Mudança no sono: O 1º sintoma da puberdade

FLÁVIA MANTOVANI
FOLHAPRESS

Os pais devem ficar atentos ao sono dos filhos quando eles chegam à puberdade _e mesmo antes disso. É o que sugere um estudo israelense publicado na revista ‘Sleep’, que mostra que, previamente ao surgimento dos primeiros sintomas físicos típicos dessa fase, crianças com idades entre dez e 11 anos podem apresentar mudanças no padrão de sono.

Foram acompanhadas 94 crianças por dois anos. Elas passaram a dormir cerca de 50 minutos mais tarde e tiveram sono com duração mais curta _37 minutos a menos, em média.

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Academia da Melhor Idade é instalada ao lado de lamaçal

Com meses de atraso, a Prefeitura de Joinville finalmente acaba de inaugurar no Morro do Meio uma Academia da Melhor Idade, mas deixou como vizinho ao espaço de lazer um terreno público lamacento, que se transformou em depósito de tubos de concreto e de postes que não servem mais como linha de transmissão de fios elétricos.

Localizada na praça Lagoinha, entre o final da rua Minas Gerais e início da Estrada Barbante, a academia virou tanto motivos de elogios como de reclamações, justamente pelo fato da obra ter sido executada pela metade em razão do vizinho feio.

“A academia é boa porque agora temos um lugar para movimentar o corpo e encontrar os vizinhos. O que não está bom é esse terreno abandonado ao lado, que poderia ser aproveitado como pista de caminhada arborizada e com bancos”, afirma a dona de casa Maria Clara Maia, que há 35 anos reside na praça Lagoinha. O aposentado Ramiro Ferreira das Neves também reclama: “Fizeram uma academia bonita e deixaram um pântano do lado. Não dá para entender”.

A academia foi instalada numa ponta do terreno público, junto com alguns brinquedos infantis. A calçada sequer foi concluída. Mesmo assim, a inauguração aconteceu nesse mês de dezembro com as assinaturas do prefeito Carlito Merss, do secretário regional do Nova Brasília, Alido Lange, e de Altair Carlos Pereira, presidente da Unimed Joinville, empresa que patrocina os equipamentos para ginástica.

Iririú deve ganhar mão inglesa

Dinilson Vieira
dinilson@gazetadejoinville.com.br

A esperança para organizar o trânsito no bairro Iririú, reduzindo o número de acidentes, é depositada no Plano Viário executado no papel pelo Ippuj, mas que até o presente momento se encontra engavetado. A boa notícia é que o projeto pode finalmente começar ter as obras iniciadas em 2010, pois o dinheiro para as obras está garantindo – pelo menos teoricamente – graças a uma emenda aprovada no Orçamento para o ano que vem, de autoria do vereador suplente Adalto Moreira (PPS), que ocupa o lugar do titular Juarez Pereira (PPS).

Morador do Iririú desde o nascimento, na rua Congonhas, Adalto conseguiu remanejar R$ 350 mil da Secretaria de Infraestrutura (Seinfra), que deverão ser gastos para as obras viárias. “Como o plano vai custar R$ 400 mil, já tive a promessa do secretário Eduardo Dalbosco (Planejamento e Gestão) de que a Prefeitura vai repassar a diferença”, afirma Adalto.

Obras prometem trazer revolução para o trânsito

Entre os destaques do Plano Viário constam obras como a construção de uma ilha no encontro das ruas Iririú com Tuiuti, que deverá deixar o tráfego livre para quem está na primeira via e quer acessar a segunda, em direção ao Aventureiro. Dessa forma, quem trafegar pela Iririú sentido centro, terá trânsito livre para acessar a mesma Tuiuti ou virar à esquerda, convertendo a rua Cerro Verde e depois à direita, na rua Papa João XXIII, em direção ao centro ou bairro.

Outra obra é transformar em mão inglesa um trecho da rua Iririú, compreendido entre a rua Guaíra e a loja Milium. A mudança poderá funcionar como um retorno de motoristas que estão na Guaíra. Uma terceira obra é criar mais um binário no Iririú, transformando a rua Toribio S. Pereira em mão única no sentido Boa Vista e reservando a rua Papa João XXIII em sentido único em direção à rua Iririú, e daí, direto ao centro. Essa mudança necessita que um pequeno trecho da Toribio ainda seja pavimentado.

“Mesmo quando não estiver mais na cadeira de vereador, vou fiscalizar se as obras vão realmente sair do papel”, promete Adalto. “Esperamos estas obras há muito tempo e não dá mais para esperar”, afirma o presidente da Associação de Moradores e Amigos do Bairro Iririú, Santino Vitor Vieira.

Morador pede asfalto de presente, mas não ganha

Pedreiro aposentado, morador de quase 30 anos da rua Professor João Martins Veras, 53, José Kormann pediu como presente de Natal em 2009, do prefeito Carlito Merss, um bem que também beneficiaria seus vizinhos: “Asfalto, pois não aguentamos mais tanta poeira. O problema aumenta consideravelmente no verão. Mas não sou apenas eu quem deseja pavimentação no bairro. É só sair por aí perguntando”.

O déficit de pavimentação no bairro é semelhante a outras regiões do município, ou seja, é bastante significante. O Iririú é formado por uma avenida e 193 ruas, que somam 70.591 metros (mais de 70,5 quilômetros), dos quais 37.757 metros são providos de asfalto e 9.391 com outros tipos de pavimentação, como paralelepípedos. Já a extensão em saibro é de 23.443 metros.

“A minha rua não tem nem 500 metros e ainda não conquistamos essa melhoria, mesmo querendo pagar”, completa José. O secretário regional do Iririú, Arildo César dos Santos, confirmou que há asfalto novo programado para o próximo ano nas seguintes ruas do bairro: Salto Veloso, Manoel de Mirand Coutinho, Manaus, Joaquim F. do Nascimento, Papoulas e Carlos Stefen.

Por outro lado, o bairro é coberto com 98% de abastecimento de água encanada e 100% de eletricidade, de acordo com a Prefeitura. Sobre a coleta de esgoto, não há informações precisas, de acordo com a empresa Águas de Joinville.

Com novo aumento, carnês do IPTU começam a ser entregues

A Prefeitura começou a distribuir os carnês de IPTU (Imposto Predial e Territorial Urbano) de 2010 na última segunda-feira (28). A novidade para o próximo ano é um reajuste que quase 4%. Os 176 mil carnês devem ser entregues até o dia 4 de janeiro.

Para quem fizer o pagamento do imposto numa única parcela até o dia 15 de janeiro terá desconto de 15%. Já a segunda cota única fica para fevereiro. Mas o abatimento será de 10%. Para março, o pagamento único só concederá desconto de 5%.

O reajuste de 3,8% e os abatimentos no pagamento único foram concedidos para Câmara de Vereadores em outubro deste ano. Apesar da polêmica, até a Comissão de Finanças, liderada por Odir Nunes (DEM), aprovou o projeto da prefeitura.

Esta “pequena” mordida no bolso do contribuinte joinvilense pode render aos cofres da prefeitura aproximadamente R$ 1,8 milhão. Esse valor é estimado a partir da arrecadação de 2008, que chegou a R$ 48 milhões. No entanto, ainda não foi divulgado em que setores o Governo Municipal vai aplicar este dinheiro excedente.

Mas este aumento não foi o único que marcou o primeiro ano do governo de Carlito Merss (PT) a frente da prefeitura de Joinville. O primeiro ocorreu com a abusiva tarifa de água e o segundo de maior impacto foi o de ônibus. O último, afeta principalmente a parcela mais carente da cidade que tem que pagar quase R$ 5 por dia para se deslocar pela cidade ou ir ao trabalho.

EDITORIAL: Uma nova chance

Na retrospectiva que mostramos nesta edição, duas situações bem distintas. A primeira retrata o sucesso das ações do governo federal no combate aos efeitos da crise internacional e do reconhecimento do presidente Lula como uma das maiores lideranças do mundo atual. Para Obama “ele é o cara” e, para o jornal francês Le Monde, “Lula é o homem do ano”.
Mas se no plano nacional temos grandes avanços para mostrar, o mesmo não se pode dizer no cenário local. Aqui, os números dão bem uma mostra do que está acontecendo. Pela ultima pesquisa da Univali, realizada em dezembro, o atual prefeito Carlito Merss conta com apenas 26% de aprovação popular, a pior avaliação da história da cidade.

Desde que assumiu a prefeitura, há um ano, o atual prefeito praticamente paralisou a cidade com a justificativa de que havia um rombo de R$ 100 milhões deixado pelo governo anterior. Não era verdade. O Tribunal de Contas do Estado (TCE) analisou os números e afirmou que tal rombo simplesmente não existiu.

Se a retrospectiva deste ano é tão desfavorável para Joinville o que esperar para 2010?

No plano nacional que venha um “repeteco” do sucesso que foi 2009. Já, para nossa cidade, o que se espera é que tenham aprendido com os erros e que não se tenha novamente um ano perdido. Joinville não pode continuar com o modelo de gestão de desculpas para tudo que não é cumprido.

Joinville quer acreditar que 2010 será melhor. A esperança agora é menor. Mas continua sendo esperança.

RETROSPECTIVA 2009: No mínimo decepcionante

O prefeito Carlito Merss (PT) mostrou nas eleições de 2008 que sabia quais eram os principais problemas de Joinville. Sabia que a saúde tinha de ser a prioridade de quem assumiria o lugar do tucano Marco Tebaldi. Sabia também que teria de baixar o preço da tarifa de água, a mais cara de Santa Catarina. Sabia que não poderia conceder aumento ao transporte coletivo e, ao contrário, teria de achar uma alternativa para baixar o valor da passagem de ônibus. Carlito tanto sabia que prometeu tudo isso. Prometeu acabar com o caos na saúde nos seus primeiros 100 dias de governo, prometeu incorporar as propostas do pepista Kennedy Nunes, de baixar o preço da água e subsidiar a passagem de ônibus para e assim reduzir o preço da tarifa.

A POPULAÇÃO ACREDITOU
Clamando por mudança, a população joinvilense acreditou nas propostas de Carlito. Mais de 170 mil eleitores assinaram um “cheque em branco”, com os seus votos, para que o petista revolucionasse a cidade e governasse para “toda a sua gente”. Infelizmente isso não aconteceu. O que se viu foi um governo marcado por trapalhadas, inoperância e promessas de campanha descumpridas. Carlito esperou vinte anos para que a população desse a ele a possibilidade de provar que estava preparado para governar Joinville. Se a primeira impressão é a que fica, ela nos mostra que ele não estava. Quando oposição, o atual prefeito sempre criticou as administrações que o antecederam, mas na hora de ele ter a caneta na mão, deixou a certeza, para 70% da população (segundo a pesquisa IPS Univali) de que é igual ou pior do que os que tiveram a oportunidade de governar a maior cidade do Estado.

