e a lama tomam conta. No período de chuva, todo o local fica alagado. Os moradores queriam fazer uma “vaquinha” para colocar algo na rua, pois é complicado andar nestas condições.
Segundo Marcelo, seu filho não quer mais ir para a escola porque é vítima de brincadeiras. “Falam que meu filho é sujo”, lembra. Ele afirma que todos da ocupação votaram no Carlito. “Não dá mais para morar nessas condições”, lamenta. A esposa de Marcelo também nasceu na cidade.
A joinvilense Ariana Cordeiro Monney mora com o marido e três filhos. Ela conta que seu marido foi demitido da Ciser. Ariana trabalhava como costureira, mas ficou grávida e também perdeu o emprego. Conforme ela, a professora da escola insinuou que seu filho não tomava banho. “A criança fica suja passando na rua”, destaca.
A mãe Sanayane Maria da Silva conta que leva muitas vezes seu bebê para o Pronto-Atendimento (PA). A filha tem bronquite agravada devido ao frio. Ela reclama ainda que não há ônibus no local. Quando alguém passa mal, a ambulância não vai até a rua da ocupação.