A vez do aumento da passagem de ônibus


Depois de dizer que ouviria a população e de “abrir” para os joinvilenses as planilhas de custos do transporte coletivo, embora ninguém conseguisse entender o que tinha nelas, o prefeito Carlito desconsiderou, mais uma vez, o clamor popular e autorizou um aumento acima da inflação de 12,2% no preço da passagem de ônibus. Pela primeira vez, o prefeito sentiu a fúria da população que invadiu as ruas, parou na frente da prefeitura e até dormiu dentro da Câmara de Vereadores para protestar contra o aumento. Nada adiantou. A passagem comprada previamente, que custava R$ 2,05 passou à R$ 2,30 e a embarcada passou de R$ 2,50 para R$ 2,70.

VEJA MAIS FATOS QUE MARCARAM 2009

O Papai Noel mora na rua Braço do Norte

A prefeitura investiu em seu projeto de “Natal dos Sonhos”, com direito à chegada do Papai Noel e outros eventos que atingem até os bairros. Porém, os moradores da rua Braço do Norte, no bairro Atiradores reclamam de uma maior incentivo para manterem a Rua do Papai Noel que desde 1996 encanta visitantes nos seus 500 metros de extensão.

Os enfeites são mantido pelos próprios moradores e recebem muitos visitantes todas as noites. Eles não pedem incentivo em dinheiro mas acham que a prefeitura poderia oferecer algum apoio na forma de desconto na conta de luz ou uma melhor limpeza na rua.

Dizem ainda, que a prefeitura antes limpava o pavimento da rua e colocava enfeites mais bonitos. Os moradores reclamam de arcarem sozinhos com os custos de manutenção das lâmpadas, que todos os anos são trocadas, e pedem que se promova um concurso entre as casas da rua, como incentivo, pois elas atraem visitantes e turistas.

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LAIR RIBEIRO: A primeira impressão

Na vida profissional, uma boa imagem pessoal é capaz de abrir portas, de ajudar a estabelecer confiança e de transmitir credibilidade.

Contudo, construir uma imagem positiva requer atenção e conhecimento, especialmente sobre estética, etiqueta, ética e relacionamento interpessoal.

Observe, no dia-a-dia, o modo como as pessoas que transmitem uma boa imagem pessoal se vestem, se cumprimentam e conversam. Essas pessoas devem ser um espelho para você.

Manter uma imagem pessoal positiva faz bem para a sua vida pessoal e profissional, mas essa imagem tem de ser autêntica e coerente. Se a “embalagem” (aparência) não corresponder ao “conteúdo” (ser), todo o seu esforço cairá por terra. A correspondência entre “conteúdo” e “embalagem” é crucial quando se trata de credibilidade e credenciais. Há pessoas que aparentam possuir um vasto conhecimento sobre uma enorme gama de assuntos e, quando precisam falar de algum deles, o fazem com a profundidade de um pires. Isso abala a credibilidade delas. E credibilidade é assim: uma vez arranhada, leva tempo para ser restaurada.

As pessoas precisam ter uma percepção equilibrada a seu respeito. É certo que nem todos o enxergarão da mesma forma, mas é preciso evitar antipatias. Bom, mesmo, é que todos possam vê-lo como uma pessoa confiável, competente, ética e transparente. Assim, você será sempre bem recebido!

Dicas para a construção de uma boa imagem pessoal

1. Identifique se a imagem que você transmite é positiva ou negativa e avalie sua participação em grupos e a facilidade com que se relaciona com desconhecidos para saber se a sua imagem está agradando ou não.

2. Seja cordial, educado e agradável; cumprimente a todos, independentemente de seu nível hierárquico; tenha sempre um sorriso no rosto e as palavras “obrigado” e “por favor” na ponta-da-língua.

3. Fique atento à sua comunicação verbal e não-verbal, evitando que seu corpo diga uma coisa e suas palavras, outra.

Vestuário é um dos principais componentes da sua imagem pessoal. Mais importante que ter dinheiro para gastar em vestuário é ter bom senso e aprender a se vestir corretamente, de um modo que revele o seu estilo e a sua personalidade e de acordo com o contexto para o qual você se veste. Portanto, seguem-se algumas regras básicas em relação a vestuário:

Formal: Terno e gravata para homens e terninho ou tailleur para mulheres.

Casual: Camisas com colarinho e manga longa, com calças de lã fria ou gabardine para homens, e twin-sets, camisas ou blusas de seda, com calças ou saias de lã fria ou microfibra para mulheres.

Esporte: O jeans é permitido, mas só o tradicional.

Sempre: Fuja de modismos e opte por peças de qualidade e caimento impecáveis, que proporcionem conforto e elegância na medida certa. Mantenha unhas, cabelos e barba bem feitos, refletindo sua higiene e preocupação com a aparência.

n Evite: Roupas que não respeitem o nível de formalidade exigido, peças muito velhas, desbotadas ou malcuidadas. As mulheres devem evitar saias e vestidos curtos, blusas de alça ou muito decotadas, fendas profundas, brilho e transparências. Também devem evitar excessos de maquiagem, de perfume ou de acessórios. Homens devem evitar bermudas, cabelos sem corte e barba por fazer.

Seja autêntico! Vá além do primeiro encontro. Surpreenda as pessoas e prove que você cumpre o que promete. Aja sempre com ética, respeito, confiança e credibilidade e muitas portas se abrirão a você.

Mínimo vai a R$ 510

O salário mínimo terá reajuste de 10% em janeiro deste ano. Em vésperas de campanha eleitoral para a presidência da república, governador e deputados, o governo petista propõe aumento para R$ 510 o valor do mínimo. O relator do Orçamento da União, o deputado Geraldo Magela (PT), diz que o novo valor pode ser aprovado por medida provisória. Se isso acontecer, a partir do dia 1º de janeiro os brasileiros poderão receber o aumento.

Mesmo com o Congresso em recesso, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva pode baixar a medida. Isso evitaria, inicialmente, as críticas vindas da oposição.

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IRIRIÚ: Plano viário pode sair do papel

Dinilson Vieira
dinilson@gazetadejoinville.com.br

Fora de horários de rush, é possível ir de ônibus do Iririú ao centro – e vice-versa – em apenas 10 minutos, percurso que cai para sete minutos se o usuário optar pela linha direta, aquela que só permite embarque e desembarque nos terminais de integração. Se o deslocamento rápido por transporte coletivo é considerado um privilégio para quem reside nesse bairro da zona nordeste de Joinville, onde mais da metade das ruas está pavimentada, é servido por um número significante de escolas e o comércio e a oferta de serviços vão de vento em popa, não se pode falar o mesmo das condições do trânsito local, motivo de preocupações e acidentes. Um plano viário cujas obras devem começar em 2010 pode ser a solução para organizar e humanizar o trânsito no bairro.

Profissionais do volante, taxistas que trabalham em pontos espalhados pelo Iririú apontam os absurdos cometidos nas principais vias do bairro, motivados tanto pela imprudência de motoristas como pela confusão gerada dentro do próprio sistema viário. No encontro da rua homônima ao bairro, a Iririú, com a rua Guaíra, sentido centro, em frente à igreja São Sebastião, quem costuma sofrer são os ciclistas, obrigados a disputar espaço com veículos em três faixas de rolamento. O problema existe bem em frente ao prédio onde está instalada a Secretaria Regional que, pelo menos teoricamente, é designada para cuidar do bairro.

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Álcool fora dos estádios

A assinatura de um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) pela Federação Catarinense de Futebol (FCF), na sede do Ministério Público de Santa Catarina, consolidou a proibição da venda e consumo de bebidas alcoólicas dentro dos estádios de futebol, durante os dias em que ocorram jogos em competições coordenadas pela entidade. A Associação de Clubes de Futebol Profissional de Santa Catarina também concordou com a medida, e o documento será assinado pelo seu presidente, João Nilson Zunino.

Na assinatura do compromisso, Delfim de Pádua, o presidente da FCF, confirmou que a proibição já consta no regulamento do Campeonato Catarinense de 2010. O comandante geral da Polícia Militar, Coronel Eliésio Rodrigues, ratificou o compromisso em nome da corporação, que vai fiscalizar para que a nova lei seja cumprida.

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Que tal começar o ano empregado?

Gisele Krama
giselekrama@gazetadejoinville.com.br

Agora que a crise financeira diminuiu e as empresas voltam a tomar fôlego, chega a época de abertura de vagas de trabalho e novas contratações. Em Joinville, a área que mais tem oferecido oportunidades é a de serviços. Já a indústria caiu no começo do ano e volta a contratar somente em 2010.

Mas a qualificação é o que vai pesar na hora de procurar um novo emprego ou uma nova oportunidade no mercado de trabalho. A Gazeta de Joinville conversou com a consultora de recursos humanos Ketlin Cirico, que trabalha na área há mais de 20 anos. Ela presta serviços para a RH Brasil e é professora de Gestão de Pessoas na Faculdade Anhanguera.

De acordo com a consultora, para ganhar bem, o profissional deve estar capacitado, pois só assim pode fazer o seu preço para o salário. “Estar preparado é banco de escola o tempo inteiro”, diz. Assim que o profissional termina o ensino médio, o roteiro é graduação e especialização. Conforme Ketlin, não importa se vai ter um título de bacharel ou tecnólogo, mas sim passar o tempo todo se profissionalizando.

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Café previne diabetes

Pessoas que bebem chá e café correm menos riscos de desenvolver diabetes do tipo 2, concluíram especialistas após análise de vários estudos sobre o assunto.

Curiosamente, a proteção pode não estar associada à cafeína, uma vez que o café descafeinado parece ser mais efetivo, dizem os pesquisadores em artigo na revista científica “Archives of Internal Medicine”.

Eles analisaram 18 estudos separados envolvendo quase 500 mil pessoas.

E concluíram que pessoas que bebem três ou quatro xícaras de café ou chá por dia diminuem suas chances de desenvolver a condição em um quinto ou mais.

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ESPINHEIROS: Parque da lagoa fica na gaveta e asfalto também não decola

Dinilson Vieira
dinilson@gazetadejoinville.com.br
Quando examinado no papel, o projeto Parque Portal do Mar, que deverá ser construído no bairro Espinheiros, provoca expectativa por sua exuberância e ousadia. Com aproximadamente 4,5 quilômetros de extensão percorrendo a orla da lagoa Saguaçu, as obras prevêem um monumento em forma de arco, que simbolizará “a entrada para as águas salgadas” e ainda servirá de mirante.
O espaço também terá deque, quiosque, restaurante e um trapiche flutuante para dar chance a pescadores amadores de tentar a sorte com seus anzóis.

O projeto executivo do parque, orçado em R$ 1,2 milhão em valor de janeiro de 2008, nesse mesmo ano foi remetido ao Banco Fonplata (Fondo para El Desarollo de Cuenca Del Plata, de Santa Cruz de La Sierra, Bolívia). Segundo informação da Secretaria Regional do Boa Vista, unidade administrativa municipal que cuida do Espinheiros, o dinheiro foi liberado e continua à disposição da Prefeitura para ser usado na obra. No entanto, a desculpa é que há empecilhos ambientais e políticos que impedem que o projeto saia da prancheta dos engenheiros.

Para o presidente da Associação de Moradores do Espinheiros, Irineu Sgrott, há esperança de pelo menos o trapiche flutuante começar a ser construído em 2010. “Conversei com o prefeito (Carlito Merss, PT) em agosto último e ele me garantiu que assinou convênio com o governo federal para as obras começarem”, afirmou Irineu.

Secretário regional do Boa Vista, Michel Ubirajara Becker explicou os motivos que fazem a obra depender de Brasília. Segundo ele, o parque poderá começar pelo trapiche, mas não há datas definidas. “Está faltando autorização da SPU (Secretaria de Patrimônio da União), responsável pela área na orla da lagoa. Além disso, é necessário fazer um levantamento arqueológico, porque existem sambaquis na região”. No meio da confusão burocrática, quem paga são os moradores, que aguardam pelo parque, já que o mesmo é a esperança de valorizar imóveis do bairro e de dar fôlego ao comércio local através do turismo.

“O comércio sairia fortalecido, pois o bairro atrairia mais visitantes, principalmente em estações quentes. Todos sairiam ganhando”, afirmou Paulo Muller, dono de um restaurante na rua Baltazar Bucheler, a principal via local. Mesmo com o atraso da obra, o comerciante não reclama do movimento. Emprega 10 pessoas e dois garçons extras aos sábado e domingos. “Imagina com o parque”, completa ele.

Asfalto, uma velha reivindicação

Apesar do Parque Portal do Mar ser a maior aspiração no bairro, há outras necessidades locais, como resolver pelo menos em parte a questão do déficit de asfalto. Dos 26 quilômetros que totalizam 52 ruas do Espinheiro, apenas 11,3 quilômetros são asfaltados, 1,1 quilômetro tem outro tipo de calçamento e 13,3 quilômetros são mantidos em saibro.
A associação de moradores lamenta o que chama de descaso com o bairro nos últimos 10 anos. “Apenas duas ruas ganharam pavimentação nesse período, a Antonio Augusto Livramento e João Henrique Ferreira. Isso porque circulam por elas ônibus”.

O secretário Michel deu sua versão sobre o assunto: “Antes de asfalto é preciso dar solução ao esgoto sanitário e tratar os dejetos”. Em compensação, segundo ele, para 2010 está previsto no orçamento participativo de 2009 o gasto suplementar de R$ 200 mil para ensaibramento de ruas sob cuidados de sua regional.

Vila Paranaense, sempre abandonada

Endereço de operários que na década de 1970 se instalaram em Joinville para preencher os quadros de indústrias locais, a Vila Paranaense vive esquecida no tempo. Apesar de oficialmente pertencer ao Comasa, a vila está sob os cuidados da Secretaria Regional do Boa Vista, a mesma unidade que cuida do Espinheiros. “Nem uma nem outra cuida da gente. Minha rua é um exemplo do abandono”, afirma Valdemar Galm, morador da rua Vicente Celestino, conservada em saibro e cheia de buracos. “Minha parte eu já fiz, que foi construir a calçada”.

A falta de áreas de lazer na vila é visível numa simples caminhada pela região. Os estudantes Maicon Salvador, 13 anos, Carlos Vítor de Souza, 12, e Diogo Roberto, 12, costumam passar o dia pescando na margem do rio Comprido. O problema é que a água é poluída e todo peixe pescado volta para o rio. “Se comer, morre, mas é nossa diversão”, diz Maicon.

CEI inacabada deixa crianças em casa

Obra iniciada há cerca de 12 meses e inacabada até o fechamento desta edição, deixando em casa dezenas de crianças a partir de 2 anos de idade, impedindo que mães possam trabalhar fora, o CEI (Centro de Educação Infantil) do Moinho dos Ventos 2 (loteamento do Espinheiros) ainda não tem data de inauguração.

“Tenho três netos que já poderiam estar matriculados nesta escola, mas acredito que não faltam muitos dias para a obra terminar”, afirmou Manuel Souza, que, por coincidência, trabalha na respectiva obra, de responsabilidade da Construtora Itajubá. O atraso, segundo Manuel, é que os operários da obra são transferidos para outros locais de trabalho, interrompendo as tarefas no Moinho dos Ventos 2.

Localizado na rua Bento José Flores, o prédio está em fase de acabamento, faltando materiais como luminárias, torneiras e mobília. O fogão que vai preparar a merenda das crianças já está na cozinha. Michel Ubirajara Becker, secretário regional do Boa Vista, argumenta que o CEI ainda não começou a funcionar por problemas da empreiteira com a administração anterior. “Houve atraso nos pagamentos, mas estamos resolvendo o assunto”, explicou Michel.

Unidas no remo e no marisco

Remanescentes de famílias que ainda vivem da pesca no Espinheiros, as donas de casa Dorci da Conceição Alves, Maria Budal, Tereza Bento Budal e Orlanda Rosa de Souza não medem esforços para atravessarem juntas a lagoa do Saguaçu em busca de siris, caranguejos e mariscos. Na mesma canoa de madeira, elas se dividem no esforço do remo para alcançar os mangues onde buscam os frutos do mar que vendem de casa em casa e para bares.

Recentemente, as quatro se uniram para regularizar a situação da licença de pesca na Colônia dos Pescadores, no Morro do Amaral, situado no lado oposto da lagoa ao Espinheiros. Obviamente, não gastaram dinheiro de ônibus: foram e voltaram na força dos braços, cruzando as águas da lagoa. As quatro voltaram com as carteirinhas de licença. “Já enfrentamos ondas, vento, chuva. Não temos medo”, afirmou Orlanda.

Sobre o projeto Portal do Mar, o grupo gostaria que as obras começassem, principalmente o do trapiche, que vai oferecer lazer para moradores locais e turistas. A respeito das condições gerais do bairro, o grupo reclamou da ruas em saibro e solicitou mais policiamento. “Minha rua (a Sophia Noack Pereira) não tem asfalto e sobram poeira e lama”, disse Maria Budal

Nome se originou de mato com muito espinho

O bairro se restringia a uma ilha, na Baía de São Francisco. O nome Espinheiros deriva de um mato com muito espinho. Também em função da planta tarjuva, que é grossa e com muitos espinhos e que se proliferava facilmente na região. O acesso ao Boa Vista era feito só por canoas, aliás, o meio de transporte da época mais comum na região.

Na década de 60, existiam dois iates-clubes em Joinville: o Almirante Barroso e o Iate Clube Joinville, localizados na rua Aubé. O crescimento da cidade e a perspectiva futura da implantação de uma avenida ao longo da margem do rio Cachoeira estimularam a especulação imobiliária e os aficionados a adquirirem terreno na localidade de Espinheiros com o objetivo de sediar o terceiro clube, o Joinville Iate Clube.

Em 25 de julho de 1981, o clube registrava a inauguração de suas instalações sociais, constituídas de bar, restaurante, secretaria, vestiários e boxes para suas embarcações. A década de 1970 é marcada pela instalação de energia elétrica e água encanada, mudando o modo de vida das pessoas.

“Os escândalos acontecem e o PMDB fica quietinho”, diz o deputado Reno

“São tantos escândalos, que temos saído de casa com vergonha de pertencer à classe política nacional. Com vergonha de ser um parlamentar . Por outro lado, o que nos conforta é saber que não pertencemos a esta classe de politicos que têm aparecido nas páginas policiais, nas TVs e nas rádios. Mas infelizmente as coisas acontecem nos meios politicos”. Desta forma o deputado Reno Caramori abriu sua manifestação na tribuna do plenário nesta semana, em horário de explicações pessoais.

Em seu pronunciamento, o parlamentar criticou a super valorização do episódio catarinense denominado de novembrada, enalteceu a postura de um jornalista local sobre o mesmo episódio e sobre o regime militar e cobrou uma postura do PMDB, que, segundo avalia, “está quietinho”, mas vem impedindo a instalação de diversas CPIs e a devida investigação sobre irregularidades denunciadas durante o governo do PMDB no Estado de Santa Catarina. O deputado Reno já havia se manifestado em plenário a respeito da ética política, quando da “saraivada” de denúncias contra o presidente do Senado, José Sarney (PMDB), ao qual atribuiu a expressão “bandalheira no Senado”.

“Quando falam em “novembrada”, até me repugna, diz o deputado Reno, que se posiciona contra as agressões registradas durante o confronto na capital entre populares e o general Figueiredo. Foi um episódio pequeno, diz. Para ilustrar sua posição, o deputado cita e elogia o comentário de um jornalista local que, em programa de TV, criticou a novembrada, enalteceu a segurança do cidadão, o progresso nas áreas da ciência e da tecnologia e a construção de estradas durante o período do regime militar.

A maneira como estão sendo realizadas as manifestações públicas de repúdio ao “dinheiro nos bolsos, nas cuecas e também, mais recentemente, nas meias dos políticos”, assim como a postura do PMDB diante destes e de outros fatos semelhantes ocorridos em Santa Catarina são contestadas pelo deputado Reno.

O parlamentar se manifesta pela necessidade de mudanças e critica com veemência a disposição com a qual o governo peemedebista catarinense impediu a criação de CPIs como a da “sapatilha”, leia-se Escola Bolshoi e empresário João Prestes, da “Casan”, apontando a execução de serviços da estatal da água em troca de votos na eleição de 2006, a CPI do “Compex”, no rumoroso caso envolvendo Aldo Hey Neto, assessor do então secretário de Estado da Fazenda, flagrado pela Polícia Federal em sua residência com a importância de R$2 milhões. O Compex foi criado pelo governo do Estado em 2004, para ser o “Programa de Modernização e Desenvolvimento Econômico, Tecnológico e Social de Santa Catarina.

“É impressionante o empenho do PMDB, provocado pelo medo, é claro, para impedir a instalação de CPIs para investigar as denúncias de irregularidades cometidas durante o seu governo” diz o deputado Reno. A última que trancaram, segundo o parlamentar, é a CPI da “inSegurança”, mesmo diante de comprovadas irregularidades como torturas a presos e o flagrante dos “detentos” pegando carona com os carros da Secretaria de Estado da Segurança, para realizarem cobranças do tráfico.

“Teremos eleição no ano que vem, uma oportunidade para mudar tudo isso e esperamos que os eleitores catarinenses não esqueçam o que está acontecendo. Não é verdade que o povo tem memória curta”, conclui o deputado Reno.

Associações não se entendem e melhorias ficam em 2º plano

Dinilson Vieira
dinilson@gazetadejoinville.com.br

Com apenas 2,09 quilômetros quadrados de território, 16,8 mil habitantes e um número pífio de estabelecimentos comerciais e indústrias, ainda assim sobram problemas de urbanização no Jarivatuba, bairro na região sudeste de Joinville. E se engana quem pensa que quanto mais associações de moradores um bairro tiver, maior a chance de encontrar soluções sem atravessar grandes burocracias. O Jarivatuba contabiliza nada menos do que oito entidades, que não conseguem se entender, pois cada uma procura defender interesses individuais. Quem sai perdendo é a própria comunidade, que fica em desvantagem quando o assunto é reivindicar melhorias.

Um exemplo recente de que o comportamento unilateral e egoísta das entidades é uma fórmula que não dá certo está no movimentado cruzamento formado pelas ruas Monsenhor Gercino, Padre Roma e João Elias de Oliveira. Após 752 acidentes com 13 óbitos ocorridos no cruzamento nos últimos cinco anos, somente agora o encontro das ruas está ganhando um conjunto de semáforos e sinalização de solo e placas para tentar organizar o trânsito de veículos e oferecer segurança na travessia de pedestres.

“Realmente falta integração entre as associações. Já tentamos nos organizar melhor, mas não deu certo. Estou jogando a toalha”, afirma Nelson Antonio Souza, que acaba de entregar a presidência da Associação de Moradores Padre Roma. Com a ajuda de um filho, Nelson fez o levantamento sobre acidentes no cruzamento da Monsenhor Gercino para convencer a Conurb (Companhia de Desenvolvimento e Urbanização) a instalar os equipamentos. “É incrível como só após tantos acidentes é que conseguimos os semáforos. Se tivéssemos unido forças, acho que não demoraria tanto”, afirma Nelson.

‘Uma tenta engolir a outra’

Assim como a maioria dos bairros de Joinville, no Jarivatuba a falta de asfalto causa indignação. O bairro possui 159 ruas, que somam 33.579 metros de extensão. Desse total, apenas 6.130 metros têm asfalto, 7.737 são conservados com outro tipo de calçamento e 19.712 são mantidos em saibro. O bairro também é desprovido de saneamento básico, o esgoto das casas é despejado em córregos que cortam a região, onde está localizada a única estação de tratamento de esgoto (ETE) em operação, mas que opera com apenas um terço da capacidade.

Recentemente, o PAC (Programa de Aceleração do Crecimento) do saneamento liberou R$ 68 milhões para Joinville para ser investidos em obras. Desse montante, R$ 12 milhões devem ser investidos na modernização da ETE, que tem entre os problemas o mau cheiro que espalha na região.

Residente da rua Erivelto Martins, via não asfaltada, Volnir Fuchter, presidente da Associação de Moradores Amigos do Rosa, é outro que lamenta a falta de unidade entre as entidades. “No Jarivatuba é assim: um bairro cheio de problemas em que uma associação tenta engolir a outra e nada se resolve”, afirma ele, acrescentando que a desorganização acaba desmoralizando as lideranças comunitárias perante o poder público. “Não temos moral para pedir melhorias na Secretaria Regional do Fátima (unidade administrativa que cuida do Jarivatuba)”.

João Maria Barbosa, presidente da Associação Wermer Max Heizelmann, também está desanimado. “Gasto gasolina com meu carro em busca de melhorias e não consigo nada. Sequer sou recebido na Secretaria (Regional do Fátima). Está ruim por dois motivos: as autoridades não nos dão apoio e nós mesmos não somos organizados”, diz Barbosa. Ele reclama que sequer tem força para conseguir melhorar as condições da rua São Francisco do Sul, endereço da única CEI (Centro de Educação Infantil) do bairro. “Quando chove, as crianças têm dificuldade para chegar à escola”. Importante lembrar que 22% dos quase 17 mil habitantes do bairro tem entre 0 e 9 anos.

Moradores da rua Aquino Morbs, via situada numa parte elevada da região, não têm motivos para se orgulhar por ter como vizinho a sede da Associação de Moradores do Jarivatuba 2. Construída em madeira, o local está em situação de abandono, dando chances, segundo reclamações, de jovens se reunirem para consumir drogas. “Enquanto isso, ficamos sem voz para pedir que consertem nossa rua e muito menos exigir asfalto”, afirma o morador Rubens Morbs. A coincidência de sobrenomes de rua a morador não é à toa. “Minha família foi pioneira no bairro”.

Entidades ficaram mal acostumadas, diz gerente da Secretaria Regional

A gerente da Secretaria Regional do Fátima, Mariângela Dias Franco Mira, disse que a unidade reconhece as deficiências do Jarivatuba. Para agilizar os trabalhos, segundo a gerente, uma nova filosofia operacional está sendo implantada na regional, o que nem todas as associações de moradores conseguem compreender num primeiro momento.

“Temos as necessidades do bairro mapeadas e também somos limitados, mas há associações que insistem em pedir à regional, por exemplo, um caminhão para fazer a mudança de alguma família ou mão-de-obra para pintar sua sede. Isso não é papel da Prefeitura e o prefeito Carlito (Merss) já deixou isso claro em reunião com as próprias associações”, explicou Mariângela. De acordo com a gerente, as entidades representativas de moradores ficaram mal acostumadas em administrações passadas, sem contar as organizações que estão em situação irregular e exigem melhorias.

Nesse período de altas temperaturas e tempestades, a regional recebe diversos pedidos diários de roçadas em terrenos. “Só temos dois roçadores para cuidar de uma região enorme e, sinceramente, não vamos atender pedidos para limpar terrenos para as entidades fazerem suas festas”.

Sobre pavimentação, Mariângela não deu maiores esperanças para 2010. Afirmou que a prioridade é terminar de asfaltar as ruas São Bento do Sul e São Domingos Sávio, preparar as ruas Frederico Lottar, Reinoldo Priester Sobrinho e José Orlando Maçaneiro para receber as obras e, quem sabe, estender as benfeitorias para a rua Ana Martins de Souza. A gerente acrescentou que o Orçamento Participativo paro o ano que vem vai contemplar o bairro com uma área de lazer, que pode ser uma pista de caminhada com direito a mirante, nos arredores da igreja Santa Isabel. O custo das obras será de cerca de R$ 70 mil.

A difícil tarefa de chegar à escola

Moradora da rua Jarivatuba, via homônima ao bairro com asfalto em razoável estado de conservação, a dona de casa Marluci Pereira não mede esforços para levar diariamente os dois filhos ao CEI Iraci Schmidlin, que fica no final da rua São Francisco do Sul, numa parte alta do Jarivatuba. Não bastasse o caminho íngreme, ela tem de enfrentar buracos e lama em dias de chuva e poeira em períodos ensolarados. “Também não há calçadas e os carros passam raspando na gente”, diz Marluci. De acordo com a gerente da Secretaria Regional do Fátima, Mariângela Franco, está nos planos da administração asfaltar a São Bento do Sul, que dá acesso ao CEI, mas a São Francisco do Sul ainda deve esperar mais pelas melhorias.

Vereador quer abrir “caixa preta” da verba de publicidade da prefeitura

Da Redação
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A publicidade da prefeitura é novamente motivo de polêmica na Câmara de Vereadores de Joinville e gerou uma verdadeira guerra entre a base governista e a oposição. O vereador Odir Nunes (DEM) acusa a prefeitura de privilegiar determinados órgãos de comunicação da cidade investindo massivamente em publicidade, enquanto outras empresas de comunicação não recebem nada.

O líder da oposição chegou a protocolar um pedido de informação ao Executivo (nº 656/09) questionando o valor que foi gasto com publicidade, propaganda e divulgação da última edição da Festa das Flores. O governo de Carlito também vai ter que apresentar em quais emissoras e jornais as campanhas foram veiculadas, juntamente com o valor gasto em cada uma. A resposta do pedido de informação deve chegar até o dia 20 de dezembro.

Excluíndo veículos

Odir Nunes afirma que os veículos de comunicação que mostram a verdade sobre Carlito são boicotados. Ele diz que os vereadores não entendem essa “forma autoritária” de vender a imagem governista com recursos de impostos. “Vamos ficar atentos. Isso nós não podemos permitir”, destaca.
Segundo o democrata, a rádio Colon e a Cultura, por exemplo, recebem pouca verba publicitária da prefeitura ou nada. A emissora TV Brasil Esperança (canal 11) também foi excluída. Segundo o diretor geral do veículo de comunicação, José Carlos Francelino, o canal não recebeu nada de propaganda referente à 71ª Festas Flores.
A Secretaria de Comunicação optou por fazer a divulgação do evento em alguns meios de comunicação e deixou o restante de lado. Essa ação foi feita sem aval da Câmara e sem licitação. Indignado, Francelino lembra que a Brasil Esperança é a que mais tem programação regional, além de boa audiência. Ele explica ainda que o público que acompanha a emissora é mais de baixa renda, diferentemente de outras emissoras. Para ele, talvez isso não seja interessante à prefeitura.

Sem rabo preso

O diretor da TV Esperança explica que não pressiona a Secretaria de Comunicação. E diz não gostar de se comprometer, pois senão ninguém pode falar mais nada. “Fomos a única emissora que trouxe o Tebaldi. Além disto, quero ter o direito de fazer os debates e não o que o Carlito quer”, destaca.

Carlito nunca atendeu uma ligação minha, diz pai de menina Kelly, morta em CEI

Dinilson Vieira
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A família de Zenaldo Kruger, pai de Kelly Kruger, a menina de 6 anos que em 3 de março deste ano morreu ao brincar numa balança do parquinho, no CEI (Centro de Educação Infantil) Espinheiros entrou com ação cível indenizatória contra a Prefeitura de Joinville no valor de R$ 598.920,00 como forma de pedir justiça sobre a morte da pequena Kelly.

Comprovou-se após o acidente que a estrutura do brinquedo estava podre, causando a queda de uma viga de madeira sobre Kelly e numa outra menina, que ficou ferida. A Prefeitura chegou a abrir sindicância para apurar o caso e a conclusão foi que nenhum servidor da Secretaria de Educação seria responsabilizado pela morte. No entanto, a Gazeta publicou em sua edição anterior que a direção do CEI já havia enviado em 2007, ofício à Prefeitura, em que pedia a reforma do parquinho.

Zenaldo diz que passou maus momentos após o acidente com a filha, com dívidas que chegaram a R$ 10 mil entre atrasos de aluguel e prestações do carro que usa para trabalhar como autônomo na área de cosméticos.

Disse se sentir magoado com o prefeito Carlito Merss (PT) e com a secretária de Assistência Social, Rosemeri Costa. “Os dois estiveram em minha casa dias após a morte e contei sobre as minhas dificuldades. O prefeito me deixou um cartão, dizendo para telefonar sempre que precisasse e ele nunca atendeu uma ligação. Certa vez fui à Secretaria de Assistência, não fui atendido pela secretária e me aconselharam a me cadastrar no programa Bolsa Família. Mas meu perfil nada tem a ver com esse programa”, declara Zenaldo.

Por outro lado, elogia o atendimento psicológico que recebeu no Posto de Saúde do Comasa, por conta da Secretaria de Saúde. “A psicóloga foi muito profissional e disso não posso reclamar”.

EDITORIAL: Sem motivos para comemorar

No último sábado, o Joinville Esporte Clube venceu na Arena o Metropolitano, por 1 a 0, depois de dois anos sem disputar nenhuma competição nacional. Ao vencer a Copa Santa Catarina, ganhou o direito de disputar a Série D em 2010.

Muitos esperavam uma grande festa, com a tradicional carreata e o buzinaço pelo centro da cidade, mas a noite caiu e os torcedores do tricolor não fizeram a festa prevista.

Talvez porque aquele nó entalado não saiu. O torcedor já está cansado de vencer torneios sem importância e provou isso, no sábado, com o silêncio nas ruas. O torcedor sabe que o Joinville não venceu nada ainda, apenas conquistou uma vaga na findada Série D.

O jequeano que vê o Avaí na Série A, o Figueirense na Série B e Criciúma e Chapecoense na Série C, não tem motivos para comemorar.

O JEC, que já foi octacampeão catarinense e disputou várias vezes a elite do futebol brasileiro, foi contaminado pelos políticos que utilizam o clube para conseguir votos. Deixou à mercê o principal produto que o clube tem a oferecer a seus torcedores: o futebol.

A influência política, que começou com Luis Henrique da Silveira, Rodrigo Bornholdt, teve o auge da negatividade na gestão Tebaldi, aonde o prefeito chegou a sugerir a compra de uma vaga na Série C, convocando depois a torcida para pagá-la.

Em 2010 o JEC disputa a Série D em busca do acesso para a Série C de 2011. Se conseguir, voltará para onde estava em 2007.

Por isso, fica a pergunta: existe motivo para comemorar?

O torcedor deu sua resposta com o silêncio nas ruas.

O homem do povo

Da redação
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Um dos deputados estaduais de Santa Catarina mais bem votados, Nilson Gonçalves (PSDB), mostra a receita do sucesso no seu dia-a-dia. Além de legislador, divide durante o dia outras funções em Joinville: apresentador, radialista e pai de família. Idealizador da Casa Amarela, seu gabinete em Joinville, ele traz a imagem do político que não fica apenas no gabinete e vai à todos os bairros.

A vida de Nilson sofreu várias transformações desde a época onde conquistava um espaço de dez minutos na rádio Carijós, em São Francisco do Sul, no começo da década de 80. O tucano tem hoje o programa Tribuna do Povo na rádio Colon e na emissora de TV RIC Record, ambos com duração de uma hora.

Atualmente, o radialista entra no ar no horário do almoço. Ele conversa com os ouvintes com a mesma intimidade como se falasse com um amigo. Seu programa traz notícias de segurança e abre espaço para auxiliar pessoas necessitadas, coisa comum de acontecer tanto no rádio, na TV quanto na Casa Amarela. Também faz brincadeiras e ri com o colega de microfone Gilson Quirino. E como não poderia deixar de ser, faz algumas piadas sobre futebol. Ele é torcedor “roxo” do Coritiba.

Não dá tempo para almoço e Nilson sai às pressas da rádio Colon e corre para os estúdios da RIC Record. Lá começa o programa com o apoio de Ilze Moreira, uma de suas assessoras. Para minimizar o impacto do conteúdo das matérias– muitas vezes tristes e chocantes –, Nilson é irreverente e tenta mostrar uma realidade que pode ser mudada. Não é difícil vê-lo comovido ou bravo no programa.

Pequenos gestos, como anunciar pedido de emprego ou doações, fazem com que cada vez mais pessoas procurem seu programa. Só em falar com o deputado, ouvintes e telespectadores se emocionam com a voz dele. Inúmeras são também as correspondências recebidas por Nilson de pessoas que estão doentes e querem conhecê-lo antes de morrer. Para atender ao apelo de tanta gente, ele criou o quadro “Café com Nilson”, onde vai tomar café com uma família a cada semana.

Seus companheiros de trabalho chegam a dizer que ele é muito emotivo. Por expressar esses sentimentos (de raiva, angustia, aflição, alegria e felicidade), Nilson fica mais perto da comunidade que o assiste, ouve e vai até seu gabinete, conhecido por muitos como um local que sempre oferece ajuda.

De morador de rua a político consagrado

Na primeira vez em que concorreu a vereador (1992), foi o terceiro mais votado na Câmara de Joinville. Logo depois, no segundo mandato (1996), se tornou o vereador mais votado de Santa Catarina, com mais de sete mil votos. O que parecia sucesso se tornou maior depois de três vezes deputado estadual. E a simpatia dos joinvilenses por Nilson se espalhou por todo estado, fazendo com que ele recebesse na última eleição para deputado estadual quase 55 mil votos.

Em 2010, vai concorrer pela quarta vez a uma cadeira na Assembleia Legislativa. A pesquisa divulgada pela Gazeta de Joinville mostrou na edição, de 26 de novembro a 1 de dezembro, o favoritismo do apresentador e radialista. No levantamento realizado pelo Instituto de Pesquisa Univali ele aparece como o político mais confiável, chegando a ter 25% de intenção de votos.

Quando Nilson não está na rádio, na TV ou na Assembléia Legislativa, as pessoas o encontram na Casa Amarela, que é administrada por sua esposa Isabel. No local, o deputado faz seu trabalho de assistência às pessoas em vulnerabilidade social.

Sua história de pobreza o aproxima da população, já que ele diz entender o sofrimento destas pessoas. Antes de São Francisco, Nilson ficou em Curitiba, cidade em que nasceu, e chegou a morar na rua. Como deixa claro em todos os lugares, teve uma infância pobre e sempre almejou ser alguém e lutar pelos que precisavam.

ENTREVISTA

Por toda a história e pelo trabalho que faz aqui em Joinville, Nilson aparece liderando as pesquisas e é uma das pessoas mais queridas pelo povo. Em entrevista exclusiva à Gazeta de Joinville, ele conta um pouco sobre a vida política e a credibilidade junto à população.

Aceitação popular
Eu acho que se tenho todo esse crédito com a população é porque estou fazendo o dever de casa direitinho. Estou trabalhando. É uma coisa deliciosa entrar no supermercado e ser abraçado pelas pessoas. É para mim motivo de alegria. Aonde eu vou sou muito bem tratado. As pessoas tiram fotografia e pedem autógrafo. É muito bacana. Tenho um sentimento de gratidão por Joinville muito grande. Joinville mudou a minha vida. Cheguei aqui com uma mão atrás e outra na frente. Se sou alguém hoje, devo isso a Joinville. O que eu puder fazer por Joinville e pela região eu vou fazer. Eu só tenho a agradecer pelo que Deus tem me proporcionado na vida pública.

História na política
Na política eu entrei por acaso na época em que trabalhava no rádio. Eu me envolvia no social, desde criança. Quem conhece a minha história sabe que isto não é para ganhar voto. O portão da minha casa era sempre aberto. Se a minha mãe tinha um pão, ela dividia. Era difícil o dia em que não tinha ninguém almoçando em casa. Aprendi com ela essa questão do social. Eu acompanhei muito ela nisto. Com o rádio, eu abri o leque de ajuda. Sempre as pessoas vinham me procurando, pedindo apoio. Quando eu vim para Joinville pensei que poderia aumentar o meu trabalho com um cargo público.

Problemas em 2009
Tive um ano muito difícil, bem atípico. Desde que estou na política, nunca tive um ano como este. Ser criticado o tempo inteiro. Nunca tive inimigos. Este ano, gratuitamente, diversas pessoas que estão no meio político resolveram me pegar para Cristo. Fui criticado direto, através de órgãos de comunicação. Isso me abalou bastante. Mas não abalou minha vontade de trabalhar e a credibilidade das pessoas.

Preocupação com registro de filiação
Eu estava preocupado com o meu registro de filiado ao PSDB. Houve um comentário de que eu fui alijado aqui da relação que foi enviada ao TRE. Tirei uma certidão em Florianópolis e meu nome consta certinho.

Relação com PSDB
Aqui em Joinville não tem relação. Nesse meio político, evitando encrencas você só ganha com isso. É o que tenho evitado. Por isso tenho sido atacado o ano inteiro, mas não tenho revidado. Meu propósito é só um: trabalhar para o povo e me reeleger.

Mudança de partido
Recebi ofertas de quase todos os partidos para mudar de sigla. Eu entrei em 2001 no PSDB e não tenho intenção de mudar de partido. Porque não altera nada. Você vai encontrar problemas em todos os partidos. Eu não tenho ilusão de que mudar de partido vai melhorar a relação. Todos os partidos têm pessoas boas e pessoas más. Prefiro ficar neste porque a ideologia dele bate comigo, com a social democracia do PSDB. Ideologicamente é o partido que fecha comigo. Não tenho por que mudar.

Futuro na política
Essa é minha última eleição como deputado estadual. Eu quero me eleger. Aí depois posso sair para deputado federal ou a prefeito. Tenho cinco mandatos consecutivos e sempre fazendo mais votos do que o mandato anterior. Se eu fizer mais votos na próxima eleição, eu vou tentar uma vaga para deputado federal. Mas se eu tiver menos é porque a urna está dizendo que está bom. Paro por aí. A gente também tem que saber sair. Não dá para levar isto para o resto da vida. Vou para o sexto mandato e depois vou dar uma repensada.

Candidato a prefeito
Eu me sentiria realizado se fosse prefeito de Joinville. Pior é que na rua todo mundo me cobra isto. Em Barra do Sul, teve um senhor que disse para mim que ainda não transferiu o título esperando que eu seja candidato a prefeito. A voz da rua era forte para que eu fosse candidato a prefeito na última eleição. Se eu sair algum dia candidato, tomarei essa decisão com antecedência. Até para encontrar pessoas que estão afinadas com a minha ideia, com bom caráter, sérias, qualificadas. Para achar neste meio não é fácil. Por isso eu não tenho muitas ilusões. Mas se resolver, quero fazer isto com muita antecedência para conhecer a máquina e achar pessoas que façam um bom trabalho.

LAIR RIBEIRO: Estresse: a força da vida

Em 1936, em Montreal, Canadá, o Dr. Hans Selye descobriu que o organismo, quando em contato com alguma mudança física ou psíquica, interna ou externa, reage da seguinte forma: aumenta o córtex da supra-renal, reduz as defesas do organismo e aumenta as lesões gástricas e duodenais, caracterizando um quadro que, se prolongado, pode causar hemorragias e levar à morte. Em seguida, sua descoberta foi publicada na respeitada revista inglesa Nature. Pronto: estava descoberto o estresse.

Estresse é a força que mantém o nosso instinto de sobrevivência; é a reação de luta ou de fuga do organismo diante de um perigo eminente. Portanto, as reações identificadas pelo Dr. Selye são decorrentes do processo de adaptação do organismo para tentar sobreviver a um agente estressor e revelam a inteligência do organismo para lidar com adversidades.

Hoje, sabe-se que a intensidade dessa reação orgânica depende apenas da tolerância do indivíduo ao agente estressor. É o mecanismo de tolerância individual que irá influenciar na evolução do estresse para eustresse (positivo) ou distresse (negativo).

Vamos entender o processo orgânico do estresse:
O Sistema Nervoso Autônomo (SNA), parte do nosso sistema nervoso que responde por manter estável o organismo frente às necessidades de adaptação aos meios internos e externos, age controlando funções, como circulação sanguínea, sudorese, temperatura corporal, respiração e digestão, entre outras, e divide-se em Sistema Nervoso Simpático (estimulante) e Sistema Nervoso Parassimpático (bloqueador).

A maioria dos órgãos recebe estímulos tanto do sistema nervoso simpático quanto do parassimpático, e como cada um produz uma resposta diferenciada, a ação deles, em conjunto, possibilita um controle eficaz dos órgãos.

Ao entrar em contato com um agente estressor, o organismo responde, dando início a significativas alterações no Sistema Nervoso Autônomo. Então, Sistema Simpático ativa as glândulas supra-renais e intensifica a liberação de adrenalina, de cortisol total e de cortisol livre. Terminado o contato com o agente estressor, o organismo retoma seu equilíbrio, mas se a exposição ao agente agressor continuar, o cortisol continuará sendo liberado, bloqueando a ação da serotonina, conhecida como “hormônio do bem-estar”. Então, o quadro clínico do indivíduo torna-se instável, alternando ansiedade, depressão e insônia. Se isso perdurar, ele se sentirá fatigado e com baixa imunidade, aumentando as chances de contrair doenças.

O organismo pode, ainda, entrar em estado de fadiga crônica. Então, a supra-renal, em exaustão, deixa de responder e ocorre uma queda na produção de cortisol livre, mas continua crescente a liberação de cortisol total. Entre as patologias apresentadas em indivíduos com fadiga crônica, temos as de origem metabólica, como diabetes e obesidade, as fisiológicas, como hipertensão, e as emocionais, como insônia, falta de libido e depressão.

Buscar equilíbrio e coerência entre pensamentos, palavras e ações é fundamental ao controle do estresse. Também é preciso adotar um estilo de vida mais saudável, com alimentação equilibrada, atividade física regular, lazer, relacionamentos saudáveis... Os desafios, assim como o estresse, são importantes, mas você só usufruirá de seus benefícios se souber lidar com eles.

COMASA: Onze meses de nova administração e bairro fica ‘a ver navios’

Dinilson Vieira
dinilson@gazetadejoinville.com.br

Faz apenas 11 meses que a administração Carlito Merss (PT) assumiu o poder em Joinville, mas tempo suficiente para deixar mágoas em quem mora no Comasa, bairro que ajudou a impulsionar o setor industrial na cidade, principalmente por servir de endereço a milhares de trabalhadores que muitas vezes eram buscados em outras regiões de Santa Catarina e em outros estados para completar os quadros de empresas como a Fundição Tupy e a Cipla.

“Sabemos que todo começo é devagar, difícil, mas já faz quase um ano de Carlito e praticamente nada foi feito. A maioria das ruas não-asfaltadas fica cheia de buracos em dias de chuva e poeira em períodos ensolarados. A desculpa que recebemos é que não há material para as obras, porém é preciso lembrar que muita gente do bairro votou neste prefeito à espera de mudanças. Para 2009 não esperamos mais nada, mas em 2010 queremos as melhorias”, afirma Manuel da Rosa, o Nequinho, presidente da Associação de Moradores do Comasa.

Frente a outros bairros de Joinville, o Comasa nem é tão grande. Ocupa território de 3,04 quilômetros quadrados – o vizinho Boa Vista, por exemplo, a quem o Comasa já pertenceu, tem 5,82 quilômetros quadrados. Suas 77 ruas somam 42.375 metros, dos quais 19.312 têm asfalto, outros 2.205 são calçadas com outro tipo de pavimento, restando 20.859 metros em saibro. “Pelo que sei, neste ano não tivemos nem um metro de asfalto novo”, diz Nequinho, cuja rua em que mora, a Apucarana, é asfaltada.

Desafio para pedestres e motoristas

Uma das principais veias de tráfego do Comasa, obrigatória para quem deseja alcançar o Jardim Iririú, a rua Ponte Serrada possui pontos de estrangulamento que colocam motoristas e pedestres em riscos de acidentes. Segundo Celito, há estudos na Conurb (Companhia de Desenvolvimento Urbano) para a via ganhar um radar eletrônico de velocidade próximo a uma igreja católica.

Praça abandonada

Além do asfalto, a comunidade local espera ansiosa pela reforma da Praça de Esportes e Lazer David da Graça, inaugurada em outubro de 1980. Localizado ao lado do sambaqui (sítio arqueológico pré-colonial) Casqueiro, o espaço precisa de melhorias no campo de futebol e na quadra poliesportiva, que está interditada por falta de equipamentos, como é o caso das tabelas para a prática de basquete. As grades de proteção estão enferrujadas e podem provocar acidentes.

Mesmo tendo como vizinhos a Base Comunitária da Polícia Militar e a própria sede da Associação de Moradores, onde há sempre um morador atento ao movimento, a praça é alvo constante de depredação e de despejo de lixo, como garrafas vazias e sacos plásticos. Quem costuma frequentar o local com os dois filhos gêmeos recém-nascidos é a dona de casa Carina Cristina Luçolli, que reclama das condições de conservação. “Venho aqui porque não tem outro lugar”, diz ela. O Comasa possui ainda a praça de lazer da Vila Novos Horizontes, também em estado precário.

De acordo com o secretário regional do Comasa, Celito Alves, a Praça David da Graça será contemplada em 2010 com uma Academia da Melhor Idade. O equipamento terá uma novidade em relação a outras da cidade. “Será o primeiro espaço coberto desse tipo. Quando chover, ninguém poderá dar desculpa de que não pode fazer exercício”, declarou Celito. Segundo ele, a obra vai custar R$ 84 mil.

Celito negou que o bairro não tenha recebido um metro de asfalto novo em 2009. “As ruas São Judas Tadeu, Imbuia, Ibicaré, Camem Miranda, Rio Negro e Silvio Bertolotto tiveram trechos pavimentados”, disse o secretário, acrescentando que as vias Liderança e Novos Horizontes estão recebendo redes de drenagem e esgoto, obras que as preparam para receber o asfalto. Para 2010, segundo Celito, estão programados para o bairro mais três quilômetros de pavimentação nova.

Ponte de arame ganha reforma

Depois de vários pedidos e alertas de que acidentes poderiam acontecer, a Secretaria Regional do Comasa reformou a ponte de arame que faz a ligação de pedestres entre a rua Noel Rosa e a Vila Pananaense, no Comasa. O equipamento cruza o rio Comprido e é bastante utilizado por ser a única opção de travessia num raio de um quilômetro. Agora, moradores gostariam que a ponte ganhasse iluminação.

O equipamento ganhou novo piso, cabos de aço e cabeceiras de concreto. “Melhorou, pois do jeito que estava, alguém poderia mergulhar no rio”, conta Tatiane Pereira, que usa a travessia diariamente para levar os filhos à escola. “Ficou ótima, mas o ideal seria instalar iluminação porque à noite o local é uma escuridão”, afirma o motorista Luiz Carlos Medeiros, que trabalha na Vila Paranaense.

O local também é utilizado por ciclistas, que na maioria das vezes desmontam para fazer a travessia com segurança, já que a ponte costuma balançar. O problema é que a travessia também é feita por motociclistas, que não se dão ao trabalho de desmontar. Quando alguma moto se aproxima, a preferência vira do motociclista, nem um pouco preocupado se está cometendo uma infração.

Joinville acaba de conquistar recursos de R$ 10 milhões, provenientes do PAC Habitação, que serão utilizados para regularizar áreas e terrenos em regiões cortadas pelos rios Guaxanduva e Iririu-Mirim, nos bairros Comasa, Aventureiro e Jardim Iririú. Contemplará ainda a construção de duas pontes na região, a primeira ligando o bairro Comasa ao Jardim Iririú, nas ruas Victor Konder e Canoas. A segunda, entre as ruas Ernesto Bachtold e Guaratinguetá, ligando os bairros Jardim Iririú e Aventureiro.

O guadião dos esportes

Aposentado por invalidez desde 1972, quando perdeu três dedos da mão direita e a mão esquerda inteira em um acidente de trabalho numa máquina injetora de plástico, Raul Setti Moresco, 67 anos, busca o que pode ser chamado de uma espécie de redenção prestando serviço voluntário na Associação dos Moradores do Comasa. Faz três anos que ele abre e fecha o local, que fica na praça David da Graça, onde recebe as reivindicações de moradores e, por continuação, atua como vigilante do espaço.

“Aqui, se a gente não toma conta, a destruição seria muito maior”, afirma Raul, que também controla o material esportivo usado pelos jovens no campo de futebol da praça. Faz 36 anos que ele mora com a esposa na mesma casa da rua Carmem Miranda. Sua história se confunde com a de centenas de outros operários que na década de 1970 começaram a habitar o Comasa, vindos de outras regiões de Santa Catarina e de outros estados, para se empregar em indústrias de Joinville.

Recém-chegado de Brusque (SC) em 1970, Raul se empregou primeiro na Cônsul para se transferir dois anos depois para a Cipla, onde acabou se acidentando. Em 1975, ele mudou-se para o Comasa, onde diz ter orgulho de ser habitante. “Esse bairro é muito bom, as pessoas são amigas, mas precisamos de um pouco mais de atenção por parte do poder público”.

Na calada da noite, vereadores alteram Lei de Zoneamento

Jacson Almeida
jacson@gazetadejoinville.com.br

“Foi feito na calada da noite”. Assim o vereador Odir Nunes (DEM) descreve a sessão extraordinária da Câmara de Vereadores de Joinville (CVJ) que aprovou a construção de prédios maiores em bairros que a Lei de Zoneamento não permite. Para isto, os imóveis devem pertencer ao projeto Minha Casa Minha Vida. A sessão ocorreu na quinta-feira (26) com 11 vereadores e sem a participação de Patrício Destro (DEM), Odir e Maurício Peixer (PSDB). No dia seguinte o projeto foi sancionado pelo prefeito Carlito Merss (PT).

O início da confusão começou na quarta-feira com um acordo entre a Secretaria de Habitação, o vereador James Schroeder (PDT) e o vereador Patrício Destro. O democrata alega que prometeram para ele que não seriam construídos prédios no bairro São Marcos. Na quinta-feira, no término de uma sessão ordinária, sem saber que haveria uma extraordinária, Patrício foi a uma reunião no bairro Morro do Meio.

Sessão ocorre sem aviso

Depois de meia hora, Sandro Silva (PPS) voltou ao plenário e abriu uma sessão extraordinária que resultou na aprovação do projeto com a participação de somente 11 vereadores. Odir Nunes diz que não se pode realizar uma extraordinária sem aviso prévio de 24 horas, através de um ofício, ou sem uma convocação em sessão ordinária.

Para ele, isso foi feito para não existir contestação, já que alguns votos seriam contrários. O democrata pretendia entrar na Justiça para tentar anular a decisão.
Já Sandro deixa claro que tudo está previsto no regimento interno da Câmara. Além de convocação pelo presidente em ordinária, ou ofício, pode ocorrer uma sessão extraordinária com a votação da maioria absoluta.

O vereador que mais se sentiu traído foi Destro, que tinha posição contrária ao projeto. Ele é morador do São Marcos, um dos bairros que tem áreas que só é permitido prédio com dois pavimentos, ou seja, sobrados. Mas com a lei aprovada, poderão ser construídos prédios com até quatro pavimentos, desde que seja do projeto Minha Casa Minha Vida.

Câmara, lugar de fatos estranhos

Fatos estranhos vêm acontecendo na Câmara. O vereador Patrício Destro conta que um abaixo assinado chegou na CVJ falando que os moradores do São Marcos queriam a construção de prédios. Ligando para as pessoas que tinham o nome no documento, o vereador descobriu que não se tratavam de moradores do São Marcos e nem conheciam onde fica o bairro.

Preconceito

Patrício vê como preconceituoso o projeto que altera a Lei de Zoneamento e permite a construção de prédios no bairro São Marcos. Para ele, se uma construtora quer construir prédios populares não vai poder. Só será aceito se for do projeto Minha Casa Minha Vida.

Informação

O vereador democrata entrou com um projeto na Câmara que pedia ao governo divulgar a lista de espera por moradia, informando quem eram as pessoas e por quais motivos elas seriam beneficiadas e por que uma ganharia antes que a outra. Na época seu projeto foi vetado pelo prefeito.

O projeto

James Schroeder (PDT), autor do projeto, que muda o zoneamento só para a construção de prédios do projeto Minha Casa Minha Vida, explica que era preciso fazer deste modo porque seria mais barato. Segundo ele, dois terços das pessoas que tem nomes na fila da Habitação ganham de zero até três salários mínimos.

Patrício Destro
“Não fui chamado. Eu iria contestar...

O vereador Patrício Destro questiona a aprovação porque seus colegas de Câmara fizeram uma reunião sem avisar. A briga chegou ao ponto do democrata pedir para sair do seu cargo na mesa diretora da Câmara. “Não fui chamado. Eu iria contestar... Nos últimos minutos do segundo tempo aprovaram”, lamenta.

Odir Nunes fez uma reunião na segunda-feira (30) para dialogar com os vereadores sobre a sessão da última quinta. “Estou há 20 anos e nunca houve nada parecido”, lamenta. Mas não conseguiu reverter a situação.

Patrício deixa claro que o projeto Minha Casa Minha Vida é sensacional. Mas contesta a falta de infraestrutura dos bairros, como no São Marcos. Para ele, “de uma hora para outra” seriam mais de centenas de famílias sem um posto de saúde, sem Centro de Educação Infantil (CEI) e escolas. “Só se sabe que vai construir e mais nada”, lamenta.

De acordo com o presidente da Câmara, Sandro Silva, se demorasse mais para haver esta votação, Joinville perderia os recursos vindos da Caixa Econômica Federal.
Quem não gostou desta mudança no zoneamento foi a população do bairro São Marcos, que desde que começou a circular este projeto, já reclamou e não quer prédios na região.

Rogério Novaes
“Zoneamento virou uma zona”

O engenheiro civil Rogério Novaes, que em 2008 foi candidato a prefeito de Joinville pelo PV, afirmou que a Lei de Zoneamento de Joinville está sendo tratado pela Câmara de Vereadores como uma verdadeira “zona”. Novaes, que é nome forte do partido para concorrer a uma cadeira na Assembleia Legislativa em 2010, usou o termo “zona” para explicar o que chama de falta de critérios técnicos para se mexer na Lei de Zoneamento a qualquer momento e hora, sem discutir as consequências para a cidade.

“A verticalização, por exemplo, tem que ser feita com consciência. Não se pode decidir a cidade isoladamente”, declarou o engenheiro, referindo-se claramente à mudança aprovada na Câmara, que vai permitir que o bairro São Marcos passe a contar com áreas disponíveis para a construção de até quatro pavimentos. A mudança vai possibilitar que o Minha Casa Minha Vida possa se instalar em uma parte do bairro, onde há ofertas de terrenos com preços mais acessíveis que se encaixam ao projeto, de custo limitado.

“Duvido que o São Marcos possa ter esgotamento sanitário a curto espaço de tempo para atender o projeto de moradia popular. A região sequer conta com um PA (Pronto Atendimento) na área da saúde”, afirma o ex-candidato. O engenheiro disse não ser contra o projeto, que tem viés social com origem no Governo Federal e com grande apelo em cidades governadas pelo PT.

O que não se pode, segundo Novaes, é mudar as regras de ocupação de solo de um bairro da noite para o dia, sem todas as discussões necessárias. “Foi mais um remendo na Lei de Zoneamento. Não se pode fazer apenas por fazer”, afirmou ele, acrescentando que em 2012 deverá sair de novo candidato a prefeito.

ENTREVISTA - SÉRGIO JANUÁRIO - IPS UNIVALI

DA REDAÇÃO
redacao@gazetadejoinville.com.br

Profissionalismo, experiência e tecnologia estão entre os elementos necessários para se ter uma pesquisa confiável, segura e que expresse a verdade. Conforme o professor Sérgio Saturnino Januário, responsável pelo Instituto de Pesquisas Sociais da Univali e pela parceria com a Gazeta de Joinville além destes elementos também é necessário o comprometimento de toda equipe com o projeto, a isenção na publicação dos resultados e especialmente ética no trato com a comunidade a ser pesquisada.

A Universidade do Vale do Itajaí, Univali, da qual o Instituto de Pesquisas faz parte, é uma das maiores instituições de ensino do Brasil, com mais de 25 mil alunos. Nesta entrevista, o professor fala da organização do trabalho, dos procedimentos de controle em favor da exatidão das informações e que só ele tem contato com os resultados que são protegidos por uma seqüência de senhas até serem transmitidos para a Gazeta. Januário faz ainda uma análise dos últimos números da pesquisa realizada nos dias 19 e 20 de novembro e que revelaram a intenção de voto dos joinvilenses para o Governo do Estado, Assembleia Legislativa e Câmara dos Deputados.

Como é feita
As pesquisas são organizadas em etapas: primeiro o planejamento, que envolve formação teórica e prática dos pesquisadores, e depois no campo, cuidado com o comportamento, a postura, tom de voz. Tudo é organizado. Temos um alto grau de exigência.

A abordagem
A pedagogia da pesquisa envolve uma organização refinada, desde a formulação das perguntas, escolha das palavras, as possibilidades de resposta. E temos um grupo que faz o controle interno do procedimento, que depois dá validade à própria pesquisa.

Os pesquisadores?
São alunos da Univali. E quando um grupo vai para alguma cidade, procuramos saber se alguém já morou ou se têm familiares morando nessas cidades. Se você é conhecido no local, as pessoas vão responder (a pesquisa) em virtude dessa relação previamente estabelecida. O pessoal está treinado para observar todas essas particularidades. Podemos até trazer alguém daqui, desde que ele não faça a pesquisa na área de abrangência de sua moradia.

Resultado guardado a sete chaves
Aproximadamente 18 pessoas são envolvidas na pesquisa e apenas uma fica sabendo do resultado. No caso, eu. O sistema resguarda o resultado. Quem digita não tem acesso aos resultados senão com uma seqüência de quatro senhas. Essa é uma garantia contra o vazamento do resultado.

Confiabilidade
Já falei em outra oportunidade e volto a repetir:
Dou as minhas duas mãos e meus dois pés pela confiabilidade da pesquisa. Eu
garanto.
Temos um grupo muito bem formado. São metodólogos, quase intelectuais, são muito bem organizados e sabem da exigência que temos e que esperamos deles.

Os destaques da pesquisa
Se a relação de candidatos não fosse alterada, poderíamos dizer que,
se os candidatos fossem apenas estes que foram colocados na pesquisa estimulada,
Nilson Gonçalves, Kennedy Nunes, Darci de Matos, para deputado estadual e
Patrício Destro para federal, não só estariam tranquilos dentro de Joinville,
como também já estariam eleitos.
No entanto, com o acréscimo de outros nomes, não dá para garantir essa confortável “liderança” para eles, pois assim como podem surgir nomes que tirariam votos dos quatro, pode ser também que os novos nomes sejam rejeitados pela população e a preferência pelos primeiros colocados fique mais acentuada.

As eleições e o mar
Para que os leitores possam entender o porquê da disparada dos candidatos acima citados, vamos fazer uma analogia entre as eleições e o mar.
Imagine que a cidade de Joinville seja um oceano e que nele há um navio onde se
encontram os joinvilenses. Esse navio é comandado pelo prefeito Carlito e
segundo os números desta pesquisa está afundando ou no mínimo à deriva.
As pessoas que estão no navio estão buscando uma maneira de se salvar e para isso estão se jogando na água. É quando eles avistam uma boia no meio do oceano. Todos começam a nadar para se segurar na boia que pode não representar a salvação para todos, mas sim a segurança de que não afundarão com o navio. O cenário apresentado na pesquisa mostra que os candidatos que se destacam principalmente Patrício Destro, representam esta boia no meio do oceano. Ou seja,
todos que estão descontentes com a atual administração municipal estão se
agarrando naqueles que são identificados como o lado oposto ao prefeito. Não
porque ele é a salvação, mas sim a segurança.
Isso pode mudar? Pode, mas depende muito das ações do prefeito Carlito.

O fantasma da rejeição
A rejeição deve se tornar preocupante quando o número de pessoas que garantem não votar no candidato é maior do que aqueles que demonstram a intenção de votar nele. Mas há dois tipos de rejeição: a moral e a de concorrência.
A rejeição moral é aquela em que os entrevistados não confiam no candidato,
seja por um histórico de escândalos ou envolvimento em ações escusas, para essa
não há muito o que fazer.
Mas há também a rejeição de concorrência que consiste em eliminar um adversário potencial ao candidato preferido pelo entrevistado, ou seja, a pessoa já tem uma preferência e busca na relação de nomes apresentada aquele que se constitui em uma ameaça ao seu candidato e ele automaticamente o rejeita. A rejeição de concorrência é perfeitamente administrável.

A rejeição ao PT
A pesquisa mostra que há uma grande rejeição aos candidatos do Partido dos Trabalhadores (PT) e ela pode ser explicada por dois aspectos.
A primeira é que a avaliação do atual prefeito [Carlito Merss] está muito baixa
e dois nomes apresentados têm ligação forte com o prefeito [Marinete Merss,
possível candidata a Câmara Federal é esposa do prefeito e o secretário da
Educação, Marco Aurélio Fernandes é considerado um dos homens fortes da
administração petista].
A segunda, mas não menos importante é o descontentamento da região Sul com o Governo Lula. Por ser uma região industrial, as medidas tomadas pelo Governo Federal e que agradam, e muito, a região Nordeste, por exemplo, não têm o mesmo efeito por aqui e até causam revolta dos empresários da região.

SHOWMEN: Três comunicadores lideram pesquisa para deputado

Da Redação
redacao@gazetadejoinville.com.br

Faltando dez meses para o pleito que elegerá o novo governador do Estado, deputados federais, estaduais, senadores e presidente da República, o Instituto de Pesquisas Sociais da Univali foi às ruas de Joinville para saber quem são os preferidos para ocupar as cadeiras na Câmara Federal, Assembleia Legislativa e quem deverá substituir o joinvilense Luiz Henrique da Silveira, no governo de SC.

Para a Assembleia, se depender dos números apresentados pela IPS Univali, os três joinvilenses que buscam a reeleição: Kennedy Nunes (PP), Nilson Gonçalves (PSDB) e Darci de Matos (DEM) não terão dificuldades em voltar à Florianópolis em 2011.

Segundo a pesquisa, os três juntos obtêm 62,98% da intenção de votos dos joinvilenses. Nilson aparece com 22,18%, Kennedy com 21,34% e Darci 19,46%. Depois deles, apenas o petista Adilson Mariano consegue alcançar os dois dígitos com 10% da preferência popular (veja quadro abaixo).

Número inexpressível

Quem decepciona na corrida à Assembleia Legislativa é o secretário de Educação e fiel escudeiro do prefeito Carlito Merss. Marquinho Fernandes, que chegou a ser cogitado como o sucessor de Carlito em Brasília, patina na intenção de votos. Segundo a pesquisa da IPS Univali tem apenas 1,46 %, bem abaixo dos dez obtidos pelo seu companheiro de sigla Adilson Mariano.

Rumo à Brasília

O jornalista Patrício Destro (DEM) surpreendeu a todos no ano passado ao se tornar o vereador mais votado da história de Joinville e, de quebra, o mais votado de Santa Catarina, ao se eleger com 8.540 votos. Mas, segundo a pesquisa Univali, o vereador pode surpreender novamente e conseguir uma votação expressiva para deputado federal nas próximas eleições.

Destro tem 27,82 % da preferência dos joinvilenses. Bem atrás com 17,78 % e 14,02 % aparecem o ex-prefeito Marco Tebaldi (PSDB) e o peemedebista Mauro Mariani, respectivamente.

Fora do Jogo

De acordo com a amostragem da Univali, o prefeito Carlito dificilmente fará seu sucessor em Brasília. Na esperança de transferir os 83.769 votos que recebeu em 2006, Carlito apostou todas as fichas na sua esposa, Marinete Merss. No entanto, pelo menos em Joinville, a situação da primeira-dama está complicada. Devido a baixíssima popularidade do prefeito, os joinvilenses praticamente desprezaram Marinete que aparece com apenas 5,44 % das intenções de voto.
tudo embolado

Na corrida pelo governo do Estado tudo indefinido. Segundo a pesquisa Univali, Raimundo Colombo (DEM), Ângela Amin (PP), Leonel Pavan (PSDB) e Ideli Salvatti (PT) aparecem em empate técnico, com ligeira vantagem para Colombo (19,04 %) e Ângela (17,36 %).

A pesquisa

O IPS Univali ouviu 478 pessoas, nos dias 19 e 20 de novembro de 2009. A margem de erro é de 4,58% para mais ou para menos. O resultado obedeceu a proporcionalidade entre os bairros de acordo com a distribuição do Tribunal Regional Eleitoral de Santa Catarina.





EDITORIAL: Perdendo a Vergonha

O esquema de corrupção no governo de Brasília, revelado pela Polícia Federal, escandalizou o País. As imagens de pessoas públicas recebendo pacotes de dinheiro desviados de “contratos dirigidos” provocaram justificada reação de indignação da população.

Numa das gravações mais chocantes vê-se um empresário da imprensa, dono do jornal Tribuna do Brasil, guardando vários maços de dinheiro literalmente na cueca.

A imprensa que deveria ser isenta estava envolvida, pelo menos parte dela, até o pescoço. Ou, se preferirem, até a cueca, como revelam as fitas e gravações autorizadas pela Justiça.
A relação incestuosa de parte da imprensa com o poder público compromete fundamentalmente seu papel nas sociedades democráticas. A imprensa deve ser independente do Estado para poder fiscalizá-lo e denunciar eventuais irregularidades.

Por isso, causa muita estranheza que em Joinville grandes redes de comunicação tenham sido flagradas, nesta semana, fazendo pressão sobre os vereadores durante as votações do orçamento para 2010. Pelo menos dois executivos da grande imprensa catarinense teriam assediado os vereadores de Joinville durante as reuniões das comissões para pleitear aumentos das verbas publicitárias para o ano que vem.

O “bafão” dos empresários da mídia funcionou. Liderados pelo vereador petista Manoel Bento a Câmara cedeu as pressões e concedeu R$ 11 milhões para o prefeito Carlito gastar em publicidade no ano eleitoral de 2010.

Que imprensa é esta de Brasília? Que imprensa é esta de Joinville?

Documentos comprovam: prefeitura sabia que brinquedos estavam podres

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Gisele Krama
giselekrama@gazetadejoinville.com.br

A Gazeta de Joinville teve acesso a documentos que comprovam que a Secretaria Municipal de Educação sabia que o parque do Centro de Educação Infantil (CEI) Espinheiros, que causou a morte da menina Kelly Kruger, estava com a estrutura podre. A diretora da instituição, Elisete Zoboli enviou o ofício nº 29/2007 onde pedia a reforma do parque, no dia 23 de outubro daquele ano. “A estrutura está podre, com rachadura e oferecendo risco às crianças”, dizia o ofício. Até este ano, as solicitações de Elisete não tinham sido atendidas.

A falta de manutenção no parque causou a morte de Kelly, 5 anos. A viga de madeira que sustentava o balanço em que a menina estava quebrou, caindo sobre a estudante. Ela morreu no local.

A prefeitura de Joinville chegou a abrir sindicância para apurar o caso, mas concluiu que nenhum servidor público do CEI e da Secretaria da Educação era responsável pelo acidente. Em carta enviada aos pais, a prefeitura menciona que a possível causa é as chuvas que caíram em 2008.

Interdição do CEI também poderia ter sido evitada

Em 29 de abril, quase dois meses após a morte da menina no parquinho, pais enviaram carta e fotografias à Secretaria de Educação mostrando o estado da instituição.

O documento redigido pela Associação de Pais e Professores (APP) do CEI Espinheiros mencionava a interdição de três salas de berçário pela Vigilância Sanitária, em 12 de março, por causa de infiltrações. “Questionamos a demora da liberação das salas já que algumas crianças estão em salas provisórias, provocando transtornos para elas, famílias e funcionários. A comunidade está insatisfeita”, consta no documento.

A Vigilância Sanitária, que interditou o CEI depois da morte de Kelly, solicitou reforma dos muros da instituição por causa das rachaduras. O material de construção foi enviado, mas a empresa não tinha começado a obra até aquele momento.

Outro fator que oferecia risco às crianças do CEI Espinheiros - além do parquinho, das infiltrações e do muro rachado – era as instalações elétricas. Mesmo revisado pela empresa Lugano, havia caixas de energia com ferrugem e precisando ser trocadas.

Mas o que chama a atenção no final da carta direcionada ao atual secretário da Educação, Marcos Aurélio Fernandes, é de que os pais afirmam que as madeiras do parque apresentavam problemas.

Diz o último parágrafo do documento: “O senhor já foi informado pela direção que todos os brinquedos do parque foram retirados, pois, mesmo os que passaram pela segunda vistoria da Secretaria da Educação, apresentaram problemas na madeira quando foram desmontados pela APP e Secretaria Regional”. Ou seja, a vistoria feita por técnicos da empresa Companhia da Criança – contratada pelo governo Carlito – no CEI Espinheiros, depois da morte de Kelly, não apontou a precariedade da madeira. Já os pais puderam constatar as más condições do brinquedo.

Pensando nisto, os pais pediam uma área de lazer segura para seus filhos e que a equipe de engenheiros da Secretaria da Educação se responsabilizasse pela estrutura, já que, não confiavam nas revisões feitas pela empresa terceirizada.

A carta é encerrada com uma menção que culpa a Secretaria pela insegurança do CEI. “Todos estes transtornos poderiam ter sido evitados se a Secretaria de Educação houvesse atendido às solicitações do CEI”. O documento foi assinado por José Valdecir dos Anjos, Osni Sérgio Dias, Natália Rodrigues e Edinéia Batista de Oliveira.

Erros envolvendo a Cia. da Criança

A empresa Companhia da Criança e a diretora do CEI Espinheiros, Elisete Zoboli, estão sendo processados pelos pais de Kelly. A prefeitura também está envolvida nesta briga judicial.

A empresa responsável pelo fornecimento de brinquedos para parques e revisões de estrutura tinha feito uma vistoria em 2008 no CEI Espinheiros e constatou que não havia problemas. Tanto que a ordem para o balanço era “lixar e pintar” a madeira. Meses depois, o tronco quebra e cai em duas meninas que brincavam no balanço. Uma estudante se fere e a outra morre.

Para fazer um levantamento da situação dos outros parquinhos de CEIs, a Secretaria de Educação, agora no governo Carlito, contrata novamente a Cia. da Criança. As duas vezes que a empresa prestou serviço para a prefeitura foi sem licitação.

Conforme relação de editais feitos pelo governo municipal, não havia nenhum edital para revisão de parques no ano passado. Em 7 de outubro de 2008, havia somente um pregão: para compra de parques infantis, com número 531/2008.

Versão da diretora

A diretora do CEI Espinheiros, Elisete Zoboli, diz que não sabia que o balanço não estava com problemas. Ela menciona ainda que aquele ofício enviado em 2007 tratava-se de outro brinquedo, e não do balanço.

Ela não deu mais informações e não quer falar com a imprensa sobre o acidente de Kelly até ser considerada inocente.